A City of Portuguese Elegance estava situada à beira do rio, com uma paisagem encantadora.Quando Melissa chegou com o bolo, a música na mansão já retumbava.Ainda não tinha escurecido, e os jovens já se divertiam loucamente.Melissa estava incomodada com a música ensurdecedora e queria apenas entregar o bolo e ir embora.Mas então, uma ligação de Joaquim tocou.- Onde você está?Melissa afastou o telefone, permitindo que ele ouvisse o barulho vindo da mansão.Joaquim ficou em silêncio por um momento e disse:- Espere aí.Melissa não respondeu.Ela não estava disposta a esperar, entregou o bolo à equipe da cozinha e saiu.Na porta, esbarrou em George, que acabara de descer do carro.Ele estava vestido com um terno branco e um lenço vermelho dobrado em triângulo no bolso do peito. Toda a sua figura era suave e aristocrática, parecendo um príncipe encantado de um desenho animado.George se aproximou rapidamente.- Você não está se sentindo bem? Por que veio aqui?Melissa sorriu para ele
Melissa passou do choque inicial à raiva e, depois, se acalmou lentamente. Suas palavras não surpreenderam ninguém. Somente a família Frota sabia que ela ainda possuía os quadros de Cecília. Lorena, por sua vez, se mostrava astuta. Ainda nem se casara e já começava a conquistar George. Melissa sorriu friamente:- Você acredita nas palavras de Lorena? - Indagou ela, melancolicamente. - Você sabe que minha mãe está gravemente doente e que as despesas médicas são consideráveis. Não tenho dinheiro, o máximo que pude fazer foi vender os quadros da minha mãe. Se eu tivesse sobras, você acha que viveria de forma tão miserável?Daniele acreditou nessas palavras.Uma das razões pela qual ela desprezava Melissa era exatamente porque Melissa vivia em condições de miséria. Não possuía nenhuma peça de roupa, joia ou bolsa que pudesse exibir, definitivamente, não fazia parte da alta sociedade.Ter uma cunhada tão pobre era motivo de piada para ela.Ela ficou um pouco desconfiada.- Mas Lorena n
Melissa ficou ligeiramente surpresa e, de repente, soltou uma leve risada. Ela pensava que a confusão já tinha terminado, mas, na verdade, era apenas o começo. Não se tratava exatamente de uma confusão, mas sim de uma piada. - Ótimo, então me guie. Ela decidiu ver até que ponto Joaquim poderia ser imparcial. O garçom a conduziu em direção à cozinha, o que Melissa achou estranho, e perguntou: - Por que estamos indo para a cozinha? O garçom respondeu com um sorriso: - O Presidente Joaquim disse que o bolo estava meio feio e pediu que a senhora ajudasse a arrumar um pouco. Melissa hesitou por um momento, mas continuou seguindo. Ela havia entendido tudo errado. Pensava que Joaquim queria forçá-la a dar os quadros, mas era só por causa do bolo. Ele, afinal, não a deixou completamente decepcionada. O garçom abriu o congelador e explicou: - O bolo é grande demais, não cabe na geladeira, então está temporariamente aqui. - O Presidente Joaquim disse que as flores e
Joaquim ligou imediatamente para Melissa.- A pessoa que você tentou chamar está temporariamente indisponível. Por favor, tente mais tarde.Ele claramente havia pedido para Melissa esperá-lo. Onde ela teria ido?- Para a sala de monitoramento.José, o gerente da City of Portuguese Elegance, com mais de trinta anos e suando frio, apareceu diante de Joaquim.- Dez minutos atrás, a senhora saiu do clube. Depois disso, as câmeras... Pararam de funcionar.A City of Portuguese Elegance era um clube de alto padrão. A última vez que as câmeras foram desligadas foi quando uma jovem nobre da Cidade R teve problemas.A situação atual era claramente ruim.Joaquim mexeu os dedos e disse a Igor:- Entre em contato com o departamento de trânsito. Pergunte se Melissa saiu e que carro ela pegou.Igor hesitou por um momento, rapidamente concordou e pegou o celular, sem saber o que fazer.Depois de pensar, só pôde fazer uma cara de choro e ligar para Breno, que estava nos Estados Unidos.A movimentação
