— Eu não posso arriscar. Ninguém pode entender o que passei naquela cela. Quando perdi meu bebê. Essa foi a única razão pela qual continuei insistindo. Eu fui de Luna a pr*stituta da alcateia. Mesmo sem querer, meu marido exigia isso de mim como entretenimento. Eu não posso simplesmente me levantar e fingir que nada disso aconteceu. Não posso. Acredite, eu tentei. — Disse ela, com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu tinha tudo. Terras, dinheiro e poder, e aquele desgraçado tirou tudo de mim e me deixou sem nada. Ele me entregou aos soldados do Norte como se eu não fosse nada. Para ele, eu não significava absolutamente nada. Tudo o que meu pai me deixou está em posse dele. Nunca precisei estar à mercê de ninguém, mas aqui estou. Não possuo nada. — Disse ela, enxugando as lágrimas. — Eu ofereci a Theodore um relacionamento sem compromisso porque não quero me machucar de novo. — Disse ela, chorando. — Eu não quero sofrer. Não quero viver com medo e chorar até dormir. Se Theodore
Tamia Planejar o jantar de noivado foi cansativo, mas Avery e Linda deram conta do recado. Linda havia voltado para o quarto de Theodore e, embora ele não a tivesse expulsado, estava cauteloso com ela. Percebi isso durante o jantar. Suas ações o machucaram, e ele precisava de tempo para superar, assim como ela. Stephanie ajudou imensamente com a disposição dos assentos e o cardápio do jantar de noivado, o que me fez perceber que ela já havia superado tudo. Eu estava na sala de dança, admirando o que havíamos feito. Stephanie tomava uma taça de vinho com Avery, enquanto Linda bebia suco. Havíamos trabalhado por um dia e meio, fazendo apenas pequenas pausas para comer e dormir. Estávamos exaustas. Fiquei me perguntando por que Sylvester não me deixou contratar um organizador de eventos para isso. Ele se recusou a me explicar, mas eu acreditava que tinha a ver com confiança e acessibilidade. Me juntei às mulheres na mesa em que estavam sentadas, e Stephanie sorriu
— Eu costumava ser parteira. Sua aparência, mudanças de humor, sensibilidade extra a cheiros e fadiga constante são todos sinais iniciais de gravidez. Se não acredita em mim, pode fazer um teste para ter certeza. — Disse ela, e eu simplesmente não conseguia acreditar. Senti uma pontada de ciúmes porque queria que fosse comigo. Linda sempre teve uma ligação especial com bebês. — Tenho alguns testes que você pode usar. — Disse Avery a Linda. — Comprei porque Marcel e eu estamos tentando. — Confessou ela, e Stephanie me lançou um olhar significativo. — E você e Sylvester? — Perguntou Stephanie, e eu sorri. — Estou com inveja da Linda agora, porque Sylvester e eu também estamos ansiosos para que isso aconteça. — Confessei, e Stephanie sorriu. — Eu também estou ansiosa. Será maravilhoso ter pequenos Volkovs correndo por aí. As crianças sempre trazem vida a um lar. — Vocês se importam de estar comigo quando eu fizer o teste? — Perguntou Linda, soando um pouco nervosa, e
— Quem está grávida? — Ele me perguntou, e eu olhei para Linda, que desviou o olhar. Eu sabia que ela estava zangada comigo, mas alguém precisava compartilhar a boa notícia. Theodore ficou atônito, mas logo sorriu e começou a rir. — Parabéns. — Disse Marcel, e Theodore agradeceu com um aceno. — Parabéns. — Disse Sylvester, genuinamente feliz por ele. Theodore aceitou as felicitações, puxou Linda para perto e beijou o pescoço dela. — Você deveria ter me contado. Agora entendo por que tem estado tão temperamental. — Disse ele, beijando-a mais uma vez, fazendo cócegas nela no processo. Ela tentou fingir que ainda estava irritada, mas logo começou a rir e, assim, como num passe de mágica, ficaram bem novamente. O jantar transcorreu em clima de celebração, e Theodore não conseguia tirar as mãos de Linda. Pelo que parecia, haveria três casamentos durante a lua azul. Vesti um vestido azul de veludo sem costas, coberto por cristais Swarovski. Era deslumbrante, e eu teria a
