AYSHA NARRANDO
Quando a gente subiu as escadas e chegamos aquele quarto, eu olhei cada detalhe, e aquele quarto mostrava vida, algo que o meu antigo quarto não mostrava, era sem vida alguma, não tinha nada, além de uma pequena janela, e além do mais o pior de tudo foi várias e várias vezes que o meu quarto se tornou o sótão, junto aqueles pequenos ratos, que no começo eu tinha tanto medo deles, que eu chorava traumatizada, mais aos poucos eles foram se tornando meus amiguinhos, e isso foi péssimo, foi algo que eu não tinha a menor noção do que eles poderiam causar a minha saúde, mas eu aprendi que eles não causam medos, e se eles estão ali é porque eles sempre procuram alimentos, e eu quase não os tinha para oferecer, até porque eu também passava o que eles passavam, e lembrando desses detalhes, os meus olhos enchem de lágrimas e acabo respirando fundo, e a Ayla ao ver que estou lembrando das coisas se aproxima de mim, e me abraça. A Nayla fica observando sem perguntar nada, é como se ela soubesse que é algo traumático. Respirei fundo e assim que me acalmei ela foi explicando aos poucos o que havia dentro do quarto, e eu fiquei animada em está ali com ela, em ter alguém que realmente está comigo, e não está me pressionando.
Nayla: Não se preocupe, aqui seremos uma família, e a minha mãe e minha tia, junto com toda a minha família, iremos sempre está disponível para vocês duas, então qualquer coisa que tiver, vocês não tenham vergonha, nós procurem, falem conosco. - diz sorrindo.
Ayla: Obrigada por isso, de verdade estamos gratas por tudo. - minha irmã fala e eu apenas fico quieta no meu canto.
Nayla: Não tenha medo Aysha, eu garanto que nunca deixaremos ninguém chegar perto de você para lhe fazer mal. - diz e se aproxima um pouco.
Ayla: Ela é assim, porque sofreu muito, nosso para sempre maltratou ela, e também a mim, porém ela sofreu muito mais. - diz e só de lembrar as coisas que eu passava aquilo me deixa em pânico. - Fica calma meu amor, você está segura, e aqui eu sei que a família da Nayla vai nós proteger. - ela fala e me abraça.
Nayla: Eu estou aqui para o que precisar, não tenha medo de falar comigo. - ela fala e estendo minha mão para que ela pegue e a mesma aperta gentilmente.
Aysha: Obrigada, de verdade. - falo baixinho e ela aperta mais um pouco.
Nayla: Não precisa agradecer, eu estou feliz em poder ajudar. - ela sorrir enquanto fala. - Bom, vou deixar vocês descansar e vou para o meu quarto, qualquer coisa que precisar, não pensem duas vezes, vão até o meu quarto, é o segundo depois desse, que eu irei vir correndo. - diz sorrindo.
Então ela saiu do quarto nós deixando sozinhas, eu e minha irmã começamos a nós organizar, tomamos um banho, e nós deitamos um pouco para poder descansar um pouco, mas nesse momento a senhora da casa bateu na porta e pediu licença para poder entrar. Então a minha irmã pediu para que ela entra-se, a mesma entrou e ela conversou um pouco conosco, depois ela saiu e finalmente ficou eu e minha irmã ali deitada, conversamos um pouco, até que acabamos dormindo. Os dias foram se passando e tudo estava bem, a senhora junto com o marido dela, haviam viajado para a Jamaica, e ficamos todos ali, eu não quis incomodar ninguém então quase não sair do meu quarto, até porque não havia necessidades de sair do quarto, minha irmã logo ficou muito amiga da Nayla e da tia dela a Jamile, as mesmas sempre me incluíam, mas as coisas ruins que me aconteciam, sempre foi maior, o meu medo sempre foi maior que a minha vontade de fazer alguma coisa. Eu ouvia alguns rumores com minha irmã, mas nunca quisemos nós aprofundar no assunto, até porque não me interessava, e muito pouco era da nossa conta. E o pior foi quando ouvimos tantos disparos que era impossível ficar tranquila, eu e minha irmã ficamos isoladas dentro do quarto, até quando a dona Nadie chegou com o senhor Logan. A gente havia ouvido que o filho dela havia tomado um tiro, mas não podíamos fazer nada, eu até fiquei preocupada, até porque é uma vida né. E ali estava eu e a Ayla arrumando o nosso quarto e conversando tranquilamente, quando alguém bateu na porta, e deixamos entrar, então depois de um tempo conversando, ela me pediu para que eu mostra-se meu rosto para ela, e acabei mostrando meu rosto para a senhora Nadie, ela é tão boa, tem sido um anjo em nossa vida, que não vi maldade em permitir que ela olha-se no meu rosto, e ela tocou o mesmo e ficou encantada. Mas nesse momento sem menos esperar, o filho dela, aquele dos olhos azuis, cheios de tatuagem acabou abrindo a porta e viu o meu rosto, e eu acabei entrando em pânico, rapidamente me virei e a senhora Nadie saiu do quarto, com o filho depois de se desculparem.
