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Ele fica quieto por um momento. Ele tira a mão das minhas costas e a passa pelo queixo mal barbeado antes de expirar alto. “Depois que meu pai me encontrou nos degraus de seu trailer… ele me levou ao hospital. Ficou comigo”, ele reconta, com total reverência em sua voz. “Mal sabia eu que ele era um grande diretor. Não que eu soubesse o que isso significava. Mais tarde... muito mais tarde, descobri que ele havia perdido um dia inteiro de estúdio sentado comigo no hospital. Na época, tudo que me lembro de pensar é que ele tinha a voz e os olhos mais gentis. Eles não pareciam maus, embora eu tenha recuado quando ele me tocou...” Ele para, perdido em lembranças, e eu deixo por um momento.

“…e ele me pediu todo tipo de comida imaginável e mandou entregar no quarto do hospital. Nunca esquecerei a expressão em seu rosto enquanto me observava comer coisas que nunca comi. Coisas que todo garoto daquela idade deveria ter feito muitas vezes até então. Lembro-me de fingir que estava dormindo quan
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