— Presidente Walter, há quanto tempo não nos vemos. Ouvi dizer que o Grupo Alvorada Crescente investiu recentemente naquele projeto do governo no subúrbio leste? Também estou interessado nesse projeto. Será que o Presidente Walter poderia me dar uma oportunidade para participar também?Walter estava cansado de lidar com isso, mas ao lembrar que estava na festa de aniversário de Nina, ele parou e olhou para o interlocutor com uma expressão indiferente:— Presidente Henrique, boa noite.Enquanto ele era abordado, Solange já havia dispensado o homem ao seu lado e estava prestes a procurar um lugar tranquilo para descansar um pouco.De repente, uma empregada da família Lima se aproximou apressada.— Sra. Lima, a Sra. Hanna pediu para que você a encontre. Ela está esperando na pérgula do jardim.Solange olhou para o lado de Nina e viu que Hanna realmente não estava presente, franzindo levemente a testa, Solange disse:— Ela disse o que queria?— Não, mas parece urgente. Sra. Lima, é melhor
Naquele momento, um servo veio apressado até ele. — Sr. Walter, a Sra. Lima acabou de desmaiar, e eu não consegui encontrar o Sr. Yago.Ao ouvir isso, Walter levantou os olhos para ele e respondeu friamente: — Onde ela está?— Ela está lá em cima agora, a Sra. Nina e os outros estão recebendo os convidados. O senhor deveria dar uma olhada.Se fosse em uma situação normal, Walter certamente teria percebido que algo estava errado. Solange desmaiou, então por que não chamaram um médico? Por que chamaram ele, ao invés disso?No entanto, ele havia acabado de beber a taça de vinho que Isaac havia drogado. Sentia uma forte tontura, e seus pensamentos estavam mais lentos que o habitual, por isso não percebeu de imediato que havia algo estranho.Quando se deu conta de que algo não estava certo, já estava na porta do quarto de Yago. — Sr. Walter, a Sra. Lima está lá dentro.Walter parou abruptamente e olhou para o servo com uma expressão extremamente afiada. — Vou esperar o médico aqui
— Tio Walter, você precisa acordar. Solange o empurrou e rapidamente desceu da cama, olhando para ele com uma expressão de alerta. Ela segurava firmemente o abajur ao lado da cama, pronta para o arremessar se Walter avançasse em sua direção. Walter quase caiu da cama com o empurrão dela. Demorou vários segundos antes de ele olhar para ela confuso, seu rosto habitualmente frio agora tingido de um leve rubor, e seus olhos ardiam como se houvesse uma chama ali, queimando direto em sua alma. — Venha aqui. — Ele olhou para Solange, sua voz carregada de comando. Solange franziu o cenho e ficou parada, o encarando. Walter estava perigoso naquele momento, seu olhar cheio de desejo, como se no segundo seguinte fosse devorar ela por completo. Sua mente trabalhava rapidamente, ponderando sobre os motivos de Isaac. Era a festa de Nina naquela noite, ele tinha escolhido aquele momento para agir. Será que ele planejava chamar os outros em breve, para que pensassem que ela estava tr
Ao perceber que era Hebe, Solange parou de se mover.— Hebe, eu já te avisei há muito tempo, não vou me casar com você. Com que status você vem trazer um presente para a minha avó? Você é a amante que eu mantenho fora do casamento!Depois de alguns segundos de silêncio, a voz entrecortada de Hebe soou:— Yago... Eu nunca tive ilusões de que você fosse se casar comigo. Hoje vim entregar um presente para a Sra. Nina como forma de agradecer por você ter conseguido o rim para o meu pai...— Cale a boca! — Yago a interrompeu friamente. — Hebe, se você ousar mencionar isso de novo, eu não vou te perdoar!— Yago...— Saia agora!A voz de Yago estava cheia de raiva. Hebe parecia estar assustada, por isso demorou um tempo até responder baixinho:— Yago... Não fique bravo, eu já estou indo embora...O som dos sapatos de salto se afastando indicava que Hebe provavelmente tinha ido embora.Logo depois, Yago também saiu.Solange ficou sentada imóvel na grama com a cabeça baixa. Todo o seu corpo est
