O filho não é meu

Amelia não conseguiu falar, ela apenas mudou de assunto na hora e começou a falar sobre como a empresa estava indo. Isso não era nada bom, mas ela não conseguiu, simplesmente ficou paralisada.

Alguns minutos se passaram, ela estava imprimindo alguns documentos e estava indo para a sala de Caleb, mas antes disso Amanda apareceu.

— Conseguiu falar com ele?

— Não, eu congelei na hora e simplesmente não conseguia abrir a boca.

— Isso é normal, mas não se culpe e tente de novo.

Ela sabia que Amanda estava certa e então se preparou mentalmente, ela foi na sala dele e colocou os documentos lá em cima da mesa, ela então abriu a boca e.

— Hoje está um ótimo dia, vamos para casa, descansar é bom — ele disse enquanto se levantava da cadeira e saía de sua sala.

Ela ficou lá, simplesmente ele saiu da empresa e a dispensou no dia, nada saiu como ela planejou. Mas no próximo dia seria diferente, pelo menos ela esperava que fosse.

Em sua casa ela estava pedindo pizza, mas antes que ela finalizasse o pedido Amanda a chamou para comerem em algum lugar. Amelia estava sem dinheiro para algo caro, então queria algo mais barato, como pedir comida nada saudável para comer.

— Eu pago, vamos comer macarrão.

— Pera, você quer que eu saia da minha casa para comer macarrão? Temos na dispensa, basta colocar em uma panela com água quente que conseguiremos comer isso gastando só o valor do gás, da água e do macarrão.

— Iriamos comer Ramen.

— Não quero, vamos ficar aqui e dividir uma pizza.

Amanda concordou, pois não queria sair sozinha. Elas comeram e depois Amelia foi dormir.

— Ainda é cedo, na verdade ainda é muito cedo.

— Eu sei, mas estou tão cansada.

Amelia não dormiu muito bem, ela ficou ansiosa e isso impedia que ela conseguisse manter uma noite tranquila de sono, várias vezes ela acordava de noite. Até que chegou a hora dela ir para o trabalho. Em sua rotina matinal ela acordava sempre no mesmo horário, tomava banho e seu café sempre na mesma hora. Ela gostava de manter um certo controle de seu tempo.

Na empresa ela estava adiantada uns 10 minutos, seu chefe ainda não chegou e então ela ficou esperando até que ele aparecesse. Meia hora depois ele chegou e ela o acompanhou.

Ele se sentou em sua cadeira de couro e ela ficou em pé na sua frente.

— Deseja alguma coisa?

Ela desejava, mas estava procurando as melhores palavras para isso.

— Eu estou grávida! — ela disse em um tom sério e firme.

— Ah, eu desejo felicidades e espero que nasça com saúde — ele não sabia o que deveria dizer. Ele deveria desejar parabéns? Pelo menos tinha visto isso em algum momento, mas e se ela não quisesse o filho? — Não sabia que você tinha namorado, ele deve estar feliz em saber que será pai — ele parou para pensar depois de falar isso. — Me desculpa mesmo, mas não sei o que eu deveria falar.

— Não, tudo bem. Não é necessário se desculpar — ela disse enquanto se sentava na cadeira em sua frente. — Não sei como dizer isso, mas naquela noite — ela deu uma pausa —, a gente não se protegeu. Então eu estou grávida de você.

Ele pensou em fazer uma piadinha de que era impossível, pois ele já tinha nascido, mas sabia que era inapropriado, então ele se conteve.

— Isso é impossível, há dois anos eu fiz vasectomia. Então não tem como eu ser filho. Sei que foi um descuido fazer sem, mas não pode ser meu — ele disse em um tom sério.

Ela ficou em choque e sem palavras.

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