— Onde estão minhas lingeries? — Procuro por uma gaveta, mas não encontro.
— Suas roupas estão separadas na parte esquerda e provavelmente as lingeries estão aqui. — Ele pressiona levemente a parte de baixo — onde aparentemente é parte da decoração — e uma gaveta se abre automaticamente revelando minhas calcinhas, e ao pressionar novamente ela se fecha sozinha.
Fico tentada a brincar com a gaveta e tento inutilmente me controlar, mas quando me dou conta já estou a abrindo e fechando diversas vezes enquanto observo-a se abrir e se fechar sozinha.
Olho para Airon que tem uma sobrancelha erguida me encarando com uma expressão divertida e curiosa e sinto minhas bochechas queimarem de vergonha.
— Desculpa. — Desvio o olhar envergonhada.
Fico tentada novamente a continuar brincado com a gaveta, mas me controlo. Porém a sensação de coceira nos dedos me atormenta me instigando a continuar, esfrego uma mão na outra para me controlar.<
Várias dúvidas e perguntas surgem em minha mente enquanto ando desatenta pelo local, Airon para de repente em minha frente me fazendo trombar em suas costas largas e bater meu nariz voltando dois passos para trás com o impacto. — Aí... por que você parou de repente? — pergunto com a mão no nariz. — Você está distante e pensativa, se tem algo para me perguntar então pergunte de uma vez Megan. — Arqueia a sobrancelha cruzando os braços no peito. Faço uma careta passando a mão no nariz e suspiro ao perceber que o assunto está me incomodando mais do que deveria. — Quem é Alice? — Também cruzo os braços esperando a resposta. — Sabia que era por isso. — Ri me deixando ainda mais encabulada e irritada. — Então me explique. — O encaro ainda esperando sua resposta. Ele suspira e passa as mãos pelo cabelo em um gesto impaciente. — Alice é herdeira de uma das joalherias mais famosas de Londres, meu pai queria me
— Relaxe Megan. — Escuto sua voz abafada. Percebo que ele realmente não está correndo tanto, então procuro me acalmar e aos poucos ergo meu corpo para observar o local. Envolta da pista há uma floresta com árvores grandes de copas altas e fechadas. A beleza do local me encanta e acabo deixando o medo de lado para apreciar aquele lugar incrivelmente lindo, apesar do vento frio conseguir ultrapassar as camadas grossas da minha blusa me sinto quente com o casaco. Airon entra por um caminho no meio das várias árvores e segue por uma trilha pequena e estreita onde apenas uma moto conseguiria passar. Depois de alguns minutos ele para a moto, descemos e tiramos os capacetes deixando sobre o estofado macio. — Temos que andar um pouco. — Segura minha mão me guiando por entre as árvores. — Onde estamos? — pergunto curiosa. — Você vai descobrir em alguns minutos — diz concentrado na trilha. Ao caminharmos posso ouvir o s
Airon Acordo com Megan completamente agarrada a mim. Suas pernas estão jogadas em cima das minhas enquanto seus braços envolvem meu abdômen e sua cabeça está apoiada em meu peito, sorrio ao sentir o cheiro de seus cabelos invadirem os meus sentidos. Aos poucos me desvencilho de seus braços e ouço ela resmungar. Ela se vira para o outro lado e aproveito para me levantar e observar seu corpo esguio e cheio de curvas. Sua bunda redondinha que tanto amo, apertá-la é realmente maravilhoso. Eu a amo tanto, só que não sei expressar meus sentimentos, tenho medo de soltar as palavras em alto e bom som e ver ela se afastar de mim, medo de ver ela ir embora e me deixar, fico mais um tempo a observando e vou tomar um banho. Me troco e desço para a cozinha a procura de dona Olga, assim que chego, a encontro fazendo uma torta de morango, me aproximo e a abraço por trás a pegando desprevenida, ela solta um gritinho e dá um tapa em meu braço.
