O grande altar dos ancestrais, outrora um santuário de paz e respeito, estava agora coberto de símbolos horríveis e negros. A essência maligna que emanava do altar era quase palpável, como uma cobra espreitando na escuridão. Porém, assim que sentiu a presença do Alfa Supremo, essa escuridão se dissipou como se nunca tivesse existido.Foi uma demonstração impressionante de poder. A luz do Alfa Supremo se espalhou pela caverna, iluminando todos os cantos e banindo as sombras. Os símbolos escuros do altar desbotaram diante de seu brilho, como se fossem simples aquarelas expostas à chuva.Os ancestrais, em suas formas etéreas, observaram a cena com terror e espanto. Eles nunca tinham visto tal demonstração de poder e conexão com a energia divina. Eles olharam para o deus que tinha Mat levitando no ar, sua presença imponente enchendo a caverna.Alguns dos ancestrais mais antigos do deus Mat o apoiavam com um rastro de energia divina. Foi uma visão avassaladora, um testemunho da luta entre
A aura de Jacking, transformada no Alfa Supremo, brilhou com uma luz intensa e divina diante do grande altar. A atmosfera foi preenchida com um poder antigo e sagrado quando o altar ganhou vida, iluminando-se com um brilho místico. Trilhas de energias azuis e brancas, como correntes de um rio celestial, começaram a fluir pelo altar. Eles se moviam e dançavam num balé etéreo até se unirem no signo do círculo solar.No epicentro deste espetáculo de luz e energia, Jacking segurou Mat nos braços. As energias convergiram para eles, envolvendo-os num manto de luz azul e branca. Eles entraram em seu ser, percorrendo cada fibra de sua existência, unindo o Alfa e o filhote em uma conexão sagrada.Jacking então se transformou novamente em Hórus. Seus olhos brilhavam com a luz do sol e de seu olho direito, conhecido como Olho de Hórus, símbolo de proteção e poder, saiu um poderoso raio de luz. Este raio de luz divina entrou na testa do filhote, marcando-o com o poder dos deuses.Mat começou a le
O beta Amet olha perplexo para seu Alfa, cujo rosto reflete medo e perplexidade. Ele pode ver e sentir seu líder afundando no desespero, enquanto continua tentando encontrar ou sentir sua alma de lobo, sem sucesso.—Ele se foi, não consigo sentir, nem a energia dele é a mesma— confessa Hórus, com a voz cheia de desespero.—Mas não podemos deixar Ionut sem poderes, eles ficariam muito desconfiados. —Chame Bennu para transferir poderes dos grandes celtas— sugere Amet, tentando encontrar uma solução.—Eu posso fazer isso, Amet— Jacking intervém.Amet balança a cabeça, —Prefiro que Bennu faça isso, Jacking, você não está completo. Deixe-o fazer isso.Jacking acena com a cabeça: —Tudo bem.— Ele liga para Bennu e ordena que ele transfira alguns poderes para Ionut, mas não muitos. Após a conclusão, ele concede um pouco do poder da eletricidade. E vão embora com aquele que ainda está inconsciente.A lua Oana e Alpha Velkan vêm ao seu encontro. —Como está meu Ionut?— o lobo pergunta com medo.
