O olhar cristalino de Serena, que se desprendia das lágrimas que se formavam nos seus olhos, encontrou o do seu animal de estimação. A sua mão enterrou-se no pelo do pescoço dele e acariciou-o.

-Sinto que me esqueci de algo importante- foram as suas primeiras palavras, -Aqueles pesadelos, as novas mudanças neles, e agora- fechou os olhos e as lágrimas escorreram.

Levou a mão à cara e tentou respirar. Apesar de ter sido um sonho, o rosto do homem estava agora nítido e ela sentiu que era o mesmo homem que costumava aparecer agora no fim dos seus pesadelos. Se ao menos ela soubesse quem ele era, talvez pudesse aprender sobre o seu passado, sobre si própria.

Ela não se importava antes, mas tinha sentido a ligação com ele e a forma como ele a tratava. A forma como ele olhava para ela, não como um pai, um irmão ou um familiar, mas como algo mais precioso, mais belo. Cada músculo do seu corpo indicava tanto possessividade sobre ela como proteção, e sentia-se tão bem. Como se fosse ali que el