— Prazer, sou Samuel. — Ele sorri estendo a mão para mim. Ele é realmente encantador. — Megan. — Sorrio de volta segurando sua mão. Katy e Airon continuam brigando ao nosso lado. Dona Olga chama minha atenção dizendo que o almoço está pronto e que será servido na mesa do lado de fora da casa. — Katy e Airon — chamo os dois. Airon volta sua atenção para mim, mas Katy me ignora e continua suas ofensas. Não se segurando eles trocam tapas, na verdade Airon apenas tenta se defender dos ataques de Katy. Os chamo várias vezes, mas agora nenhum dos dois me ouve. — Katy! — A voz grossa de Sam a atinge em cheio. Ela para de desferir palavras ameaçadoras na direção de Airon e direciona toda sua atenção para Samuel. Fico boquiaberta diante da sua reação e vejo a surpresa estampada nos olhos de Airon. Estou começando a ficar preocupada, Katy não abaixa o tom de voz para ninguém, ela geralmente tem bri
Acordo sonolenta procurando por Airon, mas não o encontro em lugar algum. Suspiro ao perceber que acordei tarde demais e que ele provavelmente está na empresa. Olho para o relógio sem me preocupar e me assusto ao ver que vou me atrasar para o trabalho se ficar mais um minuto na cama, em um pulo corro para o banheiro tomando um banho rápido, me troco colocando uma meia calça cor da pele, uma saia lápis preta e uma camisa de mangas compridas devido ao frio. Jogo um terninho preto por cima e calço um salto médio. Opto por uma maquiagem leve e rápida já que estou atrasada, deixo meus cabelos soltos inquieta com o horário que corre rapidamente.Passo pela cozinha apenas para dar um beijo em dona Olga, que me repreende por sair sem tomar café, por sorte William já me espera do lado de fora como um verdadeiro segurança, trajado em seu terno preto e óculos escuros. Franzo as sobrancelhas ao ver um segundo homem ao seu lado trajado da mesma maneira, ele tem em torno
Converso com Ronald sobre Willian e Ray e ele não fica muito satisfeito, mas dá apoio total à Airon por estar cuidado da minha segurança muito bem. Acabo me irritando por ver como ele defende Airon, como se fossem amigos de longa data. E no final acabo descobrindo que eles realmente se conhecem a muito tempo, já participaram de várias reuniões juntos inclusive aqui na empresa, mas eu nunca o vi por aqui e isso me intriga. Será que ele já me conhecia e aproveitou que estávamos em Las Vegas para nos casarmos? É um pensamento estranho, mas não posso descartar a possibilidade.Depois de conversar com Ronald e passar por seu minucioso interrogatório colocando todos os assuntos em dia, volto para minha sala para fazer o meu serviço acumulado. Começo a sentir um estranho mal-estar e me lembro que não tomei o café da manhã. Suspiro observando o horário e ainda faltam duas horas para o almoço, nunca me senti mal por não tomar o café da manhã, mas hoje
No dia seguinte acordo sem ter Airon ao meu lado, mais uma vez ele saiu mais cedo a caminho da empresa, e eu dormi demais. Não gosto de acordar e não tê-lo ao meu lado, é estranho, me acostumei a acordar e ser recepcionada por seus incríveis olhos azuis celeste que me encaram cheios desejos. Me levanto e me troco rapidamente para o trabalho, outra vez Ray e Willian estão à minha espera. Meu estômago fica embrulhado o dia todo e nada que como me faz bem. Culpo os cupcakes do dia anterior por me fazerem tão mal repentinamente, fico pensando no que poderia ter me causado esses enjoos repentinos além deles. Não consigo me concentrar de maneira adequada no trabalho, mas faço tudo o que me foi mandado até o horário de ir embora. Chego em casa mais cedo, entretanto Airon ainda está na empresa. Leio um livro para passar o tempo e peço para Olga me preparar uma refeição leve, não estou me sentindo muito bem, por fim acabo me encolhendo na cama e o sono me toma
Em silencio espero o caminho ser feito em um clima um pouco desconfortável, mas acredito que o problema possa estar comigo então, opto por me manter quieta. Quando Willian estaciona em frente há um prédio grande, visto meu terninho e pego minhas coisas sem prestar atenção ao meu redor, assim que coloco os pés na calçada sinto minhas pernas fraquejarem ao olhar o nome da empresa que pega toda a extensão do prédio em um letreiro enorme escrito CrossRoad. Sinto o ar faltar dos pulmões e minha respiração falhar. Último capítulo