Melissa acordou novamente em um quarto de hospital.A brancura ao redor era ofuscante, e levou um tempo até que ela se acostumasse e começasse a recuperar os sentidos.Ao pensar no bebê em seu ventre, se sentou bruscamente, puxando os tubos ao seu lado, que continuavam a soar.- Meu bebê!Larissa, que cochilava na frente da cama, acordou sobressaltada e rapidamente falou:- Mel, você finalmente acordou! Está sentindo alguma coisa?Melissa apertou a mão dela de repente:- Larissa, o bebê? O bebê... Ainda está aí?Sua voz passou de ansiosa para incerta e depois para um pouco assustada.- O bebê está bem. Fique tranquila.Melissa então respirou aliviada e se deitou lentamente de volta.Ela estava prestes a perguntar algo mais quando Joaquim entrou com a Sra. Helena.- Mel, minha querida, você finalmente acordou.Os olhos da Sra. Helena estavam vermelhos, pois obviamente ela tinha chorado no caminho.Ela impediu Melissa de se levantar, segurando sua mão e sem querer soltá-la.- Você tomou
Joaquim franziu levemente as sobrancelhas.- Ele agrediu alguém e já foi levado pela polícia.Melissa permaneceu em silêncio, então disse:- Eu quero ver ele.Foi só então que Joaquim levantou a cabeça para olhá-la, percebendo que ela mantinha uma expressão fria, como se não soubesse de nada.- Vou cuidar do que aconteceu ontem. Você está fisicamente debilitada, com uma séria invasão de frio no corpo. O médico recomendou que você fique mais alguns dias no hospital, não precisa se preocupar com nada.Melissa o encarou.- Não preciso me envolver ou não posso me envolver?As mãos de Joaquim tensionaram levemente, e ele respondeu friamente:- Você sabe que se eu tivesse chegado alguns minutos mais tarde ontem, você teria morrido congelada. Isso não tem nada a ver com você, cuide da sua saúde.Melissa replicou ironicamente:- Eu quase fui morta, como não tem nada a ver comigo?Melissa exibia um rosto cheio de escárnio.Isso era ridículo.Embora Daniele fosse uma senhorita da família Amorim,
- Mel, não se mexa.George ouviu um barulho do lado de fora e correu para dentro, atraído pelo som, ao ver a cena no quarto.Ele não encontrou a cuidadora responsável por aquele quarto, então buscou alguém de outro quarto para ajudar.Levantou Melissa da beira da cama, repreendendo ela:- Você está fraca, deveria ficar na cama descansando. Se precisar de algo, chame a cuidadora.Melissa sorriu, pedindo desculpas:- Eu só queria pegar um copo d'água.- Mesmo assim, você deve chamar a cuidadora para isso. Aliás, onde está o sua cuidadora?A cuidadora, de um quarto de alto padrão, sabia que o quadro da paciente era delicado. George tinha enfatizado isso ontem. Como poderia estar ausente?A cuidadora chegou ofegante:- Desculpe, desculpe. O Presidente Joaquim disse que não era necessário uma cuidadora aqui, por isso me ausentei.Ela continuava a se desculpar.O trabalho era bem remunerado e ela perderia muito se fosse demitida.Melissa estava pálida.George, franzindo a testa, interrompeu:
Joaquim apertou os lábios, se forçando a recuperar o equilíbrio diante do turbilhão emocional que o assolava.Observando a pobre Lorena chorar à sua frente, seu coração pesou.Lorena, se sentindo observada, começou a soluçar e disse:- Joca, por favor, lembra da nossa amizade desde a infância, me ajuda. Eu não quero ir para a prisão.Amizade desde a infância?Os pensamentos de Joaquim involuntariamente voltaram para aqueles dias remotos.Na época, seu pai havia acabado de falecer e ele voltou para sua cidade natal para o funeral.Ele saiu correndo do funeral e, por descuido, caiu duramente, machucando as mãos e os joelhos, que ficaram cobertos de sangue.Mas naquele momento, ele simplesmente não queria voltar, queria caminhava sem destino.- Você está machucado!Uma garotinha em um vestido de princesa rosa passava por lá e, o vendo, exclamou surpresa.Ela não se intimidou com sua aparência desgrenhada, ao contrário, correu até ele e disse:- Irmão, está doendo muito?Joaquim afastou a