Estava no meu quarto ouvindo Suffocation Blues do Black PistolFire em último volume no meu fone e dançando feito uma louca. A raivatomava conta de mim e para gastar minha energia acumulada, eu me sacudiade forma sensual em frente ao espelho e dublava o cantor. Mikhail sabia ser insuportável quando queria. Custava me levar com ele na viagem?Eu não conseguia acreditar na promoção do Enzo. Tudo me faziaacreditar no dedo do meu querido irmão ciumento. Bastou ele desconfiar domeu envolvimento com o policial, que inclusive, era amigo dele e dos meusprimos, para meu namorado receber um convite para passar um ano seespecializando nos Estados Unidos.Mikhail era terrível quando cismava com algo. Meu irmão eraconhecido e respeitado por pessoas em todos os meios e a cada descobertaminhas desconfianças aumentavam. Meu namoro com Enzo, foi como ummeteoro, mal tivemos tempo de avançarmos em nossos momentos juntos. Eucontinuava pura como vim ao mundo, quer dizer, com o corpo intacto, ma
Encontrar a Luna junto a família e o avô maledetto, jogou em minhacara o quanto nós dois éramos impossíveis juntos. Ela me olhou com umaexpressão sedutora, cheia de saudades, mas eu não pude retribuir. Eu haviafeito uma promessa a ela e cumprido, mas não haveria mais replay. Volteipara casa disposto a esquecê-la.Aproveitei não ter compromissos naquela noite, para arrumar minhamala. Mais do que nunca eu precisava me afastar. Avaliei relatórios deentrada e saída das casas noturnas. Mandei e-mails para meus gerentesinformando sobre minha viagem e dando algumas coordenadas sobre as datasdas próximas promoções. Depois liguei para o meu amigo Tonny, dizendo aele da minha viagem e combinando nosso encontro.Terminei tudo e continuei agoniado. Olhei no relógio e ainda nãohavia passado das vinte e duas horas. Lembrei-me de um clube de lutaclandestino onde Ricardo costumava lutar. Peguei minha carteira, minhamochila que tinha tudo que eu precisava e desci para encontrar com meuseg
Dormi um sono pesado, daqueles que não descansam. Acordei cedocomo de costume, tomei banho e me vesti para um dia de negócios. Olhei noespelho e meu rosto não estava dos piores. Apenas um pequeno roxo perto doolho onde havia machucado e um pequeno corte na boca.Cheguei à mesa do café da manhã e antes de me sentar, minha mãeme deu um recado nada animador.— Mikhail, seu pai está te esperando no escritório. — Olhei para elacom uma sobrancelha arqueada e minha irmã deu sua contribuição irritante.— É irmãozinho, a coisa nesta família está ficando cada dia maisinteressante.— Pietra, cala a boca? — Mamãe esbravejou com ela.— Vou para o escritório ver o que papai quer, perdi a fome.— Mikhail, sente-se e tome seu café em paz.
