Olívia POV
Hoje é dia de ver a mocreia de perto, ainda não pretendo me revelar pra ela, mas uma hora o farei. Também iremos ligar a família da coitada avisando os nossos requerimentos se assim os podemos chamar. Não, nós não vamos devolver ela por dinheiro. Mas vamos usar isso pra atrair o Seven.
Iremos dizer que queremos uma certa quantia de dinheiro e que o único que poderá trazer o mesmo é o Seven, sendo assim, ficaremos com o dinheiro e com o Seven. Plano inteligente não é? Óbvio que sim, eu que o fiz.
Igor e eu nesse momento nos encontramos na escola, não podemos dar nas vistas por isso agimos normal, será assim, para que ninguém nos tome como suspeitos, não agora.
Igor- você tinha que ver o quão hilário foi, elas pareciam galinhas a serem decepadas- me conta e eu me acabo de rir
Olívia- vontade de estar lá, mas aqui não foi diferente, foi fantástico ver o desespero deles
Igor-
Allyson POVSe a minha contagem de luas estivere certa estou aqui a dois dias, não sei o que se passa lá fora e acho que vou ficar doida sem ter o que fazer. Passo o dia a dormir e só, isso está pior que os dias que ficava em casa sozinha.Os sequestradores aí fora evitam contacto algum comigo, apenas me dão comida e vão novamente pra fora. Sempre que tento fazer uma pergunta os mesmo ignoram e se vão embora, como se eu não fosse alguém, que idiotas, pelo menos nos livros eles eram mais educados.Sem o que fazer, apenas deito na cama e aguardo a hora em que o meu almoço será trago. Talvez demore mas até lá vou pensar no que fazer quando sair daqui, isso se sair daqui.Não vi a hora em que caí no sono, só noto que dormi quando me foi atirado um copo de água, quase que me afogava de verdade.XXX- quem ainda está vivo sempre acorda não é?Essa voz, o que ela faz aqui?Não a
Seven POV5 dias, fazem 5 dias e nenhuma pista de onde Allyson pode estar. Os sequestradores não chegaram a contactar mais a gente depois de tudo aquilo, eles disseram que mal estavam a começar, e pior, que mais cedo ou mais tarde eles vão contactar pra fazerem os seus apelos.A escola nos dispensou, digo a mim e a Zelma, coitada se encontra transtornada, tanto que a mesma foi colocada em uma terapia e a ter consultas regulares com psicólogos. A mesma não come, não dorme, está sempre a chorar pelos cantos. Não digo que comigo é diferente, mas olhar isso do meu lado é diferente.Lizzie- querido, você precisa descansar agora, só 4 horas de sono meu bem, só isso que peço- diz pela milésima vez hojeSeven- eu ainda não estou cansado- digo e bocejoLizzie- querido
Allyson POVDepois de mais um dia, novamente acordo, e como sempre, mais cansada do que quando fui dormir. Mas eu sei que tudo isso é por conta das injeções que estão a me dar. Estou a ser envenenada aos poucos. Já se foram 4 injeções, mais 3 dessas e morro com falta de oxigênio no cérebro.Tento me levantar, mas falho miseravelmente, não tenho força suficiente nos pés. Estou com os pés doridos e inchados por causa de tudo o que vem a acontecer. Tento mais uma vez, e consigo ficar em pé, me seguro nas correntes e na parede para chegar ao menos ao banheiro. Mesmo cheia de dor, eu continuo, não posso dar minha morte de bandeja, não para eles. Eu já não tenho medo deles, eu escolhi viver por mim, e vou mostrar pra eles que realmente será assim. Eles podem até me matar, mas eu vou resistir até o
