Lorena acordou lentamente na cama do hospital, percebendo que as duas lunáticas não estavam ao seu lado, sentindo uma onda de alívio por ter sobrevivido.Uma lágrima escorreu pelo canto do seu olho.No primeiro dia, ela já quase perdeu metade da vida com tantas torturas. Se continuasse ali, ela realmente não podia imaginar o que aconteceria.— Eu quero sair! — Ela se levantou de repente. — Eu quero ligar para minha mãe.Naquele dia mesmo, ela pediria para Lúcia vir buscar ela!Ela realmente não queria ficar ali nem mais um segundo.A enfermeira ouviu o barulho, abriu a cortina e entrou para verificar, depois chamou para fora:— Ela acordou, venham levar ela.O coração de Lorena se encheu de um pressentimento ruim:— Para onde vocês vão me levar? Não, eu não vou! Estou machucada! Não vou sair daqui. Se eu voltar, elas vão me matar.A enfermeira olhou para ela friamente e disse com indiferença:— Não vão. Já as disciplinamos, elas não vão te machucar de novo.Como Lorena poderia acredita
— É você!Lúcia viu Melissa saindo da sala do diretor segurando a barriga e imediatamente arregalou os olhos.Melissa arqueou as sobrancelhas e sorriu levemente, sem sequer cumprimentar ela.O segurança à porta, ao ver Melissa sair, imediatamente se posicionou na frente dela para evitar que Lúcia a machucasse.Não havia outra maneira, a probabilidade de Lúcia agir violentamente era muito alta, Melissa tinha que se proteger.Por algum motivo, o coração de Lúcia deu um salto, e ela gritou furiosamente:— O que você está fazendo aqui?O Diretor Marcelo, ao ver a atitude tão rude de Lúcia em relação a Melissa, ficou descontente:— Srta. Melissa foi convidada por mim, você tem alguma objeção?Lúcia rapidamente se recuperou:— Vocês se conhecem?!Como isso era possível?Aquele sentimento ruim em seu coração só aumentava com o sorriso no rosto de Melissa."Ela não deveria estar sorrindo! Sabendo que Lorena não foi presa, mas veio ao hospital, como Melissa poderia estar sorrindo? Ela deveria e
Melissa baixou os olhos e disse suavemente:— Você veio ver a Lorena também?Joaquim claramente ficou surpreso por um momento, depois respondeu:— Eu vim buscar você.Melissa olhou na direção do hospital:— Se você quiser ver ela, não vou te impedir. A vovó também vai entender.Joaquim suspirou silenciosamente:— Já disse, vim buscar você. Terminou o que tinha que fazer?Melissa apertou os lábios:— Terminei.— Então vamos. Já está tarde, é hora de voltar para jantar. — Ele abriu a porta do carro, indicando que Melissa entrasse.Aquele era o dia que ela estava se mudando para a nova casa.Dona Helena disse que no dia de mudança, era essencial convidar amigos e parentes para se reunir, acender o fogão e cozinhar juntos, e espalhar sal nos quatro cantos da casa, simbolizando a eliminação da má sorte e infortúnio, um ritual conhecido como "purificação" do novo lar.Por isso, ela pessoalmente levou sal da velha mansão da família Amorim.Melissa sabia que isso era um gesto de carinho dela,
Fora estava coberto de neve, enquanto dentro parecia a primavera florescendo.Assim que Melissa abriu a porta, uma fragrância quente e agradável a envolveu, fazendo com que todos os seus poros se abrissem.Ela não pôde deixar de sorrir.Raquel se aproximou para pegar as sacolas das mãos de Melissa e Joaquim:— A Sra. Helena estava preocupada agora há pouco, temendo que vocês ficassem presos na neve. Eu disse que não ficariam, que o Sr. Joaquim foi pessoalmente buscar você. Ela ainda assim não se tranquilizou.Melissa sorriu levemente.A Sra. Helena já estava acenando para ela:— Venha se sentar. Você sempre foi do tipo que não gostava de sair, e agora parece que não te vejo por dias a fio.Melissa caminhou até ela e se sentou ao seu lado, dizendo:— Vovó, você se esquece que agora eu trabalho.Originalmente não era tão ocupada, mas Joaquim insistiu para que ela pintasse as ilustrações de "O Castelo no Céu", o que a deixou ainda mais atarefada.A Sra. Helena disse:— Mas não deve se can
