Isadora estava com as mãos trêmulas enquanto liga para Gabriel. Jessica abraça ela fortemente.— Amiga, estou tão feliz que enfim tudo vai dar certo. Gabriel vai ficar tão feliz quanto nós. — Jessica diz, empolgada.— Eu aprendi que a verdade sempre prevalece no final. E agora eu posso finalmente respirar aliviada, sabendo que minha família estará junta novamente.— Sim, amiga.Gabriel estava trabalhando em um carro, seu celular tocou, após alguns toques ele atendeu.— Irmão... O senhor Osvaldo conseguiu um advogado, enfim nosso pai vai ser inocentado.Gabriel demorou para entender que isso era realmente real. São tantos nãos que ouvir isso parecia mentira.— Você não está brincando, não é mesmo?— Claro que não, acabei de descobrir. Amanhã vamos conhecer ele. Nem acredito que vamos tirar ele de lá.— Nem eu Isa, nem eu. — Gabriel fica emocionado e agradecido. — Isso merece uma comemoração. Vamos sair hoje, é por minha conta.Isadora desliga e se despede da amiga. Ela chega em casa e
Isadora acordou naquele dia com um misto de nervosismo e preocupação. Ela iria assumir o seu lugar na empresa. Apesar das circunstâncias, ela decidiu encarar a situação de frente e mostrar a todos do que era capaz. Após cuidar da sua rotina matinal, Isadora escolheu uma roupa elegante e profissional, arrumou seus longos cabelos fez uma leve maquiagem só para realçar ainda mais a sua beleza e saiu rumo à empresa. Ao chegar lá, não se falavam de outro assunto, todos estavam ansiosos para conhecer o novo sócio. Ela se dirigiu à recepção, onde conversava com a Jessica, enquanto aguardavam a chegada da restante da equipe e do sócio mistérioso. Fernando, advogado de Osvaldo não deixou nenhuma pista de quem seria o tal homem, única coisa que informou, que era alguém conhecido nas mídias e na sociedade no seu país de origem e que irá trabalhar diretamente com Isadora. — Como foi a comemoração ontem?— Jessica pergunta animada. — Foi boa!— Isadora responde vagamente, não querendo contar o de
Alguns dias atrás Henry estava em seu escritório, imerso na solidão que ele mesmo se impôs. À sua frente, pilhas de processos para analisar, mas ao invés disso, ele olhava para a tela do celular, a última foto que tirou com Isadora e relia pela milésima vez no dia a sua última mensagem. Ele fecha os olhos e suspira fundo. Ainda não conseguia acreditar que aquele amor de anos que Isadora sentiu por ele acabou assim, sem mais nem menos. Tudo que Henry precisava era apenas de uma pista. Para ele, Isadora e Gabriel estavam sendo chantageados, pois há dois anos nenhum rastro dos seus paradeiros foi encontrado.— Senhor Henry... — Sua secretária o chama pela segunda vez. Ele levanta os olhos e, sem dizer nada, espera ela continuar. — Estou indo para casa, já está tarde. O senhor não vai embora agora?— Boa noite, senhora Veronica, bom descanso. — Ele responde baixo, como se não tivesse forças para falar, e volta a atenção para o celular. Ela olha novamente para ele com tristeza e fecha a p
Com a morte de Osvaldo, Henry ficou no hotel, assim como as ordens de Fernando. Ele não queria por tudo a perder. Se Evan descobrisse que Henry estava no Brasil e tão perto de Isadora, ele poderia tentar algo contra a vida de Henry. Numa noite, ele precisou sair. Sua cabeça doía muito e, como não podia pedir ajuda a ninguém, alugou um carro e foi até uma farmácia. Voltando dela, passou por uma movimentada rua e foi então que viu o que jamais imaginou ver: Isadora sendo beijada por Lucas. Apesar de ter durado apenas alguns segundos, foi o suficiente para seu coração se apertar. Ele queria descer do carro e ajudá-la, mas as buzinadas das pessoas nos carros atrás fizeram com que ele tivesse que dar a volta no quarteirão. Ao voltar, Gabriel estava defendendo a irmã. Com medo de ela resolver fugir novamente, voltou para o hotel, mesmo contrariado. Assim que entrou no escritório, Henry procurou por Isadora. Por ela estar abaixada, acabou não percebendo que ela já estava ali. Ao se levant
