“A violência não é um sinal de força. A violência é um sinal de desespero e fraqueza.”Fecho os olhos e me amaldiçoo por Serena ter me visto. Abro meu armário e pego meus documentos ignorando as provocações da ruiva, mas sinto meu braço ser apertado e ela fala irritada:— Está tão dona de si que não fala mais com os velhos amigos? Desvio meu olhar e encaro Serena, puxando meu braço e respondendo em seguida:— Nunca fomos amigas, não é agora que seremos.— Arrogante, está assim porque está dando a boceta para o chefe, espere só até ele te trocar por outra, quero só ver se vai continuar com esse ar de superioridade. — O que está acontecendo aqui? Escutei a voz de Kellan e me amaldiçoei por ter que cruzar com ele. Suspiro fundo, viro devagar e encaro o anunciante:— Vim apenas buscar uns documentos e já estou saindo. Ele me encara e vejo um sorriso brotar em seus lábios, não sei porque, mas sinto um arrepio na minha espinha. — Princesinha, venha comigo. Preciso conversar com você
“O que é paciência?É fingir que aceitamos com calma aquilo que queremos com desespero…”✲ ✲ ✲Estados Unidos, CalifórniaAeroporto internacional da CalifórniaPortão de desembarqueBrandon Mitchell DixonAcabo de desembarcar e não consigo parar de pensar nela. Nesses últimos cinco dias, meus homens ficaram à espreita, apenas para saber se ela estava bem. Muitos a viram na festa ao meu lado, tenho vários inimigos e não me perdoaria se algo acontecesse a Chloe. Tessa me contou tudo o que descobriu, fiquei mais puto ainda, por saber que ela passou por tudo o que passou sozinha. Mandei Léon quitar a faculdade e pagar todas as despesas hospitalares de sua mãe, deixei claro também que cada centavo pago por Chloe, fosse devolvido a ela e que qualquer coisa que fosse preciso, eles entrassem em contato com Léon. Mesmo que nós dois não estejamos mais juntos, quero ajudá-la, pensar na possibilidade dela voltar ao Coliseu me deixa furioso. Quero que Chloe se dedique aos estudos e tenha uma vida
“A vingança é um prato que se serve frio, mas o sabor da justiça é ainda mais doce.”A escuridão da sala era quase palpável, iluminada apenas por uma lâmpada pendurada no teto que balançava levemente, lançando sombras inquietantes nas paredes. Brandon estava parado em um canto, apenas analisava o homem à sua frente que se encontrava nu e pendurado pelos pulsos. Stefan havia sido pego na sua casa. Não sabia porquê e nem por quem, não fazia ideia do que iria acontecer com sua vida, não podia gritar, porque estava amordaçado, tentava enxergar a figura que estava no canto da sala, mas a luminosidade não contribuía. Tinha medo, medo por sua vida. Léon se aproximou e retirou a mordaça da boca do jovem, que o encarou assustado dizendo:— Por favor, deve estar tendo algum engano, eu não… PowUrghLéon socou sua barriga fazendo-o gemer e se calar imediatamente. — Acho melhor calar a porra da sua boca, seu animal. Você não tem noção da merda que fez! — completou Léon se afastando do garoto
“O coração tem uma maneira estranha de sentir a dor que a mente tenta esquecer.”A luz fluorescente do hospital era ofuscante, cortando a escuridão que envolvia os olhos de Chloe. Ela piscou algumas vezes, tentando se adaptar ao brilho intenso, mas o desconforto rapidamente se transformou em uma sensação de pânico.O cheiro de remédio era forte e a realidade do lugar começou a se infiltrar em sua mente, como uma névoa densa. Ela tentou se mover, mas percebeu que um de seus braços estava preso, a sensação de estar presa a um lugar desconhecido a fez se lembrar de tudo o que havia acontecido. A lembrança do abuso a paralisou e do horror que havia vivido se espalhou por seu corpo como fogo. Chloe sentiu seu coração acelerar, o eco de emoções confusas e aterrorizantes batia contra seu peito.— Calma, Chloe, você está segura. — Uma voz suave a alcançou e ela virou a cabeça, encontrando o olhar preocupado de sua amiga, Dominica. – O rosto da amiga estava marcado pela ansiedade, mas havia al
