Nicole voltou a si, mordendo os lábios enquanto um olhar sombrio cruzava seus olhos. Ela era apenas uma amante que consumia a energia de Davi. Quando ele estava de bom humor, brincava com ela; quando estava de mau humor, usava ela para se distrair; e, quando tinha necessidades físicas, procurava ela para se aliviar. Essa era toda a sua utilidade. Por que ele estava irritado, que direito ela tinha de ficar chateada? Nicole baixou os olhos, evitando seu olhar, e disse calmamente:- Me solte primeiro, não estou me sentindo bem.- Presidente Davi, chegamos. - Nesse momento, o carro parou, e Felipe o lembrou respeitosamente.Nicole se virou para a janela do carro, e não muito longe, avistou uma imponente mansão branca:- O que é esse lugar?- Isto... Srta. Nicole, o Presidente Davi tem uma reunião hoje, este é o local da reunião. - Felipe explicou, tentando poupar Nicole de um possível constrangimento.Entretanto, Nicole já tinha notado, não muito distante, um cartaz promocional.“Sra. C
- Não pode... - Disse Nicole, empurrando-o com as mãos pequenas.Ela estava ansiosa para falar, mas teve seus lábios e língua bloqueados por ele, só conseguindo emitir sons abafados.- Não pode? - Perguntou Davi, franzindo as sobrancelhas, visivelmente descontente.Ele nunca permitia que ela recusasse nessas circunstâncias.- Estou menstruada. - Nicole finalmente encontrou uma oportunidade para falar, respirando um pouco ofegante.O belo rosto de Davi escureceu imediatamente, e seus movimentos cessaram. Seus longos dedos se moveram, tocando um absorvente higiênico, e ele se mostrou visivelmente desapontado.Ele não disse mais nada, retirou a mão, ajeitou as roupas dela e a abraçou, baixando a janela do carro para esfriar o corpo.Nicole suspirou aliviada; ainda bem que ela realmente estava menstruada, caso contrário, esse homem não hesitaria e faria amor com ela ali mesmo.Naquele momento, o celular de Davi tocou. Ele pegou o telefone, cuja tela piscava com o nome "Carolina".Davi fran
Várias figuras caminhavam pelo corredor em direção a eles, e o homem à frente, irradiando uma aura poderosa, era Davi. Atrás dele, Emanuel e Agatha seguiam.Emanuel, sempre indiferente a Nicole, não demonstrava emoção alguma.Agatha, de braços dados com Emanuel, olhava para ela com olhos cheios de preocupação e carinho, hesitante em falar.- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou Davi, se aproximando e parando, seus olhos escuros e profundos fixos em Nicole.Nicole piscou levemente, baixando a cabeça para olhar seus próprios sapatos, sem falar.- Marido, eu acabei de esbarrar nesta bela senhora. - Carolina se aproximou de Davi, afetuosamente enlaçando seu braço.Davi franziu a testa:- Você se machucou?A presença do olhar do homem era forte, a pergunta era claramente dirigida a Nicole.Nicole sentiu um aperto no coração e levantou a cabeça, apenas para ver Davi e Carolina parados ali, sob a luz amarela quente e artística do teto do corredor, uma dupla perfeitamente compatível.-
Nicole não recusou, e os dois foram até um café ao lado do prédio. Embora chamado de café, o local tinha mais o estilo de um bar. Eles se sentaram, e Nicole pediu uma limonada, enquanto Agatha escolheu um café. Logo, o garçom trouxe as bebidas que haviam pedido. No copo de limonada, havia uma decoração encantadora de um pequeno gato feito com casca de laranja, bastante atraente. Nicole, visivelmente interessada, observou por um momento e tomou um gole. Ao levantar os olhos, viu Agatha a observando com uma expressão complexa, o que a fez hesitar.Nicole, um pouco calma, disse:- Não comece a falar, eu realmente não estou triste por Davi estar com sua esposa, de verdade!Agatha franziu a testa e suspirou:- Nic, Davi e Carolina têm um casamento arranjado pela família, é tudo muito complicado, não leve a mal, mas eu posso ver que Davi realmente se importa com você.Agatha não podia dizer muito sobre o casamento de Davi e Carolina, apenas insinuar. Nicole se surpreendeu:- Como você pe