Henry abraça Isadora que ainda está sem acreditar que ele realmente está na sua frente.— Como você descobriu que eu estou aqui?— Ela pergunta encarando seus olhos.— Tive a ajuda de um anjo.— Henry fala sorrindo a olhando com carinho.— Anjo?— Sim! O senhor Osvaldo me ligou antes de falecer. Confesso que a morte dele me deixou bem abalado, pois sem ele jamais te encontraria aqui e nunca saberia tudo que você e o Gabriel estão passando. Isadora abaixa a cabeça se sentindo envergonhada, porém aliviada por agora estar com quem tanto sentiu falta.— Eu não tive escolha...— Ela sussurrou, porém se calou com um leve beijo que Henry deu em seus lábios.— Eu sei, minha princesa, sempre soube que algo aconteceu, só nunca imaginei que o tio Thomas estivesse preso. Saiba que agora vai ficar tudo bem, estou com você e ninguém será capaz de machucar você nem sua família.— Meu pai, meu Deus! Evan vai mandar matar meu pai.— Isadora fala apavorada, ameaçando de sair correndo para impedir que algo
Assim que chegam na frente do presídio, Henry encontra um dos carcereiros que Adrian tinha contato.— Senhor Darson, as coisas não estão fáceis para Thomas. — O homem de meia idade diz.— O que aconteceu com meu pai? — Isadora pergunta com o coração apertado.— Evan ligou para o diretor do presídio e encomendou a morte do seu pai.Isadora sentiu tudo ao seu redor girar, Henry a segurou pela cintura apoiando ela em seu corpo.— Ninguém vai fazer nada com ele. Vou fazer um pedido, coloque Thomas na solitária, ele pode se manter em segurança até eu conseguir tirar ele da prisão.— Você sabe que não é tão fácil conseguir levar um preso lá, posso pedir para alguns detentos começarem uma briga e falarem que foi Thomas que teve a iniciativa. Mas não sei se vai funcionar.— Não faz isso, eles vão machucar o meu pai...— Eu sei que é desesperador, já vi de tudo aqui dentro, porém a única forma de mandar ele para lá é fazer com que Thomas arrume alguma confusão.— Tudo bem, faça isso. Só peça p
A noite entre eles foi de muita conversa e declarações de amor entre Isadora e Henry. Na hora de dormir, Gabriel levou o amigo até o seu quarto, onde ele havia levado o colchão do pai para seu quarto. — Deita na cama que eu durmo no chão — Gabriel diz, jogando uma manta para ele. — Tem certeza? Eu não ligo de dormir no colchão. — Imagina, estou tranquilo aqui. Henry, quero ir com você no presídio. Sei que não quer que minha irmã se envolva, mas eu preciso fazer alguma coisa. — Não, Gabe, é perigoso. Você e sua irmã vão trabalhar como todos os dias. Evan é esperto e traiçoeiro como Jorge. Precisamos agir como se estivéssemos com medo do que ele possa fazer. — Isso não vai ser difícil. Eu realmente estou com muito medo do que possa acontecer essa noite com meu pai. — Não quis preocupar sua irmã, mas recebi uma mensagem do homem que trabalha como guarda no presídio. O senhor Thomas já foi levado para a solitária. Ele vai ficar por três dias, o que me dá tempo de agir. — Mach
Após alguns dias, Henry, Adrian, junto com Leandro, amigo de Luna e advogado de Thomas, fizeram varias tentativas em provar diante ao juiz a inocência Thomas, porém ele estava irredutível. Até que numa dessas tentativas, o juiz encarregado do caso estava ausente e colocaram outro homem temporariamente. Henry estava determinado a provar a inocência de Thomas. Foram várias noites de investigação e conversas com os presos que se dispuseram a ajudar, Henry finalmente conseguiu algumas informações que poderiam ser cruciais para o caso. Com essas novas provas em mãos, Henry foi até o novo juiz responsável pelo caso e apresentou tudo o que havia descoberto. O juiz acabou se convencendo da veracidade das informações e decidiu dar uma chance a Thomas, permitindo que ele fosse ouvido novamente em um novo julgamento. Isadora e Gabriel não conseguiam acreditar que enfim esse pesadelo estava perto de acabar. Com as novas ameaças de Jorge e Evan, Adrian teve que contratar seguranças que ficava