XXXVI
Tentei procurar no fundo do meu ser o garoto calado e gentil que eu conhecia nele, mas a única coisa que eu encontrei é um homem com um corpo estupidamente bonito e uma aura mais gelada que o polo norte, o medo em mim só não explodiu por piedade de Deus do céu.

De pé na frente dele eu não conseguia mover nenhum músculo, meus sentidos bloqueiam na hora e a minha alma saiu do corpo covardemente.

Nunca pensei que a minha morte iria ser assim, num dia no meio de trabalho ainda mais sendo uma puta de camareira..

Os seus olhos felinos e intensos analisavam cada traço do meu rosto minuciosamente, quanto mais ele me encara mais a presença da morte aparece atrás dele me acenando, pareceu que a qualquer momento ele vai sacar a arma e atirar em mim.

" Toma o pano e sai desse quarto."

Ele fala num tom calmo porém muito frio.

" Obrigada senhor."

Agradeci gaguejando de tanto medo, dei dois passos pra frente e me desequilibrei buscando o chão, entretanto o Dimitri foi mais rápido e me segurou na cin
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