Isabelle MattosMiguel e Carla foram conosco para São Paulo, pois nos levariam ao aeroporto logo cedo amanhã. Nosso voo sairia às seis da manhã. Como era muito cedo, ficamos no apartamento à noite e pedimos comida japonesa. Os meninos ficaram tratando de negócios enquanto eu e Carla terminávamos de arrumar minhas malas. Não estou levando muita coisa... Alejandro disse que tudo seria novo e que eu não precisava me preocupar, até porque o clima seria bem diferente.Enquanto entregava algumas coisas para Carla doar, que eu havia separado na arrumação, percebi que ela estava de cabeça baixa, com o olhar distante.— Amiga, que carinha triste é essa? Tudo isso é por minha causa? — digo, rindo, tentando descontrair.— Também, amiga... Apesar de estar tão feliz por vocês dois... Eu amo demais vocês — responde Carla.— Oh, amiga, eu sei... Mas o que está acontecendo? Por que essa tristeza?— Minha vida está mudando muito... Miguel está mais sério, preocupado, trabalha demais... quer que todos
Isabelle MattosChegamos em Lisboa por volta das sete da noite. Pegamos nossas malas e já havia um motorista nos aguardando, que aparentemente era bem conhecido de Alejandro.Ele pegou as malas, colocou-as no carro e nos levou até o hotel, que, diga-se de passagem, era maravilhoso. Assim que entramos na recepção e fomos muito bem recebidos, percebi que não foi necessário fazer check-in.— Alejandro, por que não precisamos fazer check-in? — perguntei, curiosa.— Porque esse hotel faz parte da minha rede — respondeu com um sorriso convencido.As malas foram levadas para a suíte, mas antes que eu pudesse desfazer a bagagem, Alejandro me chamou:— Anjo, vamos sair. O pessoal leva as malas para a suíte.— Sair? Daqui mesmo? — perguntei, surpresa.— Qual o problema? Não precisa se trocar, você está ótima.— Oh, moreno... Só dez minutinhos, eu juro! Deixa-me ficar cheirosa pra você...— Você sempre tentando me enrolar... Promete que são só quinze minutos?— Prometo!Corremos para o quarto. N
Isabelle MattosDepois de uma noite tão gostosa e romântica, adormecemos...Logo cedo, fui acordada por Alejandro me puxando da cama, e não da maneira que eu gostaria ou estava acostumada. Fui praticamente arrancada do colchão.— Vamos, minha linda, levanta! Temos um dia cheio hoje. Já são seis horas da manhã e ainda precisamos tomar café — disse ele, animado.— Cadê a parte da lua de mel? Aquela em que ficamos fazendo amor até tarde na cama? — perguntei, emburrada.— Oh, mulher insaciável! Vamos! Você não quer conhecer o Santuário de Fátima? Ou vamos hoje, ou não dará mais tempo...Pulei da cama na mesma hora e corri para o banheiro.— Por que você não disse isso logo?— Porque eu não sabia que você levantaria tão rápido... — ele riu.— Quinze minutos e eu estou pronta!— Vou arrumar umas coisas para levar e já pedi nosso café, que está chegando.— Pega aquela bolsa média verde-escura, coloca suas coisas, que já pego as minhas.— Ok, chefa...— Engraçadinho...Trinta minutos depois,
Alejandro GonzalezNa primeira noite que passamos em Portugal, acordei por volta das cinco da manhã, confuso. Tinha tido um sonho estranho e, ao mesmo tempo, lindo. Na verdade, parecia mais real do que um simples sonho...Sonhei com minha mãe. No sonho, eu contava a ela o quanto estava feliz e apaixonado, o quanto Isabelle era especial para mim e como eu queria algo que nunca imaginei que desejaria: formar uma família com ela.Minha mãe me ouvia com atenção e carinho. Nosso encontro acontecia em uma igrejinha muito especial, uma que eu já havia visitado com ela em Portugal. Ela me dizia que o caminho não seria fácil, mas que sempre estaria ao meu lado. Me aconselhava a nunca desistir desse amor e reforçava que Isabelle era ainda mais especial do que eu imaginava. Disse que estava muito orgulhosa do homem que eu me tornei.No final, ela me pediu perdão, mas eu não sabia o porquê. Antes que pudesse entender melhor, acordei com a certeza de que estava no caminho certo.Minha ideia inicia