“O silêncio diz mais sobre a dor do que mil palavras poderiam expressar.”Brandon Mitchell Dixon Acordo sentindo todos os músculos do meu corpo doerem. Na verdade, não consegui dormir pensando em tudo o que tinha acontecido com a minha pequena. Depois que sai do cativeiro, voltei para casa, tomei um banho, umas doses de bourbon, cheirei um pouco de pó e tentei me acalmar. Mesmo tendo feito o que fiz com o filho da puta, ainda sentia a necessidade de punir alguém pelo o que tinha acontecido a ela. Olho minha imagem refletida no espelho, era a imagem de um homem veemente perigoso, cruel, impenetrável, apenas uma capa do que já fui um dia antes dela entrar na minha vida. Não consigo descrever, mas sinto-me culpado pelo o que aconteceu com ela e jamais irei me perdoar. Debaixo da água fria do chuveiro, fecho os olhos e permito que a água gelada lave meu corpo inteiro. Queria que ela fosse capaz de lavar a minha alma sombria, sou um homem cruel que carrego inúmeras m
"A saudade é um tributo ao amor que você me deu; cada lembrança é uma pétala de rosa que enriquece minha vida."Chloe HughesEstou no apartamento das meninas, tive alta do hospital ontem e elas acharam melhor eu ficar aqui, estavam com medo de Stefan tentar se aproximar novamente. A polícia esteve no hospital para falar comigo, mas graças a Deus, Iohan estava por lá e conversou pessoalmente com os policiais. Quando vi os dois homens entrando no meu quarto, tive um gatilho e me lembrei de meses atrás, quando toda a minha vida ruiu do dia para noite. Não queria também reviver o que aconteceu naquela noite, a maneira que Stefan me tratou e o que ele fez ainda estava vívida em minha mente. Acabei aceitando o convite de minhas amigas e aqui estou. Nos últimos dois dias elas se desdobraram para não me deixar sozinha, até a Dominica e a Tessa resolveram participar. Não vou mentir, fiquei feliz em saber que não estava sozinha. Tessa passou a tarde ao meu lado, ela tem tanto dele, que às vez
“Seu sorriso ainda ecoa na minha memória, mas a falta que você faz é ensurdecedora.” A chuva caía incessantemente, os pingos batiam contra o chão em um ritmo constante que ecoava na cidade deserta. As ruas estavam molhadas, refletindo as luzes dos postes e o ar tinha um cheiro fresco, quase revigorante, mas para Brandon, nada disso importava, o único pensamento que ocupava sua mente era ela. Ele se aproximou do prédio onde Chloe estava, os homens que sempre ficavam à espreita a protegendo nas sombras o mantinham informado. Durante esses quatro dias, se pegou várias vezes parado na frente do prédio, apenas para ver se a via, mas infelizmente parecia que o destino queria que ele sofresse. Brandon sabia por Léon que ela estaria sozinha no apartamento e viu a oportunidade perfeita de vê-la. Desceu do carro e olhou seus seguranças e deu a ordem que permanecessem em alerta, porém distantes. Ficou uns minutos parado pensando se era uma boa ideia. E se ela não quisesse vê-lo,
“A distância pode ser longa, mas meu coração sempre encontrará o caminho de volta a você.”Chloe abriu os olhos surpresa com a revelação e não teve tempo de responder. Brandon a puxou para perto, envolvendo-a em seus braços. O calor de seu corpo contrastou com a frieza da chuva que ainda escorria pelo seu rosto e costas. Ao olhar em seus olhos, viu a mesma saudade que o consumia, ele inclinou a cabeça e a beijou. O beijo foi intenso e apaixonado, como se todas as emoções reprimidas estivessem, finalmente, encontrando uma saída. Os delicados lábios de Chloe eram quentes e Brandon sentiu a eletricidade percorrer seu corpo, aquecendo-o mesmo em meio à tempestade.A chuva continuava a cair torrencialmente do lado de fora, mas nada poderia interromper aquele momento. Ele a apertou mais contra si, sua mão repousando em sua nuca, enquanto ela se entregava ao beijo, respondendo com fervor. Era como se o tempo tivesse parado e nada mais existia além daquele instante, aquele amor que acabou de