A mudança de assunto foi tão rápida que Nicole não conseguiu reagir de imediato. Ela virou o rosto, sem palavras: — Não tem nada a ver! Davi, porém, não ficou bravo. Olhou ela com um sorriso meio irônico, enquanto apertava a mão dela levemente: — Não tem problema, desde que eu ache que tem a ver com você. Com um toque de brincadeira, mas também de carinho, Nicole sentiu um pequeno tremor em seu peito. Ela se sentiu impotente, pois, por mais que se decidisse a não ceder, sempre que Davi dizia algumas palavras doces expressando seu amor, ela se derretia. Nicole não queria se deixar cair nessa emoção. Ela respirou fundo, se levantou e disse: — Você descanse, eu... Davi de repente gemeu baixinho, levantou a mão para cobrir o abdômen, o braço tremendo fortemente, e suas sobrancelhas se franziram de dor. Nicole se apressou: — O que aconteceu? Davi forçou uma resposta, entre dentes: — Dor. Nicole viu a dor extrema em seu rosto e olhou preocupada para o local da
Nicole ficou parada, surpresa. Ela sem dúvida amava Davi, mesmo estando decepcionada com ele, mas ao ver a ferida dele, sentia um aperto no coração. Nicole piscou os olhos, balançou a cabeça suavemente: — Davi, seu pai também falou comigo. Ele disse que eu poderia terminar com você, mas não poderia abortar o bebê. Ele me analisou de várias formas, dizendo que eu poderia ganhar muito com esse filho, tudo em termos de benefício. Mas eu não vejo nenhum sinal de verdadeira preocupação dele com a criança. — Ela fez uma pausa e continuou. — A família da filha dele faliu por causa de mim. Embora ele me odeie profundamente, ele ainda me aceita e quer que o meu filho nasça, só porque eu sou da família Amorim! Eu não quero que a vida do meu filho seja cheia de cálculos e manipulações. Nicole entendia. Ela poderia criar o filho na família Amorim, mas o pai da criança ainda era da família Furtado, e não seria possível cortar completamente os laços com quela família. Depois de tudo o qu
Davi desligou o telefone, e Nicole, com uma expressão confusa, perguntou: — O que aconteceu no castelo do Rafael? Davi ficou em silêncio por alguns segundos. — Nic, eu e Severino estamos investigando quem colocou o feitiço de verme do sangue em você. Através do monitoramento do sinal do celular da Dalila, descobrimos que ela estava em contato com alguém que mora na Cidade do Pôr do Sol. Severino acabou de confirmar que o sinal dessa pessoa veio do castelo do Rafael. — Rafael? — Nicole se estremeceu e balançou a cabeça. — Eu posso ver que ele gosta muito da minha mãe. Ele sempre quis que eu me aproximasse mais dele. Eu sinto que ele gosta de mim, não teria motivo para me fazer mal. E no castelo não mora só ele, talvez seja outra pessoa? Davi estreitou os olhos. — Há essa possibilidade. Nicole franziu a testa. — Eu sempre achei estranho. A pessoa que me colocou esse feitiço de verme do sangue, se ela queria me fazer mal, por que não aparece? Pelo menos, até agora, parece
Rafael ficou observando as marcas de vermes no rosto dela por um tempo, franzindo a testa, e disse: — Isso realmente vem de sua mãe, mas, infelizmente, eu não sei como desfazê-lo. Ele desviou o olhar para Davi: — Ouvi dizer que o sangue da sua ex-namorada pode controlar o feitiço de verme do sangue? Nesse momento, Walter falou: — Davi estaria disposto a romper com a família Furtado por Nicole, abandonando tudo. Se não fosse por Dalila usar o sangue para chantageá-lo, Davi nunca teria aceitado se casar com ela. Foi isso que causou a briga e quase os fez terminar. Walter realmente não esperava que, além de Nicole ter a identidade e os antecedentes da família Amorim, seu pai biológico fosse um membro da realeza. Com um apoio tão poderoso, ele não poderia deixar essa oportunidade passar. Davi, com um tom neutro, respondeu: — O feitiço de verme do sangue não é de Dalila, ela está apenas sendo usada por alguém. Eu suspeito que quem realmente fez isso contra Nicole seja um in
