**Isabella Carter**— Morgan, o que faremos agora? – Isabella perguntou.— Se quiser, fazemos as malas e, em menos de meia hora, estaremos saindo do país – ela continuou.— Não, Isabella, aquele cretino me humilhou publicamente, isso não vai acabar assim. Chame Jennie, eu tenho um casamento para destruir – Morgan declarou decidida, limpando as lágrimas e se levantando do chão.****************** O portão da mansão estava cheio de paparazzi aguardando quando a limusine saiu. Isabella pegou seu celular pela primeira vez naquele dia e se deparou com várias manchetes sobre o caso de traição de Henrique.— As manchetes foram publicadas há menos de dez minutos; creio que nenhum dos convidados soube disso ainda – Isabella tentou acalmá-la. Morgan estava linda com seu vestido de noiva. Isabella nem sequer imaginava o que estava por vir quando aceitou levar a amiga até a igreja. Morgan pegou uma garrafa de champanhe e abriu, bebendo direto da garrafa.— Todos diziam que este seria um dia esp
**Isabella Carter**— Eu devia ter feito Morgan sair pelos fundos da igreja; teria sido mais seguro, mas ela foi mais rápida do que eu.— Morgan, eu esqueci dela! – Dylan arregalou os olhos, assustado.— Não se preocupe, David vai levá-la para um lugar seguro – Isabella o tranquilizou.— Quem é David?— Um amigo – ela deu um pequeno sorriso.********************Henrique Foster** Henrique estava ansioso desde quando levantou da cama naquele dia; por algum motivo, esperava mais uma jogada de Hilary. Mas tudo estava tão calmo naquela semana e não havia recebido nenhuma notícia do detetive que contratou. Smith assegurou que ele ficasse tranquilo, pois acreditava fielmente que Hilary já havia conseguido o que queria. Bom, ele estava enganado. No momento em que Morgan entrou naquela igreja com um olhar furioso, a banda que começou a tocar parou de repente. Morgan levantou seu vestido e correu em sua direção. Muitas coisas passaram por sua mente naquele momento. Ele tinha certeza de que
**Henrique Foster** Apesar de estar do lado perdedor daquela história, ele entendia Oliver. Na sociedade, quem tem dinheiro tem poder, e Oliver tinha de sobra. Henrique teve sorte de seu sogro ser uma boa pessoa, outra pessoa faria pior do que isso; teria que aceitar seu destino e fazer o que fora imposto a ele. Com as malas em mãos, Henrique olhou mais uma vez para o apartamento que conquistou depois de muito esforço e trabalho duro; aquele foi o único lugar que realmente chamou de lar em toda a sua vida. De repente, um filme passou por sua cabeça: as memórias de sua infância no orfanato. Ele tinha tão pouco naquele tempo que, conforme foi crescendo, se tornou ambicioso. Quando conquistou uma boa vida, a ambição não parou; pelo contrário, foi crescendo ainda mais. E agora estava pagando o preço por desejar mais dinheiro e poder. Henrique jamais se imaginou naquela situação, mas pensou que estaria com raiva de tudo e de todos. Porém, seu coração estava amedrontado. Ele tinha medo
**Morgan Carter** O banheiro de David era pequeno, com um espaço para o box, uma privada ao lado e uma pia. O problema era que o vestido de Morgan ocupava praticamente todo o espaço quando ela entrou, e era difícil tirá-lo sozinha. Morgan não tinha outra escolha a não ser pedir ajuda.— David – Morgan gritou enquanto abria um pequeno espaço da porta.— Algum problema? – David apareceu enquanto vestia uma camiseta azul. Morgan se surpreendeu ao ver o seu abdômen definido, mesmo que fosse de relance, aquela vista ficaria em sua memória por um bom tempo.— Você poderia me ajudar a tirar esse vestido?— Como? – David perguntou tímido, suas bochechas começando a assumir um tom vermelho.— Você só precisa abrir o zíper de trás, eu não pediria se não fosse a última alternativa para resolver o meu problema. Realmente, não consigo tirá-lo sozinha. David respirou fundo, se aproximando dela. Morgan abriu a porta e ficou de costas para ele.