Ayla: Se acalma irmã. - ela fala se aproximando.
Aysha: Não, isso tá errado, não é permitido, isso tá errado. - digo com lágrimas nos olhos.
Ayla: Meu amor, você é linda, e não precisa esconder seu rosto, não fique assim. - ela tenta me acalmar, mais acabo lembrando tudo o que o meu pai falava. - Você precisa se acalmar, não estamos mais na Turquia meu amor, fica calma. - ela fala me abraçando forte e as lágrimas molham meu rosto.
Aysha: Você nunca vai entender, eu sempre te protegi do nosso pai, eu sempre fiz o possível para ele nunca tocar um único dedo em você, ou fazer o que ele fez comigo. - digo chorando, e ela me puxa para a cama, e nós deitamos agarradas uma a outra.
Ayla: Não fique preocupada com isso, não pense no passado, você é minha irmã, minha mãe, você é tudo pra mim, eu te amo. - ela diz e eu a abraço de volta.
Aysha: Eu te amo muito mais, você é minha pequena, e isso me dói tanto em relembrar tudo o que acabei vivendo. - digo e ela me aperta mais.
Ela ficou agarrada comigo ali por mais um tempo, até que a Nayla chegou ali, e ao nós ver abraçadas, ela se aproximou e veio com a Jamile, as duas tentou nós animar, e foi algo que até funcionou um pouco, quando me acalmei a Ayla se levantou e eu acabei me sentando, as meninas se aproximaram e começaram a conversar, então meus pensamentos foram embora, a Jamile até tocou no assunto do sobrinho tatuado dela, o dos olhos azuis, que vai se casar com alguém que ele não conhece e elas falaram um pouco até que cortaram o assunto, quando trocaram o assunto conversamos mais um pouco e elas saíram, o que me fez me deitar e ficar fitando o teto por algum tempo, até que eu acabei adormecendo.
LIAM NARRANDOFicar a frente do morro sempre é algo incrível, meus pais tiveram que viajar para a Jamaica, e eu como sempre fiquei a frente do morro, e o pior não é isso, é que eu estou a frente disso aqui e meus pais viajaram e estavam brigados por causa das mina que veio com ele da Turquia, meu avô me contou que eles tiveram que comprar elas, e isso ainda é confuso, mas eu não quero saber muito dos detalhes, até porque não me interessa quem são ou quem deixa de ser, apenas me interessa ficar a frente do morro, e é isso que eu vou fazer focar aqui, falta dias para fazer meus 18 anos, e é ótimo, porque já aprendi tudo que tinha para aprender, e agora só tenho a melhorar. No dia seguinte que meus pais saíram do morro, os filhos da puta dos PM resolveram invadir essa porra, e eu fui trocar tiro com eles, mas infelizmente eu acabei sendo atingido, e isso porque fui defender o meu irmão. Não sei que diabos ele foi fazer no meio do fogo cruzado, até porque a mamãe disse que não quer ele ne
AYSHA NARRANDOTudo que tem acontecido nesses últimos dias, tem me feito pensar tantas coisas, eu acabei me isolando muito mais, eu não queria nem sair da cama, muito menos sair de casa, eu estava tão triste só de lembrar de algumas coisas, de algumas falas que falavam de mim, e agora cá estou, pensativa em tudo que eu já passei, e isso dói, e dói muito. Eu jamais imaginei, que só em nascer eu fosse sofrer tanto quanto eu tenho sofrido, isso me deixa triste, me deixa mal, e o pior é que eu não sei o que fazer a não ser me isolar e chorar, peço sempre a Deus que ele me ajude, que ele nunca me abandone, e que eu possa passar tudo o que tenho para passar que seja apenas uma prova, que ele está testando o meu caráter, que ele está forjando a minha pessoa, é só pensando assim como a Berna ensinou, que pensamentos positivos, sempre vai atrair a positividade. É o que me conforta, meus pensamentos em Deus é tudo o que mais tenho me permitido ter, mas ainda sim, os sonhos me perseguem. Estava