Os dois chegaram à Mansão do Sol Poente. Rafael olhou ao redor e disse: — Por que aqui está tão quieto? A família Furtado não mandou mais gente para cuidar de você? Não tem nenhuma atmosfera de vida. Nicole sorriu: — Eles mandaram muitas pessoas, há até dois obstetras de plantão 24 horas ao lado para me cuidar. O Walter deu ordens para que os empregados não fizessem barulho, com medo de me incomodar. — Isso está melhor. Você está esperando o filho do Davi, e a família Furtado deveria cuidar bem de você. — Rafael parecia mais tranquilo e disse. — Nic, me desculpe por te causar sofrimento. Eu vou encontrar essa pessoa e fazer você se recuperar! Nicole balançou a cabeça suavemente: — Se alguém quiser me machucar, não importa o que aconteça, não é sua culpa. Ela não o culpava, o que deixou Rafael ainda mais incomodado. Ele suspirou: — Aliás, ouvi o Walter dizer que você quer abortar o filho? Os olhos de Nicole brilharam por um instante: — Ele te disse isso para te p
No meio deste corredor de diamantes, a cada poucos metros havia uma caixa transparente amarrada com fitas, mas à distância não era possível ver o que estava dentro. — Que tal irmos ver o que ele está fazendo? — Nicole acariciou o gatinho laranja. O gatinho miou em resposta. Nicole olhou para as caixas, pensou um pouco e tirou as sandálias. Como o corredor estava coberto de diamantes, ela teve que usar seus pezinhos brancos para afastá-los e caminhar sobre o tapete macio em direção à primeira caixa. Ao se aproximar da caixa, Nicole se agachou. Dentro, havia uma camada de pétalas de rosas vermelhas, e no centro da caixa estava uma bala envolta em um plástico transparente. Isso mesmo, uma bala, Nicole até abriu o embrulho da bala para ter certeza de que era isso, e se perguntou se ele estava exagerando tanto só para lhe dar uma bala. Nicole ficou completamente sem palavras. Mas a bala já estava desembrulhada, e jogá-la fora seria um desperdício, então Nicole a colocou na b
Nicole olhou para Davi e disse: — O que você está fazendo? Ele estava... Beijando ela! Uma faísca de raiva brilhou nos olhos de Nicole. Com a mão pequena, ela empurrou o peito do homem, querendo afastá-lo, mas, de repente, se lembrou do machucado no abdômen dele e parou o movimento de empurrar. Foi nesse momento de hesitação que Davi encontrou a oportunidade. Ele a beijou com força, a língua hábil abrindo os dentes dela, aprofundando ainda mais o beijo quente... Nicole estava nos braços de Davi, com uma das alças do sutiã escorregando para baixo, pendendo frouxamente no braço branco como a neve, o que dava um toque sensual e charmoso. Davi tinha uma habilidade impressionante com os beijos, ele conhecia todos os pontos sensíveis de Nicole. Ele saboreava o doce gosto dela, admirando o jeito como ela ficava vermelha e cheia de emoção. Logo, Nicole começou a perder o controle, seu corpo começou a tremer levemente. — Meu Deus! Davi, o que você está fazendo! — De repente,
Davi se deitou na cama, estendeu a mão e a puxou para seu abraço. Nicole ficou rígida: — Sua lesão... — Eu sei dos meus limites. — Davi depositou um beijo suave na testa dela. — Você estava com muita vontade, não estava? Então você vai ter que aguentar, o médico disse que nos primeiros três meses você não pode ter relações sexuais. Ele estava falando essas coisas constrangedoras novamente, e parecia que ela é que tinha tanto desejo de estar com ele, quando na verdade foi ele quem a provocou primeiro. Nicole não respondeu, o corpo de Davi exalava um leve perfume de madeira de pinho, uma fragrância reconfortante, e sua temperatura corporal fazia o cobertor parecer ainda mais quente. A mão grande de Davi estava na sua barriga: — Ele vai se mexer? Nicole ficou sem palavras: — Presidente Davi, os movimentos fetais só começam a aparecer depois de cinco meses, isso é um conhecimento básico, você não sabia disso? Davi, sério, respondeu: — Preciso esperar cinco meses? Tá c