Capítulo 10 .Carlos .Foi tudo tão rápido, que somente agora eu me dei conta de que eu vou ser o doador do namorado da mulher que eu acho que estou apaixonado, a minha intenção de ter ido atrás da Bia era para pedir desculpas para ela depois de tudo que eu falei , só que não deu muito certo , depois que eu assinei tudo que precisava eu vim pra casa e já liguei para o meu pai e contei tudo que aconteceu, e ele perguntou se eu queria que ele viesse para a gente conversar e eu disse que não precisava , que eu ia descansar e amanhã a gente conversa, e eu estou mesmo cansado , porque não dormi bem a noite e o dia fe hoje foi cansativo, e eu só quero um banho e a minha cama , e quando eu ia fazer isso a minha campainha tocou e eu pensei ser meu pai , mas não deu tempo dele chegar aqui , quando eu abro a porta eu vejo a Bia parado olhando para mim. - Bia, está tudo bem ?- Sim, eu só precisava falar com você. - Entra .Eu dou passagem e ela entra, e fecho a porta .- Você quer
Capítulo 11 Carlos .Acordo e sinto a cama vazia e quando abro meus olhos vejo que estou sozinho na cama , e penso que talvez tudo que aconteceu ontem tenha sido um sonho .- É claro que foi um sonho né Carlos, onde que ela ia vim até aqui e ainda por cima dormir com você, sem vocês terem nada .Eu falo sozinho e me levanto , e vou até o banheiro tomo um banho e escovo os meus dentes e depois vou até o closet e coloco uma roupa leve , e vou até a cozinha, e quando chego me surpreendo com a Bia encostada no fogão e eu fico parado olhando para ela , até que ela nota a minha presença e se vira para mim. - Bom dia .- Bom dia .- Eu acordei e vim fazer o nosso café, mas só depois que eu já tinha começado que eu me lembrei que você precisa estar de jejum .- Na verdade eu não preciso, o médico falou que eu posso tomar café, mais uma coisa mais leve .- Ótimo, eu fiz salada de frutas, um suco de laranja, e estou fazendo panquecas, senta que eu já vou te servir .Eu me sento
BeatrizAos 26 anos, já conquistei mais do que muitos acreditariam ser possível. Sou Beatriz Vieira, ou Bia, como meus amigos me chamam, dona da maior rede de lojas de departamento do país, formada em moda e apaixonada pelo que faço. Mas o que ninguém sabe é que, por trás dessa fachada de sucesso e independência, minha vida mudou completamente da noite para o dia. Um furacão de emoções e reviravoltas inesperadas virou tudo de cabeça para baixo, e o que começou como um mistério acabou transformando meu mundo. Hoje, posso dizer que sou feliz e realizada, mas o caminho até aqui foi longe de ser fácil.Filha de dois advogados renomados, donos de um dos maiores escritórios de advocacia do país, era quase inevitável que meus pais quisessem que eu seguisse seus passos. Apesar disso, sempre deixei claro que meu coração pertencia à moda. Para minha sorte, eles entenderam minha paixão e me apoiaram. Foi assim que, com muita dedicação e trabalho, me tornei dona de uma rede de lojas que hoje carr
BeatrizMeus pais decidiram que, aos 50 e poucos anos, é hora de finalmente aproveitar os frutos de tudo o que construíram com tanto esforço. Eles planejam uma longa viagem de seis meses, um descanso merecido depois de décadas à frente da Vieira e Costa Advocacia, um dos maiores escritórios do país.Ao longo dos anos, sempre contaram com Roger, amigo de infância do meu pai e sócio desde o início. O plano deles era passar o comando da empresa para os filhos, eu, Beatriz Vieira, e Carlos, o filho de Roger. Mas, como escolhi seguir a minha paixão pela moda, deixando o direito de lado, decidiram confiar essa responsabilidade a Theo, que eles consideram como um filho.Quanto a Carlos... bem, eu quase não tenho lembranças dele. Ele foi morar no exterior com a mãe ainda muito pequeno. Lá, formou-se em Direito e trabalhou em uma das filiais da empresa. Agora, está de volta ao Brasil para assumir a empresa no lugar do pai, que também decidiu aproveitar essa nova fase da vida.Hoje é o coquetel