Seven POVEstávamos todos a dormir quando foi postado o vídeo da Allyson, quer dizer, quase todos, já que fiz questão de acordar cedo. Assim que vi o vídeo confesso que acordei todos com o meu desespero, Mas o que eu podia fazer? Se o amor da minha vida estava a ser torturada e eu estava vendo o seu sofrimento.Os investigadores, analisaram o endereço IP do vídeo e não acharam nada que nos levasse aos sequestradores, nada dava certo. As investigações a medida que iam pra frente, também regrediam 2 vezes mais, o que me causava ainda mais angústia.Estava reunido com todos em casa quando recebo uma ligação. Era um número estranho e desconhecido, parecia igual a um telefone fixo, mas com várias diferenças. Poderia ser de um telemóvel descartável. Os sequestradores.L
Seven POVChegou o dia, logo pela manhã me foi passado o endereço de encontro. Já fizemos todos os testes possíveis com o equipamento e todos foram bons, tudo funciona da melhor forma, me dando mais confiança de que tudo realmente vai dar certo. Vesti uma camisa e uma calça jeans. Calcei os tênis e me olhei no espelho fazendo uma oração silenciosa para que tudo desse certo, e Allyson podesse voltar a casa do meu lado, sã e salva. No momento nada mais me passa pela cabeça a não ser o que eu vi no vídeo enviado/publicado. Os seres humanos são mesmo capazes de tudo por dinheiro, é triste saber isso, mas o que havemos de fazer? Há quem lute pelo bem e também há quem lute pelo mal, a escolha é nossa, basta sabermos o que realmente queremos da vida e isso é tudo para que façamos escolhas sábias. Aqui estou eu, a
Pov ZelmaFazem 2 meses desde que a minha melhor amiga de sempre saiu da cidade para uma breve viagem, uma vez que a mesma passou por tanto e precisa repor tudo em ordem.A mesma ficará 3 meses fora e só de lembrar que ainda falta 1 mês fico quase que sem ar. Eu continuo em NF, a espera da mesma, até porque a vida continua.Nesse momento estou no parque que há no centro da cidade, olhando a vista verde e arejada que aqui tem, precisava espairecer também.O dia estava muito bom, calmo e fresco, apesar do imenso sol em nossas cabeças, um bom dia pra nadar.Ou pra ser molhada por um louco qualquer que passava.Zelma- por acaso você é cego!?- pergunto ao infeliz que me molhou sem nem o verXXX- não foi intencional sua doida- diz na cara de pau
Olívia PovJá faz bastante tempo que me encontro nessa clínica psiquiátrica, quase uma prisão. Meus pais sempre vêem me ver, e eu ainda me pergunto como eles conseguem, como eles aceitam o facto de que a filha deles quase se tornou uma assassina, que a filha deles é uma psicopata maluca. Eles me tratam como se nada tivesse acontecido e isso é o que me deixa mais frustrada, aconteceu sim algo, eu não fiquei com Seven, aquela desgraçada ficou com o que é meu.Hoje é meu dia de saída provisória, graças ao meu pai, consegui aguardar meu julgamento em casa, eles queriam evitar um escândalo para a área dele, então fez o pedido e foi aceite. ato que tinha muitos "porém" aí, teria de ficar na casa de campo e ainda teria de ser acompanhada por 6 enfermeiros psiquiátricos e 4 políci
Allyson PovPesadelo, essa é a palavra que diz muito sobre tudo o que vivi nos últimos anos, um grande pesadelo.Tudo começou lá na minha outra cidade, tudo começou naquele inferno de colégio, quando eu conheci o maldito do Igor. Lá, eu sempre fui perturbada, sempre fui insultada e prachada, nunca tive paz naquela escola.Nunca cheguei a poder descansar e respirar fundo, eles sempre arranjavam maneira de acabar comigo psicologicamente ou fisicamente. E eu, pra não trazer problemas em casa, fui obrigada a ter de viver aquilo sozinha, sem meter mais ninguém. Não podia tirar a paz daqueles que eu amava, seria injusto preocupar tanto eles. Mas hoje vejo que se eu tivesse sido mais humana comigo mesma, talvez as coisas não tivessem chegado aonde chegou.Sei que isso nunca irei esquecer, que irei viver esses momentos repetidas vezes em minha cabeça, mas isso também faz parte de mim, agora faz parte de quem eu sou,