Ao ver Isaac, o rosto de Yago ficou um pouco mais sombrio, e ele disse em tom grave:— Entendido, vou para lá agora.Depois que Yago saiu, Isaac olhou para Solange e, com um sorriso que não chegava aos olhos, perguntou:— Como você conseguiu escapar?— Pai, do que você está falando? Eu não entendo. — Solange olhou para ele com uma expressão de confusão, como se realmente não soubesse do que se tratava.Isaac soltou um riso frio, seus olhos ficando cada vez mais gélidos.— É melhor que você realmente não entenda.Foi só depois que ele se virou para sair que a mão de Solange, que estava fortemente cerrada, se relaxou de repente. A palma da mão doía levemente, mas seu rosto não mostrava nenhuma expressão.Perto do fim do jantar, Walter finalmente apareceu.Ele tinha trocado de roupa, o cabelo estava levemente úmido, o rosto pálido, e sua expressão fria parecia tão impenetrável quanto gelo que nunca derrete, exalando uma aura gélida ao seu redor.Percebendo que ele não estava de bom humor,
Antes de sair, Walter ordenou que amarrassem os empregados que haviam seguido as ordens de Isaac e os jogou na frente de Nina e Paulo. — Empregados como esses, que traem seus patrões, é melhor lidar com eles o quanto antes. O rosto de Paulo ficou sombrio. — O que está acontecendo? — Isso você deveria perguntar ao meu querido irmão mais velho. Paulo lançou um olhar frio para Isaac. — Fale você! O rosto de Isaac estava pálido. Ele nunca imaginou que Walter iria expor tudo aquilo em público. A sala de estar mergulhou em silêncio, e todos os olhares se voltaram para Isaac, que permaneceu calado, sem a menor intenção de se explicar. — Se você não falar, eu mesmo vou investigar! Paulo bateu com força na mesa, seu olhar transbordando de raiva enquanto fixava Isaac. Era óbvio que, com todo esse alvoroço, Walter tinha motivos sérios para confrontar Isaac! Sob o olhar gélido de Paulo, Isaac se sentia atormentado. Quando estava prestes a confessar tudo, levantou a cabeça e
Yago franziu a testa, com um leve traço de desagrado nos olhos. Solange nem sequer olhou para ele e abriu a porta do carro para entrar. No caminho de volta, os dois permaneceram em silêncio. Várias vezes, enquanto Yago parava nos semáforos, ele olhava para Solange, com uma expressão de quem queria dizer algo, mas hesitava. Solange, por sua vez, continuava olhando pela janela, sem demonstrar a mínima intenção de falar com ele. Quando o carro finalmente parou em frente ao prédio de Solange, ela abriu a porta para sair, mas Yago não pôde mais se conter e a chamou: — Sol, o que aconteceu esta noite, com meu pai tramando contra o tio Walter, não tem nada a ver com você... Tem? Solange se virou para olhar para ele, com frieza no olhar. — Por que você acha que isso tem algo a ver comigo? Os olhos de Yago escureceram e, depois de um longo silêncio, ele balançou a cabeça. — Nada, é só que pensei nisso porque você também sumiu por um tempo, então queria perguntar. — Se você r
Solange balançou a cabeça.— Não foi isso que eu quis dizer. Só queria dizer que, independentemente de conseguirmos ou não o divórcio, sou muito grata a você.— Eu não preciso de agradecimentos vazios.Solange levantou os olhos e encontrou o olhar profundo de Walter. Se sentiu desconfortável e desviou o olhar rapidamente.— Então... Tio Walter, o que você quer?— Quando você se divorciar dele, eu direi o que quero.Solange mordeu o lábio inferior.— Certo.Só depois de sair do escritório de Walter aquele olhar invasivo finalmente desapareceu, e Solange soltou um suspiro de alívio.Ela tinha uma vaga ideia do que Walter iria querer.Mas, já que havia tomado uma decisão, não importava o que tivesse que sacrificar, ela não se arrependeria.Quando chegou ao elevador, deu de cara com Valentina saindo dele.Ao ver ela, as pupilas de Valentina se contraíram, e o sorriso em seu rosto desapareceu instantaneamente.— Srta. Solange, se eu não estou enganada, aqui é a sala da presidência, não o se