BeatrizOs últimos dias têm sido como um quebra-cabeça incompleto. Desde o anúncio da aposentadoria dos meus pais, há uma semana, sinto que a dinâmica familiar mudou. Eles estão radiantes, planejando viagens e entregando gradualmente as rédeas do escritório para Theo e Carlos. Apesar de ainda não terem partido, há uma sensação constante de despedida pairando no ar.Carlos. Ele parece ser o tema favorito dos meus pais ultimamente. Não importa a conversa, eles sempre encontram uma maneira de elogiá-lo. "Tão educado, tão dedicado, tão gentil... e bonito", eles dizem. Bonito, eu admito. Educado? Gentil? Não. Definitivamente, não, esses adjetivos não se enquadram.Hoje, vou almoçar com o meu pai. Decidimos nos encontrar no escritório, algo que sempre me deixa nostálgica. Aquela atmosfera séria, as pessoas apressadas, tudo me lembra a infância, quando esperava por horas na sala dele enquanto ele resolvia o mundo.Chego ao prédio, cumprimento as recepcionistas com um sorriso habitual e sigo
CarlosJá se passaram duas semanas desde que voltei para casa, mas o que aconteceu naquela tarde ainda está martelando na minha cabeça. Hoje faz exatamente uma semana que não consigo tirar aquela garota insolente da cabeça. Bia, derramou sorvete em mim. Eu vi o rosto dela, um rosto perfeito, e aquele corpo impecável. Algo no ar mudou naquele momento, e, apesar de tentar não me deixar levar, sei que algo em mim se partiu. Não sei se foi por impulso ou uma necessidade de me mostrar educado, mas quando Bento nos apresentou, tentei ser o mais gentil possível. Não queria que houvesse aquele desconforto típico de quando você não espera encontrar alguém e, de repente, descobre que está diante da filha do cara com quem você está passando a maior parte do tempo.Ela, com aquele jeito insolente que eu ainda não sabia como lidar, mal me deixou falar. Nem olhou para mim direito, já saiu em direção ao Theo, seu amigo, ou quem sabe algo mais, não sei. E, sim, confesso que senti ciúmes. Por quê? Nã
BiaDesde o beijo de Carlos, não consegui mais tirá-lo da minha cabeça. Não o vi novamente, e, confesso, isso me incomodava mais do que eu gostaria de admitir. O que aconteceu entre nós foi confuso demais, para dizer o mínimo. Mas o que me perturba mais não é o beijo em si, mas a maneira como ele saiu depois, como se nada tivesse acontecido. Não, eu não posso simplesmente deixar isso passar. Eu sabia que ele também estava pensando nisso, que a cena, de alguma forma, ainda rondava sua mente. Mas, por que ele não me procurou? Por que ficou tão distante depois de me beijar? Tinha que desaparecer e me ignorar?Hoje, meu foco deveria estar no prêmio que a minha empresa vai receber, um marco importante no mundo da moda. Mas é impossível não sentir uma ansiedade que vai além da premiação. O que me deixa mais nervosa, na verdade, é o fato de Carlos estar aqui. Ele vai estar presente no evento, e isso faz meu coração bater mais rápido do que qualquer conquista profissional.Me olho no espelho.
BiaA noite parecia que nunca ia acabar. Eu não sabia o que estava me consumindo mais: a ansiedade sobre o estado de Theo ou a confusão causada pelo beijo inesperado de Carlos. Eu não estava preparada para nenhuma das duas situações. O que estava acontecendo comigo? Por que eu estava me sentindo assim? O que exatamente era aquilo?Quando entrei na cozinha e vi Flor com o sorvete e a mesa preparada, uma sensação de normalidade, de conforto, me envolveu. Mas, mesmo naquele momento, meu olhar ainda buscava algo mais — alguém mais. Carlos não estava ali, mas ele ainda estava na minha cabeça, me atormentando de formas que eu não queria admitir. Olhei para a mesa e tentei me forçar a relaxar. Mas a tensão no meu peito era palpável.Flor, com sua risada típica, fez a pergunta de sempre:— Em qual quarto será a festa hoje?Theo, claramente mais cansado do que deveria, respondeu com um sorriso cansado:— No meu, porque eu quero minha cama. Não sei por que estou tão exausto hoje.Saímos todos e