**Isabella Scott**— Vejo que a noite de vocês está sendo boa – Morgan comentou enquanto ria.— E agora vai ficar bem melhor com você aqui, meu amor – Henrique falou para Morgan, a guiando até o sofá.— Mais uma bebida, meninas? – Lisa perguntou animada. Morgan e Isabella tinham tudo planejado, já haviam bebido o suficiente naquela noite; não poderiam estar bêbadas para o que viria.— Pode deixar que eu pego – Isabella se ofereceu.— Dois martinis, por favor – Lisa pediu para ela e Olivia.— Whisky para os homens – Joe solicitou enquanto se levantava e ia em direção a Olivia. Quando Isabella foi ao bar, pediu refrigerantes para ela e Morgan. Dylan chegou ao seu lado assobiando.— Pas même les étoiles ne sont aussi belles que toi, ma Bella (Nem as estrelas são tão lindas quanto você, minha Bella) – apesar de estar falando um pouco enrolado por ter bebido demais, sua voz ainda era sedutora, e seu sotaque francês fez o corpo de Isabella se arrepiar.— Essayant de me séduire, monsieur C
**Dylan Carter** Quando Dylan entrou no jatinho, pediu uma bolsa de gelo para pôr em seu colo, que ainda estava dolorido. O clima na volta estava tenso. Ele se sentou em um canto afastado de todos, em busca de paz. Pretendia dormir um pouco para melhorar seu humor e cansaço, pois se sentia imprestável. Assim que a aeromoça veio com o gelo e seu café da manhã, ele agradeceu. Estava faminto, não teve nem mesmo tempo de comer antes de sair às pressas. Enquanto comia, procurou se lembrar da noite passada e de seu casamento, mas nada veio à sua mente. Talvez fosse o cansaço por dormir tarde. Dylan tomou um analgésico e, assim que o remédio começou a fazer efeito, ele se sentiu mais relaxado e dormiu.****************** Dylan acordou assustado com Joe chacoalhando o seu braço.— Acorda, bela adormecida, já chegamos. Levou um tempo para ele se recompor; mesmo após dormir por horas, ainda se sentia cansado. O clima continuava tenso entre todos ali, Morgan só olhava para ele, encarando-o
**Isabella Carter** Oliver estava esperando por uma resposta. Morgan o encarou antes de dizer algo.— Era para ser apenas uma pegadinha, pai. Dylan merece pelo que fez com Isabella anos atrás.— Isso não foi maduro da parte de vocês, meninas – Oliver suspirou.— Mas o senhor mesmo disse naquele restaurante – Morgan começou a falar mais foi interrompida pelo pai.— Sei o que disse, mas eu não mandei vocês fazerem o que fizeram. Há muita coisa em jogo das quais vocês não fazem ideia. Os sócios pediram uma reunião amanhã, o trabalho de Dylan como CEO está em jogo. Depois disso, tenho muitas dúvidas de que um dia Dylan irá conseguir ser Presidente da empresa.— Bem feito, ele que lide com as consequências – Morgan deu de ombros.— Morgan, você não entende que essa família precisa de Dylan como Presidente? Fundei esta empresa, e por mais que tenha parte dela, eu pretendo que continue em nossa família. Você não faz questão de trabalhar lá. Apesar de Dylan não ter muito juízo em sua vida p
**Dylan Carter** Ele mal havia dormido naquela noite, passou horas pensando nas palavras de seu pai antes de pegar no sono. Tudo o que estava vivendo parecia um pesadelo. Deveria ter escutado seu pai todas às vezes em que ele o aconselhou a evitar ao máximo sair nessas manchetes e parar de ver seus amigos que eram más influências. Dylan não era santo, não podia responsabilizar seus amigos por suas ações, mas era difícil não querer se divertir ao lado deles. Afinal, qual é o problema de um pouco de diversão na vida? Não era culpa dele se sua família era muito conhecida e tudo o que fazia virava manchete. Às vezes, ele se cansava disso e queria uma vida comum. Dylan sabia que era bom em seu trabalho, todos naquela empresa sabiam disso, nunca entenderia por que misturavam sua vida pessoal com profissional. Mas não cabia a ele pensar nisso, esses pensamentos não resolveriam seus problemas. Pois naquela manhã, seu destino estava nas mãos daqueles homens sentados que o encaravam quand
**Isabella Carter** Para quebrar o silêncio, Dylan ligou o rádio e colocou para tocar “What Makes You Beautiful” do One Direction. Isabella o encarou surpresa.