LIAM MARCHETTI CUNNINGHAMLiam, 21 anos, ou mais conhecido como Magnata, tem 1,84 de altura, tem os olhos azuis como o pai, esse é totalmente idêntico ao seu pai, se ele era temido, imagine o filho com os hormônios a flor da pele. Sem contar que ele não é um homem de brincadeiras, esse aqui é o pior dos piores, devido a tudo o que foi obrigado a fazer, mas tudo tem um preço e ele ficou ainda mais cruel e frio depois de tudo. Mas se tem uma coisa que ele sabe que irá fazer, é destruir muitas pessoas que conspiraram para tudo isso acontecer, e sabemos que quando uma pessoa é determinada, ele vai longe. Mas o ódio, a frieza, e o rancor que toma conta do coração do Liam, é capaz de se aquecer? Será que alguém vai conseguir de verdade tirar tudo isso dele? Será que ele se tornará uma pessoa fria e calculista apenas com quem é de fora?AYSHA SARIAysha, 20 anos, morena, olhos verdes, Turca, ela tem 1,60 de altura, ela é tão linda que parece uma deusa esculpida, ela sempre esconde o seu rost
LIAM NARRANDOA minha vida aqui no morro do alemão sempre foi a melhor que eu tive em minha vida, a minha mãe sempre quis que a gente não fosse do morro, ela dizia quando eu era pequeno que eu poderia escolher, que ela me apoiaria, afinal a gente nunca saiu do morro, e eu escolhi ser quem eu sou hoje. Quando eu comecei a andar por esse morro eu por ser o filho do Terror, sempre tive as regalias que todos me davam, afinal eu era intocável, e isso foi durante praticamente a minha infância toda, até que um dia aqui no morro teve uma invasão, e eu estava voltando para casa, eu tinha 9 anos de idade, junto com a minha irmã, esse dia é memorável até hoje em minha mente, foi quando eu matei pela primeira vez, e desde que fiz aquilo eu aderir o desejo de matar as pessoas que nós fazem mal, e dali em diante eu disse para mim mesmo, que esse morro seria meu, ou até mesmo a máfia na qual a minha mãe é herdeira. O dia dessa invasão nunca será esquecido, e assim como eu a Nayla nunca contou para n
AYSHA NARRANDOA minha vida está completamente de cabeça para baixo, foram tantos anos de humilhações, de surras sem explicações, de falta de alimento, tudo isso ao lado do meu pai, e hoje ele faz algo tão grave comigo e com minha irmã, agora isso é por motivos de rejeição, ele nunca nós aceitou por sermos meninas, até a babá Berna ele deu fim dela, nunca mais que tivemos notícias dela, e o pior de tudo é que ficar no escuro está muito difícil para mim, e sei que ainda está bem pior para a Ayla, coitada da minha irmã, eu a tive todo esse tempo ao meu lado, e nem sabemos, para onde o nosso pai está nos mandando, porque cá estamos em uma casa de leilão, assim ouvimos várias moças reclamando, chorando, implorando por clemência, mas ninguém aqui quer saber de nada, apenas pensam com o dinheiro, isso sim, eles pensam quando ver o dinheiro na frente deles, isso que eles pensam. Estávamos as duas assustadas, e eu só conseguia olhar pra minha irmã, e ela me apertava contra ela, a gente estava
LIAM NARRANDOVer a minha mãe ali discutindo com o meu pai, enquanto minha irmã levava as meninas "estranhas" para o andar de cima, eu fui saindo de fininho e meti o pé dali. Eu achei que elas são um pouco estranhas, porque usam aquelas roupas esquisitas, mas isso não me deixa surpreso com nada, eu vou dar um rolê por ai, e vou até o bar onde a Yara trabalha, o que me deixa animado, eu vou pegar essa puta, passar ela agora, e depois vou passar outra, se não me impedirem né, afinal eu tenho um fogo do caralho, eu não sei como é que eu consigo lidar com os meus próprios demônios, então sempre que dar eu pego qualquer uma, mas esses dias a Yara tá dando umas sentadas que parece que só quer me dar pra suprir as necessidades dela, ou é porque ela não quer deixar na cara que senta pra outros, e por mim eu caguei. Então assim que vou chegando na minha moto em frente ao bar que ela trabalha, desligo a moto. Desço da mesma, então nesse momento a Milly aparece ali toda sorridente, ela se aproxi