Saímos da missa e passamos por uma pizzaria. Eu não estava com amínima vontade de passear em família, mas meu avô insistiu. Meus paisconversaram amenidades enquanto aguardávamos a pizza e eu tentava fingirinteresse na conversa. Minha estratégia não me livrou dos questionamentosdo vovô.— Luna, tem falado com seu noivo?— Tem dois dias que não consigo me comunicar com ele, vovô. Ocelular dele está sempre desligado.— Estranho, não acha?Sendo honesta, eu dei graças a Dio quando ouvi a mensagem decelular desligado ou fora de área, mas precisava fingir a noiva preocupadacomo combinado com minha mãe.— Sim, vovô, inclusive estou preocupada com ele.— Amanhã cedo vou ligar para o pai dele. Não estou gostando destahistória do seu noivo viajar sem antes comunicar connosco.Meu pai mudou o rumo da conversa, me deixando livre dasperguntas sobre o Otaniel . Minha cabeça estava longe dali. Eu nãoconseguia parar de pensar na melhor noite da minha vida. Mikhail carinhosoera como estar n
Meu pai me pediu para adiar a viagem, segundo ele, espalhava nosbastidores, um movimento de represália por parte dos fornecedores, tudo porcausa do vecchio maledetto. Não estava nos meus planos cancelar a viagem,mas eu não podia me isentar das minhas responsabilidades.Afinal de contas, eu era um homem ou um rato? Homens aguentamo tranco, ratos escondem nas suas tocas. Avisei meu amigo Tonny que nãoviajaria mais naquela data, ele entendeu meus motivos e nos despedimosprometendo nos encontrar o mais rápido possível.Eu e Diego passamos o dia revisando os relatórios decontabilidade dos negócios da família. Controlávamos com pulso de ferro, asentradas e saídas de bebidas, armas e drogas. Não dava para deixar na mãodos nossos soldados. Mattia era responsável por monitorar as transações dasoutras famílias, para verificar senão havia desvios de conduta.Os negócios aconteciam de forma harmônica, mas meu irmão eraobcecado por vigilância e controle. No fim do dia, saímos para a esp
Como a vida era cheia de imprevistos. Os momentos vividos noescritório quando contamos a Pietro sobre o seu passado, foram emocionantespara todos nós. Os heróis de guerra mereciam ter sua história resguardada emeu sogro havia se perdido da dele em função da amnésia.Presenciar todas as emoções em suas expressões quando iaescutando a trajetória da sua vida, criou entre todos nós uma conexão maior.Minha esposa não sonhava sobre sua verdadeira identidade. Ela não era enunca foi uma Cassano.Depois da descoberta de tudo, Pietro ainda sofreu relembrando tudoque a filha passou, em função da informação errada de sua morte. Quando odeclararam na lista de óbitos, negaram a ele o direito de estar com sua noiva,de ser pai. Eu estava louco para acabar com o miserável que deixou tantascicatrizes invisíveis, mas tão presentes na vida da minha esposa.Naquela mesma semana, eu e Pietro saímos cedo para ver a médica daEmma. Contamos de forma resumida toda a história e ela nos disse sobreo
Uma semana depois de passar a melhor noite da minha vida nosbraços daquele homem, eu me sentia frustrada e sem esperanças de revê-lo.Ele desapareceu. De repente, não nos encontrávamos mais a todo momento.Varri as redes sociais a procura de alguma novidade, mas nada além dafofoca da coluna social.Na faculdade as pessoas me olharam curiosas, algumas meninasmais corajosas me perguntaram como era estar nos braços do homem maiscobiçado da Itália e outras invejosas diziam ter ficado com ele várias vezes.Eu desconversava com todas elas. Não queria falar da minha vida pessoalcom pessoas que eu mal tinha intimidade.Ruby estava trancada em casa, estudando, pois, suas notas nãoagradaram ao pai Juiz. Elisa tinha viajado com os pais para o enterro da suabisavó. Eu estava sozinha, morrendo de tédio e me escondendo dentro daminha própria casa para não ser vista pelo meu avô. Ele estava a cada diamais obsessivo pelo casamento, mas por milagre, meu noivo havia recusado aideia de adianta
Estava em casa, perdido em pensamentos, quando resolvi andar pelapraia, dar um mergulho e esfriar a cabeça. Eu nunca imaginei encontrá-lanaquela tarde. A garota tinha coragem e calibre para me desafiar. O olhardela tinha um poder magnético sobre mim, me atraindo sem nenhuma chancede recuo.As respostas abusadas da encrenqueira, me fizeram agir por impulsoe convidá-la para uma loucura comigo. A garota era mesmo corajosa. Aceitouminha proposta sem saber para onde eu a levaria. Quando entramos no carro,sinalizei para o Ricardo somente o nome do chalé. Ele balançou a cabeça esaímos com o carro.— Você pode voltar amanhã? Quero te fazer uma surpresa.Naquele momento resolvi pedir ao Diego para levar a esposa nochalé no domingo. Seria um ótimo lugar para as duas se encontrarem semnenhum perigo.— Adoro surpresas. Estou somente com a roupa do corpo.Cheguei próximo ao ouvido dela e sussurrei.— Para o que eu quero, você não precisa de roupa, SenhoritaEncrenca.Ela deu um sorriso s