Realmente, era só falar de alguém que a pessoa aparecia.

Álvaro sorriu sem motivo e atendeu a ligação.

Um som de choro atravessou a linha.

O sorriso no rosto de Álvaro congelou, e ele não conseguiu evitar um leve espasmo no canto da boca.

— Por que você está chorando a essa hora?

"Por que ela está chorando? O que será que passa pela cabeça dela?"

Camilla ficou sem palavras por um momento, se sentindo ainda mais injustiçada e, com voz de lamento, disse:

— Eu sabia que nós dois não tínhamos destino juntos! Por que, quando fugi de casa, não encontrei você? Andei tanto que meus pés ficaram cheios de bolhas! — E, ao terminar de falar, começou a chorar novamente pelo telefone.

Uma veia saltou na testa de Álvaro.

"Quem em sã consciência fugiria de casa? Tem que ter algum parafuso solto na cabeça para fazer isso, não é?"

Ele, então, ouviu Camilla choramingar:

— Álvaro, meus pés doem muito.

Álvaro suspirou, impotente, e perguntou:

— Onde você está?

— Não sei, está tu