Salvador perdeu o pouco de paciência que lhe restava, se levantou e, antes que os acompanhantes do ministro pudessem pegá-lo, ele invadiu o escritório do ministro.

"Precisamos conversar", disse ele rapidamente, porque os acompanhantes o agarraram pelos dois braços para puxá-lo para fora.

O ministro franziu a testa e ordenou que os guardas libertassem Arismendi.

"Doutor, isso não é maneira de entrar em meu escritório", ele repreendeu, "O que você quer?"

"Quero ser o advogado que mandará Araujo para a prisão", disse ele com firmeza e seriedade.

"Você sabe muito bem que isso não é possível, Salvador, estaríamos incorrendo em um conflito de interesses, o mais correto é procurar um advogado criminalista, há ótimos advogados em seu escritório, você pode aconselhá-los".

"Você não entende? Eu quero ser aquele que o reformulará na prisão!"

"Então você não poderá acusá-lo, terá de representar as pessoas que o acusam e, nesse caso, isso é impossível, pois você é a parte acusadora."

"Droga!", rug