Akira

Ao chegar em casa encontro Alissa fatiando cenouras e colocando-as no pote em conserva, ela parecia completamente absorta a minha presença, entretanto agora seus sentidos estão mais aguçados e ela sabe que estou aqui, mesmo que não queira olhar para mim.

— Precisamos conversar — disse, esperando ansioso que Alissa olhasse para mim com a mesma adoração de quando nos conhecemos — Tive uma conversa de certa forma esclarecedora com meu irmão e acho que sei o que pode estar acontecendo com você.

A faca pousa na tabua e ela se vira, a primeira coisa que percebo é o cansaço em seus olhos, suas pálpebras caídas denunciando sua noite em branco e sua expressão derrotada, que é algo que ela nunca deveria carregar em seu olhar.

Estendo minha mão e o receio em seus olhos é explicito, Alissa se aproxima e pousa sua palma na minha e eu a aperto confortavelmente, trago-a para a sala e juntos sentamos no sofá.

— O que pode estar acontecendo comigo, Akira? — suspiro e encaro seus lindos olhos, su