Os três pararam ao mesmo tempo.Melissa franziu a testa:— Como você está aqui?Joaquim apertou os lábios e disse:— Onde você vai? Eu te levo.Melissa ficou sem palavras.Esse homem estava claramente evitando responder sua pergunta.Ele saiu daquela casa, então provavelmente comprou a casa ao lado.Ela originalmente pensou que, quando se recuperasse e saísse da Mansão da família Amorim, poderia se afastar de Joaquim.Não esperava que ele fosse morar bem ao lado."Comparado a aqui, a casa no Jardim Celestial não é mais confortável?"Joaquim olhou para Larissa:— "O Castelo no Céu" tem uma missão importante hoje, você ainda não foi?Assim que ele terminou de falar, o telefone de Larissa tocou.— Por que você ainda não chegou? O que está fazendo? Não perca tempo!Larissa xingou e, relutantemente, segurando a mão de Melissa, disse:— Melissa, eu vou primeiro.Melissa sorriu e acenou para ela:— Vai, cuidado no caminho.Quando Larissa se afastou, Melissa não esperou por Joaquim e começou a
A verificação em três dimensões não era difícil, o único problema era o bebê, que não colaborava e ficava quietinho sem se mover.Melissa tentou uma vez, mas o bebê não reagiu, então teve que seguir o conselho do médico e ir caminhar um pouco para se exercitar.Depois de andar até suar um pouco, ela voltou confiante para fazer a segunda tentativa.O médico segurou o transdutor por um bom tempo e sorriu impotente:— Este deve ser um bebê calmo.— Ainda não deu certo? — Melissa ficou um pouco atônita.— Não. — O médico balançou a cabeça. — Ele está agora de costas, não dá para ver o rosto.Ele falou de maneira engraçada, e Melissa quis espiar, mas só conseguia ver uma tela preta. A posição era ao lado do computador, onde não dava para ver nada claramente.Depois de tentar mais um pouco, o médico, sem sucesso, sugeriu:— Tente comer algo.Era a única coisa a fazer.Ela saiu da sala de exames um pouco desanimada.Joaquim, ao ver sua expressão, ficou preocupado:— O bebê não está bem?Melis
Melissa desejava que ele olhasse e, ao mesmo tempo, que ele não olhasse. Estava tão confusa.Depois de um tempo, ela soltou um longo suspiro.“Que se dane, veja se quiser”.— Vamos.Joaquim se levantou, pegou os documentos e os dois começaram a sair do hospital.Naquele momento, a entrada do hospital estava um pouco congestionada e demoraria um pouco para o carro chegar.Joaquim ajudou Melissa a se sentar em uma cadeira e disse:— Vou comprar algo para você comer.Ele deixou os papéis de exame de lado, casualmente.Melissa ficou inexplicavelmente irritada, guardou os documentos no colo e disse friamente:— Não precisa, não estou com fome. Agora que os exames acabaram, pode ir embora.Parecia que ela estava se livrando dele depois de atravessar o rio, sem o menor remorso.Joaquim não entendia por que ela estava zangada novamente, então só podia responder gentilmente:— O médico disse que você está anêmica, não posso te deixar sozinha.Melissa o encarou:— O que há para se preocupar? Eu
Levando o pequeno delinquente à delegacia mais próxima, Melissa queria voltar ao hospital para uma revisão.Não estava preocupada com o bebê em seu ventre, mas sim com Felícia.As duas haviam caído juntas, e Felícia ainda amorteceu sua queda, certamente estava gravemente ferida.No entanto, Felícia se recusava, se abraçando como se estivesse se protegendo:— Estou bem.Melissa trocou um olhar com Joaquim, também sem querer forçar ela, então compraram alguns medicamentos para contusões na farmácia para ela.Felícia pegou os remédios, lançando um olhar rápido a Melissa:— Srta. Melissa, você precisa tomar cuidado. A tia Lúcia... Ela não vai poupar seu bebê.Melissa ficou atônita, seu rosto escureceu.Era ela, afinal.Tinha matado sua mãe e agora estava de olho em seu bebê?Ótimo, muito bem.Melissa suprimiu seus esforços internos, olhando para Felícia:— Você ainda está na família Frota? Eu não te dei dinheiro para sair rapidamente?Quando um dia Lúcia percebesse que Felícia também estav