Celina Alves

Estava sentada no sofá da casa da senhora Elizabeth, quando acordo sentindo um perfume conhecido. Era o perfume dele, do meu Lorenzo.

Não adianta eu vou amá-lo para sempre.

Sei que ele foi cruel, mas eu não quero saber, só quero ele na minha vida.

Já perdoei Lorenzo há muito tempo, não sou de guardar rancor e sei que esse sentimento acaba com a gente, então prefiro perdoá-lo, mesmo que ele tenha me feito sofrer para caramba.

Sei que ele desconfiou de mim durante muito tempo, mas preciso perdoá-lo para meu próprio bem, sei que posso estar sendo idiota por isso, mas o amo com todo meu coração e vou perdoá-lo por tudo o que fez comigo.

— Cadê ele? — pergunto a minha sogra.

— Ele te viu, não esperou eu falar nada e saiu rápido — responde.

— Ah, droga! Estou quase indo naquela casa e escalando aqueles muros — digo e ela ri.

— E como você sabe que ele esteve aqui? — Elizabeth pergunta.

— Senti o cheiro dele.

— Ele não estava com perfume.

— Mas tem o cheiro dele que sempr