- Identidade... - Sussurrou Agatha.Nicole percebeu que a expressão dela parecia um pouco estranha:- Agatha, você está bem?- Estou sim. - Respondeu Agatha, sorrindo, embora seu sorriso parecesse forçado.Seu olhar, casualmente, pousou numa fileira de garrafas de vinho à distância. Ela apertou os olhos e acenou para o garçom, apontando para as garrafas:- Me traga a bebida mais forte que vocês têm.Nicole estava um pouco atordoada:- Agatha...- Nic, se você ainda é minha amiga, não tente me impedir. Hoje, eu só quero beber. - Agatha se virou, com seus olhos sombrios fixos nela.Era evidente que Agatha estava profundamente abalada.Nicole apertou os lábios, optando por permanecer em silêncio.Logo, o garçom trouxe as bebidas.Agatha encheu um copo e bebeu vários goles, até se engasgar, segurando o copo enquanto começava a tossir violentamente.Nicole disse rapidamente:- Beba devagar.Após tossir um pouco mais, Agatha ergueu a cabeça, com os olhos cheios de lágrimas, olhando para ela
Após dizer isso, o homem avançou em sua direção. Nicole, brandindo uma garrafa de vinho quebrada, fez com que o homem hesitasse em se aproximar. Contudo, ela sabia que essa não era uma solução a longo prazo. Ciente de que havia bebido demais e de que mal conseguia andar sem cambalear, Nicole estava ciente de que não conseguiria manter essa resistência por muito tempo. Ela observava o homem atentamente e pegou seu celular para ligar para a polícia. Com um olhar precavido e uma voz urgente, disse: - Estou no Café do Tempo, estou aqui com minha amiga Agatha, que também bebeu demais. Estamos enfrentando assédio, por favor, enviem alguém rápido... De repente, o homem chutou Nicole. Ela caiu no chão, soltando um grito de dor, e seu celular voou para longe. ...Em outro local, durante um evento de uma exposição de arte. Davi, com as mãos bem definidas, segurava firmemente seu celular, exibindo um olhar frio e assustador. Ele então se virou e caminhou em direção à saída da
O ar frio e imponente ao seu redor a envolvia como se uma muralha intransponível fosse formada ao seu redor, protegendo ela internamente.Nicole fixava o olhar no rosto do homem a poucos metros de distância, movendo seus lábios:- Davi...- Quem te agrediu? - Ele mal tinha começado a falar quando foi interrompido pela voz gelada de Davi.Ele encarava fixamente a marca de mão no rosto dela, com uma expressão extremamente sombria.Sua feição era assustadora, porém, naquele momento, Nicole não sentia medo; ao contrário, sentia uma paz incomparável.Nicole ergueu a mão apontando para o homem que cuspiu sangue:- Foi ele quem me bateu.Davi ergueu o olhar para o homem que, ao sentir seu olhar, tremia de medo e falava aterrorizado:- Tio Davi, ela e você... Eu...Ele jamais imaginara que essa mulher tivesse uma relação com Davi!Davi raramente retornava à Mansão dos Furtado, por isso, seus encontros eram raros, mas o temor que ele nutria por Davi era profundo.Se soubesse que essa mulher era
Nicole parou por um momento e acenou com a cabeça, séria: - Sim! Vou arrumar minhas coisas e sair. A casa da Mansão da Montanha Silenciosa é sua... Após terminarmos, você poderia considerar um projeto de cooperação para o Grupo Carvalho como compensação pela nossa separação?Ela falava apressadamente, de forma um tanto confusa, e depois disso, olhou para ele cheia de expectativa. Claramente, ela estava bêbada e, apesar de saber que não deveria levar a sério as palavras de alguém embriagado, Davi ainda assim se irritou. Ela realmente tinha pensado em tudo: não apenas em terminar com ele, mas até mesmo na compensação. Ele esperava que ela entrasse em contato, e lá estava ela, terminando tudo em sua própria casa, o que realmente o irritava! Nicole demorou um pouco para reagir, olhando para ele confusa, piscou e, levantando um dedo, disse com seriedade: - Uma compensação apenas.- De maneira alguma vou te dar uma compensação! - Exclamou Davi, furioso. - Você faz ideia de quanto