— O que foi? Não gosta mais dessa banda?— Você se lembra disso? – Isabella perguntou, surpresa.— Lembro que sempre encontrava você e minha irmã escutando essas músicas nas noites de pijama. Era uma memória feliz que fez Isabella sorrir ao se lembrar. Dylan começou a cantarolar, fazendo-a gargalhar.— Você nunca conseguiu confessar que também gostava dessas músicas.— Eu não gosto, mas após vocês ouvirem tão alto tantas e tantas vezes, a música chegava a grudar na mente como chiclete – ele confessou. Isabella começou a gargalhar ao ouvir Dylan cantando. Depois, se sentiu estranha ao estar à vontade com ele e se repreendeu mentalmente.— Tudo bem? – Dylan parou de cantar.— Essa música é para momentos felizes – ela voltou a olhar para a janela do carro, desligando a música.****************** Assim que chegaram ao apartame
**Isabella Carter** Quando Dylan voltou com o prato, o cheiro de macarrão e frango desfiado invadiu o local. Isabella suspirou e passou a língua nos lábios, pegando seu prato e dando a primeira garfada.— Gostou?— Está uma delícia – ela respondeu com a boca cheia. Dylan gargalhou.— Era o seu prato favorito na infância – Dylan disse.— Eu ainda amo tudo que é feito com farinha de trigo, mas evito comer por conta da dieta – ela confessou.— Você não mudou muito.— Você se lembra de muita coisa a meu respeito, Dylan Carter – Isabella comentou enquanto comia macarrão, deixando de olhar para a TV para encará-lo.— Uma pessoa como você é difícil de ser esquecida, Isabella Scott, ou devo dizer Isabella Carter? Ela revirou os olhos com o tom sedutor que ele usou.— Você ainda é um bom mentiroso, Dylan.— Mas eu não estou mentindo.— Quando cheguei, você nem mesmo se lembrou de mim.— Mas você mudou muito fisicamente desde a última vez que a vi – ele rebateu.— E o nosso casamento? Você n
**Isabella Carter** Isabella nunca se sentiu tão humilhada assim; ela não entendia por que a namorada de Dylan a atormentava tanto, fazendo sua vida no colegial ser insuportável. Após horas na diretoria conversando com o diretor, seus pais e os de Penélope, ela voltou para casa se contendo para não chorar. Mas, assim que entrou no banho, não conseguia conter o choro. Foi difícil tirar o cheiro de massa de tomate de seu cabelo. Assim que saiu do banho e se vestiu, saiu pela janela de seu quarto e se sentou no telhado enquanto olhava as estrelas. No início daquele dia, estava com outra perspectiva de como seria a volta às aulas; pensava que tudo iria mudar depois que mudasse sua aparência, que as pessoas a tratariam com respeito e não a chamariam mais de nerd esquisita. Quando enfim começou a ser notada até mesmo pelos rapazes, tudo desandou. Ela já não tinha esperanças e só restava esperar o fim do ensino médio. A única esperança que restava era de que em breve sua vida mudaria, nã
**Dylan Carter**— Mas por que raios você está na minha cozinha vestida assim? – Dylan a questionou.— Aqui agora é minha casa também, se acostume – ela deu de ombros.— Isabella, eu sou homem, você não pode ficar assim e agir normalmente.— Você fala como se nunca tivesse me visto nua antes – ela zombou. — Ha, é mesmo, você não se lembra – ela revirou os olhos. Dylan respirou fundo, tentando manter a calma, enquanto Isabella se sentou próximo à bancada de sua cozinha para comer.— Você não preparou nada para mim? – ele perguntou.— Se quiser, faça você mesmo, não sou sua empregada.— E ainda dizem que a vida de casado é uma maravilha – ele revirou os olhos, indo em direção à cafeteira preparar um expresso. Dylan não conseguia evitar olhar para as pernas levemente bronzeadas de Isabella. Ela as cruzou, dando uma ótima visão para as suas coxas. Quando o café ficou pronto, ele pegou a xícara e levou à boca, esquecendo-se de que estava quente. Quando o líquido queimou os seus lábios,