Depois que Yago saiu, Solange finalmente suspirou de alívio. O assunto desta vez estava resolvido, mas no futuro, ela teria que ser ainda mais cuidadosa.Ela se levantou, arrumou as roupas que Yago havia amassado e, em seguida, pegou uma peça qualquer do guarda-roupa antes de descer as escadas.Na sala de estar, Yago e Isaac estavam sentados frente a frente, ambos com expressões sombrias.Ao ver Solange descer, Isaac falou com uma expressão indiferente:— Já está tarde, vocês podem ir embora agora.Yago assentiu e se levantou, dizendo:— Está bem. — Seu olhar, frio e distante, pousou sobre Solange, sem qualquer traço de emoção. — Vamos.No caminho de volta, Yago continuava com o rosto fechado, sem dirigir uma única palavra a Solange. Estava claro que ele ainda estava furioso com o que havia acontecido no quarto.Ao chegarem à mansão, quando Solange estava prestes a sair do carro, Yago falou com uma voz fria:— Você não tem nada a dizer?Solange se virou para ele.— O que você quer que
— Ele faliu a família Gomes, e agora os Gomes irão atrás dele para se vingar. O que isso tem a ver comigo?Vendo que Yago não estava prestando a mínima atenção ao que ele dizia, Simão franziu as sobrancelhas.— Certo, já entendi.Depois que Simão foi embora, uma expressão assassina surgiu nos olhos de Yago.Já que Walter tentava incessantemente se aproximar de Solange, ele teria que lhe dar uma lição.Nos dias seguintes, Marcelo ia todos os dias ao laboratório levar presentes para Solange, mas, sem exceção, ela rejeitava tudo.Josiane, enquanto ajudava Solange a organizar a bancada, comentou:— Eu realmente não entendo. Marcelo é rejeitado por você todo dia, e no dia seguinte volta como se nada tivesse acontecido. Será que ele tem algum tipo de fetiche masoquista?Solange balançou a cabeça.— Não sei, não dê atenção a ele. Você montou o suporte ao contrário.Josiane rapidamente desmontou o suporte e o montou corretamente, sem tocar mais no assunto.Marcelo continuou indo ao laboratório
Solange, que deveria estar inconsciente, agarrou o frasco ao seu lado e o quebrou com força na cabeça dele. Os cacos afiados cortaram sua testa, e o sangue começou a jorrar imediatamente.Aproveitando o momento de surpresa, Solange o empurrou e saiu cambaleando pela porta.No entanto, toda a sua força havia sido usada naquele golpe contra Marcelo, e ela se sentia completamente fraca, mal conseguindo caminhar. Antes mesmo de alcançar a saída, Marcelo a agarrou violentamente pelos cabelos.— Vadia, você ousa me atacar!Com uma mão segurando ela, Marcelo desferiu vários tapas em seu rosto. O ferimento em sua testa permanecia sem tratamento, e o sangue escorria por suas sobrancelhas, tornando sua expressão ainda mais sinistra e aterrorizante.Solange tentou resistir, mas seu corpo estava sem forças. Só conseguiu encarar ele com olhos frios, como se estivesse olhando para um lixo.O olhar dela irritou Marcelo, que a esbofeteou novamente várias vezes, até que Solange quase desmaiou de tanto
— Solte!Encarando os olhos furiosos de Walter, Solange finalmente sentiu que havia escapado por pouco de um desastre. Seus olhos inevitavelmente se encheram de lágrimas.Sua mão se abriu lentamente, revelando a palma ensanguentada e... O pedaço de vidro cravado nela.O rosto de Walter estava profundamente sombrio. Ele a pegou nos braços e saiu andando.Solange segurou a gola da camisa dele e falou com a voz baixa:— Presidente Walter... Basta pedir para alguém me trazer uma roupa.Se Walter a carregasse para fora da empresa, não demoraria muito para que os boatos se espalhassem por todo o escritório no dia seguinte.Walter abaixou o olhar, o rosto frio, observando ela. Viu seu pequeno rosto pálido e frágil, o que fez seus olhos escurecerem ainda mais.— Sua mão está machucada, precisa ser tratada imediatamente.Solange balançou a cabeça, dizendo com o olhar obstinado:— Tem um kit de primeiros socorros no laboratório. Eu cuido disso e depois vou ao hospital sozinha.Sabendo que ela nã
