SIDNEY
— CADÊ AQUELA VACA? É a última vez que confio nela.
— E você confia nela, pai?
De repente, Mark percebe que falou em voz alta.
— Desculpe, filho... eu às vezes fico alterado com a ausência da sua mãe... eu... a amo muito... você sabe disso, não é mesmo?
O garoto assentiu.
Eles foram até o aeroporto e Mark foi conversar com uma das atendentes.
— Por gentileza, que horas que o voo de Londres chega?
— Já chegou fazem vinte minutos.
— Saberia me dizer se Sheila Hayes está nele?
— O senhor é Mark Hayes?
— Sou sim...
— Tem uma encomenda para o senhor que chegou neste voo.
Mark ficou surpreso e quando abriu o envelope viu sua esposa com um dos homens mais ricos e
JOE CHEGOU EM CASA e seu filho correu para abraçá-lo.— Fico feliz que tenha saído, pai.— Eu também, Benny.Joe, pela primeira vez realmente se sentia bem ao chegar em casa, ele sabia que Kate tinha deixado seu melhor naquele garoto que era um milagre vivo.— Um dia este império será seu, defenda-o com unhas e dentes.— Claro pai... – disse o garoto de quase 13 anos de idade.— Ada está aí?— Está sim.Benny assentiu e saiu correndo chamar a governanta.JOE ESTAVA NA BIBLIOTECA esperando por Ada.— O senhor me chamou, senhor Rutherford.— Por favor, Ada, não pudemos conversar direito depois da morte de Kate, sei que assumiu uma responsabilidade enorme em cuidar do meu filho sozinha.— Sim senh
EMILY RECEBEU A LIGAÇÃO e sorriu satisfeita, ela tinha jogado a isca perfeita e tudo estava indo melhor do que ela imaginava, ela iria acabar com a vida de Sheila e Joe em uma única tacada, ela conhecia Joe melhor do que ninguém e sabia que ele seria fisgado pela virilha.Sheila havia tido um caso com o ex-marido de Emily que fingiu que não havia acontecido nada, mas agora ela estava fora dos holofotes e tudo faria sentido, ter tido um relacionamento com o marido dela fez com que se sentisse ressentida e pagou na mesma moeda, ela poderia ser uma puta, mas ainda era uma mulher e uma mulher traída sempre se vingará do homem em quem depositou a sua confiança.— Senhora... – disse Jim ao entrar, seu secretário.— O que você quer?— Acredito que a senhora queira saber que a senhorita Kimberly morreu hoje.— Acho que a vadiazin
SHEILA ENTROU NO QUARTO e viu o filho ao lado do pai, ele correu até ela e o abraçou.— Estava com tanta saudades, mãe.— Eu também, querido... vai ficar tudo bem.— Foi tão estranho, ele...— Sua puta... – sussurrou Mark – depois de tudo o que fiz por você...Sheila chegou perto dele e sussurrou em seu ouvido.— Depois de tantos anos ao lado de um brocha, pude saber o que é um homem de verdade...Ela o beijou e saiu do quarto levando o seu filho.KEVIN ESTAVA AO LADO DA MÃE no taxi e, de repente se lembrou de uma cena que até então não fazia sentido, mas depois que seu pai disse aquilo...Ele era pequeno e viu sua mãe transando com um rapaz de forma bem violenta.— Vai devagar, Jim... está me machucando.
KIM CRESCEU SOLTA depois que todos em sua família, ou estavam mortos, ou presos, mas a maldita da Emily hava quebrado a promessa de dar a ela uma excelente pensão, mas ela ainda tinha sua arma secreta para conseguir alguns trocados, sua prima, Grace.Grace era a ingenuidade em pessoa e sempre que Kim a chamava, levava uns dois ou três mil dólares para a prima que chorava em prantos.Kim imediatamente comprava algumas drogas e usava em frente da prima.— Tem certeza que isso está te fazendo bem, Kim?— Não poderia estar melhor.GRACE GOSTAVA DA COMPANHIA de sua prima, ainda mais depois que Kim lhe apresentou os prazeres do sexo junto de alguns amigos.— Eu sabia que você ia adorar essa vida... é tão bom quanto usar drogas.As duas estavam transando com o mesmo rapaz que não falava nada, apenas penetrav
ADA NASCEU EM UM VILAREJO perto de Bombaim e desde pequena sofria pelo fato de ser de uma casta inferior, chamados Dalits, também conhecido como shudras, ou popularmente intocáveis ou meramente impuros.Seu pai foi morto durante uma das inúmeras revoltas e sua mãe foi queimada junto a ele durante o funeral por ser considerada uma mulher amaldiçoada, tentaram acha-la, porém Ada fugiu de medo, conseguindo entrar ilegalmente em um navio a caminho da Inglaterra, onde foi descoberta e violentada por diversos marujos por dias.Ao pisar na Inglaterra, visivelmente machucada, conseguiu abrigo e aos poucos retomou a sua vida, conseguindo um emprego de empregada na casa do bilionário Joseph C. Rutherford.Ada sempre olhava para o patrão com um olhar de admiração, ela sabia que ele havia nascido na Índia, fora pobre, perdera seus pais ainda jov
— GRACE!!! GRACE!!!Emily A abraçou e viu que a filha estava bem e aquilo deu a ela um alivio imediato que ninguém no mundo além dela era capaz naquele momento.— Que diabos você estava fazendo com aquela maldita fumetinha.— Kim era minha amiga, mãe... foi horrível... eu...Emily respirou fundo para não fazer uma bobagem maior.— Ela está bem, Emily, para de drama.Emily reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo entre milhões.— Que raios está fazendo aqui, Joe?— Seria bom agradecer o homem que salvou a nossa filha, não é mesmo?— Você o conhece, mãe?— Claro... ele é o seu pai...
JOE ESTAVA DORMINDO quando o seu telefone tocou, somente uma pessoa no mundo todo tinha aquele número de telefone.— Espero que seja realmente urgente para me ligar a essa hora.Joe ouviu atentamente, desligou o telefone, se trocou, ligou para seu motorista.— Christopher, vamos sair imediatamente.O MUNDO TODO PARECIA ter deixado recado para ele em sua empresa, mas Joe não estava para ninguém além da polícia e bombeiros indianos.— Não importa o preço, ache-os a qualquer custo.— Sabemos que o senhor acredita que eles estão com vida, mas...— Não existe, mas... se não o encontraram mortos, para mim continuam vivos.— Mas é uma área complicada, com conflitos entre tribos.— Então mande um exército, porra...Os
BENNY ABRIU LEVEMENTE os olhos, ainda estava muito escuro, havia um zumbido alto em sua cabeça que parecia que vinha de todas as direções possíveis, demorou alguns minutos até reconhecer Ada que tentava acordá-lo.— Pelos céus, ainda bem que está vivo, Benny.Ele abriu lentamente os olhos até se acostumar com o ambiente e com a sua própria dor de cabeça.— O que aconteceu?ela o abraçou novamente visivelmente parecendo estar aliviada com aquilo.— Nosso avião caiu.— Avião? Caiu?Ele olhou atentamente para ela e disse a última coisa que ela esperaria ouvir em uma situação como aquela:— Quem é você?