O desamparo e a culpa inundam Jacking. Ele se sente responsável pelo que aconteceu com Mat. Ele se censura por não tê-lo protegido melhor quando Mat estava dentro de Ionut. Ele sabia que seu lobo era teimoso, mas nunca pensou que sua desobediência pudesse levar a tal desastre.Ele se senta no último degrau antes de chegar ao quarto, tentando controlar suas emoções. Ele não quer preocupar sua Lua. Embora ela tente parecer forte, ele consegue ouvir seus soluços silenciosos. Se ao menos ela pudesse estar com Ast, mas ela não pode. Ísis está grávida e se transformar em loba pode colocar seus filhotes em perigo.A frustração e a tristeza tomam conta dele e, não conseguindo mais se conter, ele solta alguns soluços. Cada lágrima que cai é um lembrete de seu fracasso em proteger Mat, de sua incapacidade de ajudá-lo. Mas ele sabe que deve ser forte, pela sua Lua, pelos seus filhotes e por si mesmo. Com um último suspiro, ele se levanta e entra em seu quarto, preparando-se para enfrentar mais u
A noite na floresta é densa e escura, com uma lua pouco visível entre os galhos das árvores. O ar está carregado de uma tensão palpável, como se a própria natureza estivesse prendendo a respiração. Os habituais sons noturnos da floresta foram silenciados, substituídos por um silêncio quase sobrenatural.De repente, uma névoa espessa e escura emerge das sombras, envolvendo tudo em seu caminho. Ele se move com vida própria, serpenteando por entre as árvores e cobrindo tudo em seu caminho. É uma escuridão tão profunda que parece absorver toda a luz ao seu redor, criando um vazio de sombras.Porém, em meio a essa escuridão, uma luz brilha intensamente. O feiticeiro branco Alex, o poderoso membro da matilha La Maat Ra, enfrenta a escuridão. Sua luz é brilhante e pura, um farol de esperança na escuridão. Lute contra a névoa escura, sua luz colidindo com as sombras em uma dança eterna de luz e escuridão.A luta é feroz e impiedosa. A luz de Alex se contorce e ondula, lutando para resistir à
O Jacking sente-se mais forte e mais poderoso a cada dia que passa. O corpo de Mat, sua forma de lobo, tornou-se mais imponente. Além disso, ele descobriu que pode dominar os poderes do deus Mat com perfeição. No entanto, ele ainda não sente a alma do lobo em seu peito. Ele ainda sente um enorme vazio desde que a perdeu. Em seu escritório, ele está mais uma vez estudando o livro sagrado dos Alfas Supremos quando vê Amet aparecer, acompanhado de Bennu e Horatio.—Bom dia, meu Alfa—, cumprimenta seu beta Amet.—Bom dia, irmãos, o que vocês trazem vocês aqui tão tarde? —pergunta Jacking.—Meu Alfa, estamos na África, perto do deserto do Saara—, explica Amet com seriedade. — Temos alguns assuntos pendentes por lá.—O que você quer dizer, Amet? Seja mais específico—, pergunta o alfa, muito intrigado.—Kel Tamajag, lembra você de alguma coisa?Jacking se levanta e bate o livro com força. Claramente, Kel Tamajag traz lembranças a você. O Alfa Supremo, Jacking, sente uma mistura de emoções a
Dentro da caixa há dois pequenos baús de cristal. Em um deles está o olho esquerdo do deus Hórus. De acordo com a história que eles conhecem, Osíris, o pai de Hórus, foi assassinado por seu irmão, Seth. Em sua busca por vingança, Hórus perdeu o olho esquerdo durante uma série de confrontos com Seth. Entretanto, o deus Thoth, conhecido por sua magia e sabedoria, conseguiu restaurar o olho de Hórus, que, por sua vez, ofereceu-o a Osíris para trazê-lo de volta à vida. Por esse motivo, o olho de Hórus também simboliza sacrifício, recuperação e proteção. Então, como era possível que o olho do deus estivesse em posse da mãe de Jacking e por que ele nunca havia se manifestado até agora durante todo o milênio em que viveram? Jacking, transformado em Hórus, olha para o olho com perplexidade. Com muito cuidado, ele o pega em suas mãos e o abre. Naquele instante, uma luz intensa se espalha por todo o escritório, iluminando todos os cantos. O olho se eleva no ar e desliza para dentro de sua p
A presença de Osíris envolve Jacking com uma energia reconfortante e poderosa. Jacking se sente honrado e privilegiado por poder estar diante de seu pai divino, compartilhando esse momento especial. O encontro entre Hórus e Osíris é um testemunho da linhagem divina que corre nas veias de Jacking. É um lembrete de seu propósito e destino como protetor da linhagem ancestral. Naquele instante, Jacking compreende a importância de seu papel e se enche de determinação para cumprir seu dever.—Hórus, meu filho— diz Osíris com uma voz calma, mas firme, —sei que isso pode ser confuso para você, mas é a única maneira de salvar a sua alma de lobo neste momento. Eu lhe dei o poder dos grandes faraós, mas, por causa da punição de Rá, você deve seguir o ciclo de vida e morte dos lobos. —O quê? —Horus exclama, com descrença e angústia em sua voz: —Como meu pai lobo vai morrer, se ele morrer, eu também morrerei! A confusão e a descrença brilham nos olhos de Hórus enquanto ele tenta assimilar o que