Helena ainda não sabia porque havia aceitado convite de sair, não, na verdade ela sabia, ela queria ver como era um encontro, como era ser cortejada, como era ter alguém interessado em você e talvez como era ter um beijo após um bom jantar.
Mas começou a pensar que havia sido uma péssima ideia, ele era famoso, assim como Luke, e se a fizesse de besta também? Ele era muito experiente e era conhecido por ser namorador. Ela não precisava de confusões. Eles foram até um restaurante perto do estúdio, pois pra ela sair de fininho se desse errado era mais fácil. E também podiam mentir que era um encontro profissional se alguém viesse atrás deles . Ela. tinha várias desculpas pra poder sair de uma situação constrangedora. Até o momento ela não tinha arrependimentos, João havia sido muito atencioso, buscou ela no escritório, abriu a porta, deu o braço, puxou a cadeira, pediu o que ela queria comer e tomar. Pediu coisas banais, como gostos, preferências, e também respondeu tudo sinceramente. Ele era o príncipe que as meninas esperavam, mas ela não estava à procura de príncipes, nem de amores. - Dá onde saiu o nome Saturno? - ele sorriu, ela sabia que aquele sorriso era devido ao desafio dela perguntar sobre o nome, pois existiam muitas entrevistas e muitas tentativas de descobrirem o porquê do nome, mas ele sempre acabava com um combinado que não falaria sobre isso, mas ela realmente queria saber por isso resolveu perguntar, o máximo era ele não responder. - quando eu era menino, na escola eu sofri bastante com piadas de mau gosto, eu era pequeno, e esquisito, e eu adorava os planetas, as estrelas, então quando cheguei na adolescência, tudo mudou, minha aparência mudou, minha voz e comecei a gravar áudios, músicas, mas tinha muita vergonha: Saturno pareceu uma boa fuga. -Mas ninguém reconheceu você? - ela não percebeu que ele segurava a sua mão até aquele momento. - No início não, eu me transformei em outra pessoa quando viemos morar pra cidade grande, alguns amigos que eu tinha sabiam de Saturno e de meus dons, mas sempre foram bem discretos, ainda mantenho contato. Os demais me conheceram já Saturno, a minha fuga deu certo. -De fato foi uma excelente escolha. Eu também gostaria de ter tido a chance de me esconder em Saturno. - Mas agora você pode. - o sorriso dele era maravilhoso. - Posso ser franca com você? - ela suspirou pra poder conversar sinceramente com ele. - Pode, e eu serei com você, vamos combinar assim, sempre seremos francos.- ele sentou do seu lado, mas não a incomodou. - Aceitei seu convite, porque nunca tive isso - ela se sentia boba agora- nunca fui a um encontro, nem nada, nunca fui ao cinema, nunca fiz aquelas fotos bestas de casais, e eu nunca fui beijada. Mas eu não quero um relacionamento, e não quero um grande amor, eu não preciso de um príncipe. Não preciso disso agora. Você me entende? - ele sorria pela honestidade dela, ele sorria pela objetividade dela, ele deu um rápido suspiro de satisfação. - Que garota! Mas eu posso fazer tudo isso sem estarmos num relacionamento? - ela o olhou nos olhos por alguns segundos, sorriu satisfeita- por enquanto bastaria pra mim. - você pode mas a condição é de manter suas fãs longe de mim. - ele assentiu, se aproximou dela ao ponto de estar encostado em seu ouvido. - Não vou dar seu primeiro beijo aqui, não é lugar certo. - ele a beijou nas mãos. - então se fossemos caminhar a beira mar? Caminhando a luz do luar, com as estrelas duplicadas no reflexo do mar, Helena entendeu porque um beijo era suficiente pra despertar um desejo adormecido. Não era amor, não se enganava, mas havia paixão e uma vontade genuína naquele beijo. Talvez ele poderia ser seu primeiro em outras coisas também. Eles caminharam, conversaram e se beijaram várias vezes. Ele era paciente, diferente do que seu irmão havia descrito, ou que sua pesquisa havia demonstrado. Ele tinha mãos bobas, mas nunca passava em lugares inapropriados para o primeiro encontro. Mas a companhia dele realmente era agradável, ela conheceu mais de seus segredos e seus projetos, e também pela primeira vez contou pra alguém de seus projetos, seus gostos e desejos. Engraçado que em muitos anos de convivência Luke nunca havia pedido nada pra ela, e ela sabia tudo dele. -A hora que seu primeiro livro será gravado, vou fazer de tudo pra fazer parte da trilha sonora. - ele falou enquanto brincava com seus dedos pelas costas dela. -Vou recomendar você quando isso acontecer, tem um poema no meu blog que ficaria perfeito para o meu livro, e você seria perfeito também. - Eu sou perfeito pra você, sabia, por enquanto estamos combinados dessa forma. Agora Helena, eu