Yago desviou o olhar e disse em voz baixa:— Vamos.No momento em que os dois se viraram, Hebe soltou um suspiro quase imperceptível de alívio.Enquanto Hebe fazia o exame, Yago ligou para Solange.No entanto, após várias tentativas sem resposta, sua paciência começou a se esgotar, e ele desistiu de ligar novamente.Solange, depois de pagar a conta e tomar a injeção, estava prestes a ir embora quando recebeu um telefonema da delegacia, pedindo que fosse até lá para prestar depoimento.Em outro lugar, Valentina já estava a par de que o plano de Marcelo havia falhado.Com uma expressão sombria, seu subordinado falou com tom preocupado:— Srta. Valentina, será que o Marcelo vai nos trair?Valentina deu uma risada fria ao dizer:— Fique tranquilo, ele não se atreveria, a menos que queira destruir sua própria família.Aquele idiota do Marcelo... Ela havia planejado tudo para ele, mas no fim, ele fracassou miseravelmente. Não passava de um inútil.Ao pensar nisso, a expressão de Valentina fi
Yago esboçou um sorriso sarcástico e, sem qualquer emoção na voz, disse: — Que patético... Ele deve odiar até a morte quem destruiu sua família, quem o deixou sem casa e sem esposa. Ao ouvir a voz calma de Yago, Simão tremeu involuntariamente. — Presidente Yago... Precisamos tirar ele de lá? — Claro, quero ver ele em três dias. Simão ficou em silêncio por alguns segundos, querendo persuadi-lo, mas sabia que Yago não o ouviria, então preferiu não dizer nada. Desligou o telefone e suspirou, pensando se deveria procurar um novo emprego logo. Afinal, se alguém descobrisse as coisas que Yago o fazia fazer, ele estaria igualmente arruinado. Solange ficou no quarto até a hora do jantar. Comeu em silêncio e, sem querer ficar mais tempo no andar de baixo, voltou direto para o quarto. Yago observou suas costas enquanto ela subia as escadas, seu rosto sombrio e assustador. Tábata, enquanto recolhia os pratos, comentou: — Sr. Yago, a guerra fria é o que mais prejudica uma relaç
Solange apertou os lábios e abaixou a cabeça, dizendo:— Não vou.Com o canto do olho, Yago lançou um olhar discreto para o celular de Solange, que estava sobre a mesa, e disse calmamente:— Eu acredito em você. Trouxe uma pomada, posso passar para você.Assim que Hebe tivesse o bebê, ele a mandaria embora imediatamente, não permitiria que ela aparecesse novamente na frente de Solange, e assim ainda teriam a chance de recomeçar.Ele se aproximou, mas Solange deu um passo para trás de repente.— Não precisa, eu mesma passo.Ao ver a frieza em seu rosto, Yago se esforçou para conter a decepção e, forçando um sorriso, entregou a ela a pomada.— Então passe você mesma. Aplique agora e antes de dormir, de manhã o inchaço já deverá ter diminuído.Solange olhou para a pomada que ele lhe entregava, estendeu a mão e a pegou.— Obrigada.— Sou seu marido, fazer isso por você é minha obrigação.— Vou descansar agora.— Ok, vou descer para trabalhar.Ele mal se virou quando ouviu o som da porta se
Walter mandou uma mensagem: [Vamos sair para beber à noite.]Daniel respondeu: [O que tá rolando?]Pedro disse: [Ultimamente te chamar é como chamar uma velha, nunca dá em nada. Hoje tá tão animado, levou um pé na bunda?]Walter respondeu: [Vai se foder!]Pedro disse: [Tá bom, tá bom, toquei num ponto fraco. Não falo mais, beleza? Tem um bar novo na Rua das Palmeiras, vou reservar uma sala privada.]Walter respondeu: [Beleza.]Em outro lugar, Solange havia acabado de voltar ao laboratório quando Josiane se aproximou.— Sol, por que você chegou tão tarde hoje? O que aconteceu com sua mão? Foi um corte acidental no laboratório?Solange não queria que muitas pessoas soubessem do que havia acontecido no dia anterior, então apenas assentiu e seguiu a conversa:— Foi sim.— Então, nesse período eu faço a operação e você me orienta, pode ser?— Não precisa, não afeta meus experimentos.As duas conversaram um pouco mais e logo começaram os experimentos da manhã.O tempo passou rapidamente, e l