— Não parece tão ruim, não é? Olha só você! Sapatos caros, um carro esportivo, roupas que jamais compraria mesmo sendo uma advogada de sucesso! – Ela ri, dando de ombros negando com a cabeça. — Eu não acredito que você me veja assim... Você não pode estar falando sério. – Murmurei, sentindo meu cor
— Hanna? Onde você está? — A voz de Olivia surgiu pelo telefone, carregada de preocupação. — Você não está em Monnfall, quer que eu vá te buscar? — Não se preocupe, já aprendi o caminho — respondi, tentando soar mais tranquila do que me sentia. A respiração de Olivia do outro lado da linha parecia
Os murmúrios começaram baixos, mas logo se intensificaram, ganhando força até se transformarem em um coro desenfreado de vozes, cada vez mais altas, cada vez mais hostis. As palavras se entrelaçavam no ar pesado da sala, como uma tempestade que se forma rapidamente, ameaçando desabar. Senti meu cora
— Senhor, saia do palco agora! — Disse, tentando manter a calma enquanto estendia a mão para segurá-lo pelo braço. — Tire suas mãos imundas de mim, humana! — Ele rosnou, empurrando-me com uma força inesperada. O impacto me lançou ao chão, e a sala explodiu em gritos de choque e indignação. Minha c
Ao sair do auditório, a tensão do confronto ainda pesava em meus ombros como uma carga impossível de ignorar. O ar frio de Monnfall, que geralmente me oferecia algum alívio, dessa vez parecia não ter o mesmo efeito. Caminhei em direção à saída, minha mente ainda processando o turbilhão de eventos re
— Olivia, o que está acontecendo? — Minha voz saiu baixa, carregada de apreensão. Olivia olhou para mim, seus olhos refletindo a mesma preocupação que eu sentia. Ela mordeu o lábio, sua expressão se tornando cada vez mais tensa à medida que os veículos se tornavam mais visíveis. — Não sei, mas se
Já haviam se passado horas desde que os policiais começaram a busca, mas o resultado era o mesmo: nenhum sinal das crianças. O sol estava se pondo, e o céu de Monnfall começava a ganhar aquele tom escuro e ameaçador, como se o próprio tempo estivesse refletindo o desespero que tomava conta de mim. A
— Você viu essas crianças? — Perguntei, a urgência evidente em cada sílaba. — Por favor, me diga que as viu. O atendente franziu a testa, inclinando-se para olhar a foto com mais atenção. Ele balançou a cabeça lentamente, a expressão de desculpa clara em seus olhos. — Sinto muito, senhora. Eu... e