— O zíper está emperrado – David disse, depois de não
**Morgan Carter**— Eu estou cansada, Dylan, você não entende – Morgan se levantou, elevando seu tom de voz. — Isso tudo que aconteceu foi apenas para me dar mais um choque de realidade. Estou farta. No trabalho, eu não posso cometer nenhum erro que já apareço nas revistas, e vários idiotas na internet caçoam de mim. E agora estão tomando ainda mais conta do meu espaço pessoal.— Dylan está certo, Morgan. Talvez você precise fazer uma viagem; vai te fazer bem – Isabella se aproximou, pegando em seu ombro. Morgan voltou a se sentar ao lado de sua amiga.— Me desculpe, Morgan. Eu, mais do que ninguém, entendo o que você está passando. Tire um tempo para você, longe de tudo e de todos. Deus sabe como eu gostaria de fazer isso também – Dylan disse, abraçando Morgan. De início, ela não se moveu, mas depois envolveu seus braços em torno dele. Quando Dylan se afastou, Isabella continuou falando.— Tem a sua viagem de lua de mel. Eu poderia ir com você.— Eu estava pensando nisso no banho. H
**Dylan Carter** Estava escuro lá fora, não havia mais ninguém circulando na rua além deles. Quando chegaram próximo ao carro, Dylan se surpreendeu com Isabella o empurrando contra a porta do carro e o beijando freneticamente. Depois do susto inicial, Dylan se envolveu no beijo, puxando Isabella para mais perto dele, fazendo-a soltar um suspiro. Dylan percorreu a mão pelo cabelo de Isabella e desceu passando pela cintura, não conseguindo evitar soltar um longo suspiro. Isabella puxou seu cabelo, fazendo-o chegar ainda mais perto dela. Os dois pararam já sem ar, Dylan encostou a testa em Isabella. Naquele momento, mais do que tudo, ele a queria, queria poder senti-la, tocar cada parte do seu corpo. Dylan a desejava mais do que tudo, e talvez fosse o álcool falando mais alto, mas aquele beijo foi o melhor que ele já deu em toda a sua vida, e ele queria mais. Dylan abriu a porta do carro, virou-se, pegando Isabella em seu colo e a colocando deitada no banco traseiro. Ele subiu o ves
**Isabella Carter**— Muito obrigada, você é um amor – Isabella mudou seu humor, dando um pequeno sorriso. Isabella se serviu de pão com manteiga e mortadela. Ela nem mesmo se lembrava da última vez que havia comido isso, e quando mordeu, era como experimentar pela primeira vez.— Isso aqui está ótimo – Isabella disse ainda de boca cheia, depois olhou para Morgan, zangada, por acordá-la com um chute conforme a amiga passava perto dela.— É só pão com manteiga e mortadela, não é nada de mais – David sorriu com o comentário. Morgan se aproximou de Isabella tentando morder seu pão, mas Isabella se esquivou.— Se sirva de outro pão, sua folgada. Não vai comer nem um pedaço do meu após me acordar aos chutes – Isabella reclamou, fazendo bico.— Ai, quanto drama, foi apenas um chutinho de leve – Morgan disse, pegando o pão. — A culpa não é minha se você não acordava quando eu te chamei. Isabella voltou a comer seu pão e ignorou Morgan. Sua barriga estava doendo de tanta fome, e ela senti
**Isabella Carter**— Isabella, você não imagina o que está fazendo comigo – Dylan sussurrou com uma voz rouca, fazendo seu corpo todo arrepiar. Isabella olhou para seus olhos azuis e encarou novamente sua boca.— Você não deveria me encarar dessa maneira. Se continuarmos, eu não conseguirei parar mais – Dylan continuou.— Talvez eu não queira que pare – Isabella sussurrou, mordendo os lábios. Assim que disse essas palavras, Isabella se arrependeu de pronunciá-las. Sabia que havia começado tudo aquilo como uma vingança; ela não poderia se entregar, pois assim entregaria o seu coração. Dylan fechou os olhos, soltando um suspiro. Antes de falar qualquer coisa, foi interrompido pelo barulho das portas do elevador se abrindo. Isabella sentia que seu coração estava prestes a sair pela boca; ela fechou os olhos antes de dar os primeiros passos. Dylan se virou para frente, deixando o caminho livre para Isabella. Antes de ela se afastar, Dylan pegou em seu pulso.— Isabella, você não é co