posso te beijar de novo algumas vezes? - Pode, você pode sim. Aquele beijo era que nem ela estivesse sendo despertada para um novo mundo, era um arrepio que não tinha sentido ainda misturado com uma sensação de flutuação, ela não percebeu que estava também começando a passar as mãos em lugares nada discretos dele, e beijando aquele homem lindo, cativante e atencioso, ela se sentiu feliz, entendida, acalentada e radiante. Ele a deixou em casa, os dois se beijaram algumas vezes antes dele sair. Ela pediu pra ele não mudar nada de sua vida, nem as festas e nem as garotas, pois não queria que ele deixasse talvez um grande amor passar. Em seu pensamento ela se perguntava, e se ela deixou um amor passar por causa da cegueira que ela havia estado todo esse tempo? Muitos garotos a seguiram, a deram presentes e a chamaram pra sair, ela sempre corria se esconder atrás do irmão e de Luke, até hoje ela fazia isso em premiações e festas. Por isso ela não faria isso com Saturno, e ela deixou isso muito claro, pois ela também faria isso, se sentisse a vontade sairia com quem quisesse, beijaria e talvez dormiria com alguém. "Helena, você tem que prometer que não vai casar com alguém sem me der a chance demostrar que posso ser melhor antes em!" ela ainda sorria com o que João sussurrou em seu ouvido antes de sair, ele era incrível.Breno não falou mais de Helena, não havia notícias sobre um romance de Saturno, mas havia fotos dele em festas, e chamegos com modelos maravilhosas. Então ele tirou isso da cabeça. Ele aceitou trabalhos da produtora de seus pais com o intuito de revê lá mas não teve sucesso nessa jornada. Carlos havia falado pra ele pedir o número dela novo, o endereço, mas ele era orgulhoso pra isso. Ela manteve a vida invisível, mas ele pegou algumas conversas de que havia viajado pra fazer um filme, que havia pulado de paraquedas pra escrever sobre isso, que havia ido a uma praia de nudez pra fazer a cena mais icônica de todos os tempos e havia sido premiada internacionalmente novamente. Ele a estava stalkeando, literalmente, mas continuou sua vida de aparências. Fez um filme, duas séries, e muitas campanhas publicitárias, se tornou o queridinho de todos os tempos. Tinha que aparecer muito, pois agora com três anos passados e alguns prêmios, iria ter que começar a escolher os papéis mais sele
Ela assentiu, mas teve que disfarçar o máximo seu descontentamento. Mas afinal os dois se encontrariam uma vez ou outra, ela precisava aprender a lidar com isso. Ela não poderia tremer, nem demonstrar nada. Ele estava espetacular, ele sempre foi espetacular, eles ficaram em fila, primeiro estava seu irmão(Gabriel )com a irmã de Maddie, depois seu irmão (Antony) com a prima doida, enfim a amiga de infância de Maddie com Breno e ela e Luke fechariam o quarteto de padrinhos. Ela estava deslumbrante, em um vestido azul escuro, simples, naquela hora veio a sua cabeça a debutante de quinze anos, ela havia mudado um pouco, mas só agora ele lembrou de como ela estava linda naquela noite, ele havia deixado essa lembrança ofuscar pela sua acompanhante daquela noite, uma colega de classe. Agora as lembranças voltavam pra ele com detalhes que não havia percebido na época eu que por ser jovem demais não compreendia naquele tempo. Ele lembrou que ela dançou com o pai a valsa, e que depois
Ele tentou de todas as formas ficar atento aos movimentos dela, ela foi educada com algumas tias, descartou dançar com alguns parentes de Maddie (pra isso ela usou seus irmãos e primos), ela foi várias vezes ao banheiro com Maddie e dançou muito com seus parentes. Nenhuma vez ela olhou pra ele. Foi quando ele tomou toda a coragem misturada com o Whisky de seu copo e levantou pra convidar ela pra dançar, afinal se levasse um não seria humilhante, ele era famoso, e havia algumas fãs ali, mas ainda bem ela aceitou o convite, ele sabia que o motivo era bem simples naquele ponto estava sozinha e rodeada por estranhos novamente, e pelo menos ele era um conhecido. Por causa do Whisky ele estava cheio de coragem, ou talvez foi o hipnotismo do perfume dela tão próximo a ele, enquanto dançavam ele foi descendo a mão pelo corpo dela, nada de forma muito dramática para que ninguém percebesse que era proposital. Nem ela havia percebido, na verdade ela estava incomodada com um convidado que não