Isabelle MattosNossa viagem a Portugal não poderia ter sido mais perfeita. E o nosso amor e paixão parecem crescer mais a cada dia.Já estamos em Nova York há um mês e já estamos nos adaptando à nova rotina. Alejandro mergulhou no trabalho e, para minha surpresa, e eu estou estudando todas as manhãs e faço outras atividades três vezes por semana à tarde.Já tenho tantas ideias sobre o que quero fazer e aprender. Só não está perfeito porque sinto muita saudade dos meus amigos.Miguel está vindo esta semana para uma reunião com Alejandro e um evento importante. Queria muito que trouxesse Carla, mas ele anda tão sério... Tive que apelar para Alejandro. Ainda não contamos a ninguém que estamos noivos, queríamos fazer isso pessoalmente.De repente, escuto a porta batendo.— Amor, olha quem está aqui! — Alejandro anuncia.Quando olho para a porta, vejo Alejandro entrando com Carla e Miguel.— Meu Deus, que alegria! Que saudade dos meus amores! — digo, pulando e gritando de felicidade.Corr
Isabelle MattosEstávamos na cama, rindo, conversando e aproveitando cada instante. O tempo parecia suspenso, como se nada mais existisse além de nós dois. Alejandro tinha um brilho nos olhos que me fazia perder o fôlego, e eu sabia que ele sentia o mesmo em relação a mim. Não existiam pressões ou preocupações, apenas o desejo de viver aquele momento intensamente.Alejandro recebeu um telefone e ficou sério de repente e disse que precisava passar uns emails e seria rápido.Alguns minutos depois, que eu estava esperando por ele, tive uma ideia safada e interessante… Fui ao banheiro, tomei um banho, passei no meu corpo o hidratante que ele adora e saí do banheiro vestindo apenas uma camisa branca dele, que caía como um vestido curto em meu corpo, deixando transparecer que eu estava sem calcinha. Meus cabelos estavam presos num coque despretensioso, exatamente como ele gostava. Eu tinha noção do quanto eu estava o provocando, e esse jogo silencioso entre nós sempre nos levava às melhore
Alejandro GonzálezAcordei no meio da madrugada. Está cada vez mais difícil pegar no sono… A minha encrenqueira deliciosa dorme ali ao lado, tranquila. Levanto-me devagar, vou até ao banheiro e paro na porta. Fico só a observá-la… tão linda, tão serena, exausta.— Ontem ela quase me destruiu… — murmurei para mim mesmo, rindo. — Confesso que eu também quase acabei com ela.Na verdade, é quase sempre assim. Já vamos para quase um ano juntos, desde aquele bendito assalto. Ainda hoje me parece surreal.Vivemos juntos. Oficialmente, estou noivo, mas na prática? Sinto-me casado. Nunca pensei que me renderia a uma mulher como a Isabelle. Com ela, aprendo todos os dias.É brava, valente, não leva desaforo pra casa. Mas quebra-me com a sua doçura, com a leveza com que encara a vida, com a simplicidade, a simpatia e, claro… com a forma como faz amor. Meu Deus, essa mulher tem um fogo… que eu adoro. Sempre fui conhecido por ser insaciável, e agora encontrei uma parceira à minha altura. Ela não b
Capítulo narrado por Isabelle, do seu encontro com a “tia Olívia”, na vinícola em Portugal, que hoje tem o nome de Sara. Isabelle mattosEntramos na vinícola e à medida que nos aproximamos da casa, o local revela-se muito mais encantador do que eu poderia imaginar. O caseiro nos recebe na entrada da vinícola, cumprimentando-nos com atenção. Na área da casa, um casal aguarda, e a mulher, de cerca de 45 anos, é muito bonita, com um sorriso que lembra muito o de Alejandro. O homem, é surpreendentemente parecido com Raul, possui uma cicatriz no rosto que me provoca um arrepio ao imaginar a sua origem.À medida que nos aproximamos, a mulher, agora conhecida como Sara, dirige-se emocionada a Alejandro e o abraça com carinho.— Alejandro, meu menino lindo!— Oh, minha tia querida!Pedro intervém com um sorriso carinhoso no rosto.— Vão ficar aí muito tempo? Não vai me dá um abraço nem nos apresentar esta linda jovem, filho?— Sempre com ciúmes, meu caro Pedro? — Alejandro perguntou sorr