Devin Desde o jantar onde encontrei Tamia, não consegui mais dormir. Passava a maior parte das noites acordado, tentando decidir o que fazer. Havia acabado de concordar com uma aliança com o Leste; pedir ao líder que abrisse mão de sua esposa porque ela era minha companheira destinada seria injusto. Eu sabia que ela não era de linhagem Alfa, pois ela não conseguia me sentir, e convencê-la de que me pertencia seria complicado. A situação entre ela e Leo me dava esperanças, mas eu queria esperar um pouco mais. Sabia que Leo não ficaria com ela por muito tempo, e eu esperava reivindicá-la quando eles decidissem terminar. Mal sabia eu que Volkov apareceria, impondo sua vontade à força. Por mais que eu tentasse ignorar os Volkovs, eles sempre encontravam uma maneira de arruinar minha vida. Primeiro, foi com meus pais e minha juventude. Por causa de Maurice, meu pai morreu cedo, e eu não pude ter uma adolescência normal, pois precisei assumir o comando. Agora, Sylvester tom
O homem finalmente chegou, pedindo desculpas por ter tido uma noite longa, pois comparecera a um jantar na propriedade dos Volkov. Ofereci-lhe uma bebida, e ele aceitou. — Muito obrigado, Alfa Devin, por nos ajudar. No Norte falam mal de você, mas são eles que são selvagens. — Disse ele, ao engolir o líquido de uma vez. O homem estava irritado. Não parecia ter descansado muito, e sua aparência estava desleixada e desarrumada. A camisa estava fora da calça, e ele usava sandálias. — Aquele bastardo privilegiado não teve a decência de nos permitir lamentar nossos mortos. Fingiu que não atacou minha alcateia e ainda teve a ousadia de nos convidar para sua festa de noivado. Não consigo acreditar que alguém aceitou se casar com aquele desgraçado. Descobri que era uma Luna do Leste. Mais um de seus troféus. E devo admitir que era linda. Tamia Albert... — Ele continuou seu desabafo, mas eu já não conseguia processar mais nada depois dessas palavras. — Você disse Tamia Albert? —
Sylvester Tamia estava deslumbrante no jantar de noivado, e eu adorei exibi-la. Eu percebia os olhares de desejo voltados para ela, o que só me enchia de orgulho. Honestamente, ainda era difícil acreditar que eu finalmente estava dando esse grande passo. Mas o que mais importava era com quem eu estava dando. Desde que Tamia entrou na minha vida, ela me fez sentir coisas que eu julgava mortas e outras que eu nem sabia que existiam. Observei seu sorriso enquanto interagia com as pessoas, e meu coração se encheu de orgulho. O fato de que ela e minha mãe finalmente estavam se dando bem só aumentava a minha alegria. Por mais que Dominic tentasse menosprezá-la, eu o peguei várias vezes a encarando com desejo e precisei chamá-lo mentalmente algumas vezes, quando isso se tornou óbvio demais. Tamia era um tesouro, e ela era minha. Eu mal podia esperar pela lua azul. Dancei com minha mãe, e ela ficou grata pelo gesto. Era algo que Dominic deveria ter feito, mas acho que ele era
— Ahhh... — Ela gemeu de prazer, e eu aumentei o ritmo. Como diabos isso aconteceu? Eu esperava que resistíssemos até depois da festa. Segurei seus quadris e guiei seu corpo, investindo com força, enterrando-me profundamente dentro dela. — Ahhh, Sylvester... Sim... Mais... — Ela gemeu, e eu rosnei, o prazer me entorpecendo completamente. Acelerei meus movimentos, o desejo consumindo cada parte do meu ser. — Por favor... — Ela implorou, e, naquele momento, percebi que estávamos falando qualquer coisa sem sentido, tomados pela necessidade e pelo êxtase absoluto. Puxei seu corpo para cima até suas costas se pressionarem contra o meu peito e continuei a possuí-la. Apertei seus seios macios, passando o polegar sobre os mamilos, enquanto minha outra mão descia para massagear seu clitóris. Knight uivava em minha mente, e o quarto parecia girar ao meu redor. Minha visão estava turva, mas tudo o que eu conseguia sentir era o prazer avassalador do que estávamos fazendo.