Ela acordou de um sonho e depois de muito refletir ela não sabia de que forma poderia realmente sentir algo que não conseguia expressar com palavras. Porque ela havia aceitado passar a noite come ele? Ela em sua ideia já tinha o superado, mas então não tinha realmente? foi bom ou foi ruim? Ela encheu a banheira e resolveu relaxar, precisava por as ideias no lugar, mas agora ela entedia o porquê de nunca ter caído nas investidas de Saturno, apesar de vontade, o desejo até aquele momento, naquele quarto nunca havia a consumido como naquela noite, no momento que ele a prensou na porta, ela soube que não conseguiria se afastar e foi o que naquela noite aconteceu. Ele queria que aquele sonho fosse real, ele sentiu todo o seu corpo arrepiar ao lembrar ela em seus braços. Cada toque, cada beijo e cada suspiro eram dele, nunca havia tido uma sensação tão forte de algo que era seu, ela teria que ser sua. Mas como ele faria um sonho virar realidade? Mas como ele faria isso? Ele precisava
No outro dia, ao acordar na cama dela, ele não queria sair, tinha medo que fosse um sonho e ela não o quisesse. - Luke eu preciso contar uma coisa bem séria... O telefone tocou, e ele teve que atender, toda a sua carreira estava correndo riscos, pois a atriz principal divulgou que ele ele não se importava com ela, que eles haviam saído algumas vezes e depois que ela aceitou o papel ele começou a ignorar a sua existência, que ele era falso, e forçou uma química de casal - é melhor você ir, chama seu gerente, e faça uma reunião com ela, acertem as coisas da melhor forma possível. tá tudo bem, vamos conversar depois. -eu.. não...eu quero... -vai sim, depois eu preciso te contar... -Vamos conversar melhor depois. Ele saiu mas se sentiu péssimo, ele a queria, nada importava, mas ele sabia que aquele filme era importante pra ela, e também para a sua carreira. Então depois de muita conversa, e tratos da parte dos gerentes, havia uma única condição pra ela desmentir e continua
Como o esperado, ela chegou cedo no escritório, e ele estava lá, sentado esperando. Ele pensou muito naquela noite e tinha chegado a conclusão de que a teria de novo. Ele conquistaria as duas, e deixaria que ela contasse a verdade, e explicasse quando se sentisse a vontade. -vim ver sobre o roteiro, vai ser meu primeiro trabalho como diretor, preciso de sua ajuda. Ela o olhou incrédula, mas ela sabia que mesmo no início da carreira era o que ele queria. Então pensando em ser uma compensação silenciosa por esconder a filha deles, ela concordou em ajudar. Eles ficaram horas discutindo detalhes, assim no fim daquela manhã o clima entre eles tinha perdido aquele peso inicial, e ele parecia ser apenas um colega de trabalho. "Quem sabe eu possa mesmo trabalhar mais vezes com ele". Ao terminarem os detalhes e alterações no roteiro ele a convidou para almoçar, como estava um clima de seu passado, uma amizade fraternal ela aceitou. Já quando chegaram no restaurante haviam fotógrafos, el
Parecia que naquelas semanas tudo trabalhava pra mantê-los longe, ele teve que fazer entrevistas com atores e pessoal da produção para o projeto. E ela agora não acompanhava mais o set como fazia a anos atrás. O roteiro dela era perfeito, como sempre, por isso não exigiam a sua presença, ela era aquela raridade que não precisava fazer muito pra ser boa no que fazia, mesmo assim ele lembrava que ela deveria vir ao set quando as pessoas não estavam, ela gostava do silêncio e das possibilidades que ele permitia. Ela agora mantinha certas distâncias, seus assistentes tiravam fotos de figurinos, de momentos das gravações e mandavam pra ela pedir correções. E quando ela vinha em horário de gravações todos queriam opiniões e avaliações, o que ela fazia o mais rápido possível para poder sair o quanto antes. Todo aquele tempo que já estavam trabalhando juntos ela não permitia que ele se aproximasse, nem o olhava nos olhos. Ele pediu se podia brincar com sua filha depois que chegasse em c
Durante alguns meses eles gravaram ao projeto, se viram todos os dias, com o tempo ela deixava Breno deixar Bella na casa dele e ele a levava de volta na manhã seguinte. Ela era uma menina difícil de impressionar assim como a mãe, mas ao contrário da mãe ele já havia conquistado a sua mini deusa, ela já o chamava de pai também. Ele já havia deixado set pra ir até a escolinha quando a menina caiu do balanço, e quando chegou lá tinha todos os tios, os avós e Helena pra acudir a pequena, e se sentiu o máximo quando ela o escolheu pra tirar uma soneca no seu colo. Aos poucos ele foi conhecendo aquele ser perfeito e fazendo suas vontades e manhas cada vez a fazia estar mais a vontade com a sua presença. Ele queria ser insubstituível na vida dela, por isso estava tentando ao máximo ser o pai perfeito. Os repórteres ainda postavam notícias, mas sempre cobriram o rosto de Bella. Agora seu próximo passo era reconquistar a mãe de sua princesa. Ele não podia aceitar que toda a sua hist