Estou animada com esse encontro, ein??? Mais alguém torcendo para a felicidade de Elise? 👀 Ainda há muito a ser revelado, não acham? 🫣
Encontro ll É indescritível o que sinto ao ver Elise sair do prédio onde mora. Algo incomum toma conta do meu peito, e a certeza de que ela me pertence se impregna em todo o meu ser. Seu perfume, o corpo pequeno, que parece ter sido feito sob medida para se encaixar no meu, os olhos que refletem a dúvida que carrega dentro de si, os lábios vermelhos e sensuais que se entreabrem quando nossos olhares se cruzam. Ela usa um vestido preto justo, destacando seu corpo magnífico, sua pele pálida e de aparência macia, e os cabelos presos, deixando à mostra seu rosto lindo e perfeitamente delineado. Conforme se aproxima, noto a raiz dos cabelos mais escura, sugerindo que seu loiro não é natural, o que atiça minha imaginação para descobrir a cor verdadeira. — Malachi — cumprimenta com um breve sorriso. Encurto a distância entre nós e me abaixo, beijando seu rosto. O contato é rápido, mas ainda assim um ronronar escapa do meu peito, o lobo dentro de mim clamando por mais. — Está linda, E
Por um instante, jurei ter visto os olhos de Malachi brilharem em vermelho. Seu rosto ficou tomado pela fúria, e, ao mesmo tempo em que senti um calor estranho pela sua defesa, me arrependi de ter falado sobre o meu passado. Sinto-me inibida de me abrir com esse homem que mal conheço. Estar ao seu lado me deixa confortável, como se eu o conhecesse há anos. É estranho, porque raramente confio em alguém depois de tudo o que aconteceu. Na verdade, desde que conheci Trevor, convivi com poucas pessoas, e nenhuma delas era alguém decente. Me pergunto constantemente como pude ser tão idiota. Talvez eu tenha me deixado levar pela falta de afeto que marcou toda a minha vida. Crescer em um orfanato molda uma criança, revolta um adolescente e j**a um adulto ferrado e inseguro no mundo. É complicado. Há momentos em que sinto que não sei nada sobre a vida, nem sobre a humanidade. O garçom deixa a comida sobre a mesa, e meus olhos se arregalam. É... diferente. Tem sashimis de salmão, algo que
— Você parece feliz, menina. — Eddie comenta ao parar ao meu lado, secando uma caneca com o pano jogado sobre o ombro.Dou um sorriso e dou de ombros.— A folga que você me deu pode ou não ter sido bem aproveitada. — respondo, arrancando uma gargalhada dele.— Bom pra você! — Ele dá um tapinha leve no meu braço. — Resolveu dar uma chance para o alf... — Ele se interrompe, pigarreia e corrige. — Para o Malachi?— Como sabe disso? — Estreito os olhos para ele.— Todo mundo aqui percebe a tensão entre vocês quando conversam. — Desconversa, desviando o olhar.Um cliente interrompe a conversa, e deixo pra lá. Malachi é um frequentador assíduo da Taverna, então não é surpresa que tenham notado algo enquanto conversávamos. Pelo que percebi, muita gente o respeita — seja lá o motivo.Depois que saímos do restaurante, conversamos sobre coisas banais até ele me levar para casa. Não houve grandes gestos, e sua relutância era evidente. Malachi está me deixando ir no meu ritmo, respeitando
O comando de um Alfa.É difícil acreditar que, depois de 50 anos, estou enfrentando um problema tão grave na alcateia. Luan matou um humano na noite passada após descobrir que sua parceira predestinada, também humana, já era casada.Luan surtou, perdeu o controle sobre seu lobo com a simples ideia de que seria renegado. O resultado foi desastroso: matou o marido de sua predestinada e não voltou para o vilarejo. A cidade está um caos, o conselho humano quer um posicionamento, e isso com certeza vai foder com todo o progresso que construí.Agora, estou frente a frente com Luan, um lobo cinza com postura selvagem, depois de me transformar na frente de Elise. Tudo o que eu queria era levá-la para casa em segurança. Não era assim que eu queria que ela soubesse sobre meu segredo e a existência da alcateia. Pela primeira vez, desde que me tornei alfa, terei que punir um dos meus.Luan rosna ferozmente, desafiando-me, esquecendo completamente que está diante do alfa. Ergo-me em toda minha
Confronto e verdades.Ana me encara de olhos arregalados do sofá quando entro com Malachi sem camisa atrás de mim. Entendo que é impossível não encarar seu peitoral e braços definidos, e isso me irrita ainda mais. Toda a situação é uma loucura; me sinto como a Alice quando caiu na toca do coelho e pensou que estava pirada.Não posso — ou consigo — acreditar no que aconteceu... É demais para minha mente processar.— O que está acontecendo? — Ana pergunta preocupada e se levanta.— Malachi tem algumas explicações para dar — respondo e, como disse antes, deixo o número de emergência discado. — Melhor se sentar, Ana.Sento-me perto dela. Encaramos Malachi, que continua em silêncio e em pé, com os braços cruzados contra o peito. O cretino é delicioso; nem no meu momento de surto consigo ignorar esse fato. Meu corpo começa a aquecer à medida que o observo. Uma tensão se constrói em meu ventre, e fica difícil respirar tranquilamente. A atração é mais forte, e nem mesmo vê-lo se transmuta
Fatalidade.Assim que entro no vilarejo, sou recebido por Kiran. A expressão desolada em seu rosto me diz que a noite está longe de terminar. Uma onda de apreensão me domina após a conversa com Elise e sua amiga. Tudo desmoronou rápido demais, jogando sombras sobre a confiança e a alegria que havíamos reconstruído desde nosso primeiro jantar.Meu irmão me segue até em casa. Enquanto caminho, o caos da alcateia reverbera ao meu redor — murmúrios agitados, rostos contorcidos de raiva. Algo está fora de controle. O desequilíbrio paira no ar e me corrói por dentro.Entro em casa, transformo-me de volta e vou direto ao guarda-roupa para me vestir. Assim que Kiran entra, a pergunta explode da minha boca:— O que está acontecendo?— Luan se foi. — A resposta vem com uma voz sombria e pesada.— Como assim? Para onde? — questiono, a irritação misturada ao desespero.— Ele está morto, irmão. Encontramos ele na mata, em forma de lobo. Morreu como um cachorro envenenado. — As palavras de Ki
Procura-se.— Não o viu ainda? — Ana pergunta.Chegamos há pouco tempo do mercado, e estou sentada perto do balcão enquanto ela termina de passar um café fresquinho. Tenho algum tempo até ir para o trabalho, e minha amiga vai para a boate à noite. Estamos aproveitando para termos um tempo juntas depois da loucura que vivemos uma semana atrás.— Não, ele sumiu. Também não liguei, e nem ele me mandou sequer uma mensagem. Eddie está estranho, e a Taverna diminuiu o movimento de clientes nos últimos dias. — respondo. — Às vezes me pergunto se não presenciamos um surto coletivo. É difícil de acreditar.— Vimos com nossos olhos, foi bem real. — Ana serve o líquido quente e maravilhoso em duas xícaras, me entregando uma. — Aquele assunto sobre você ser a predestinada dele foi bem romântico, né?— Sabe que acredito em atitudes. Se é verdade ou não, ele mentiu para mim. Parece que estou vivendo num plano paralelo: shifters, lobos, predestinados... Porra, eu realmente sou um imã para atrair
Uma decisão.Elias tinha uma foto antiga minha no celular e estava me procurando. Isso só podia significar uma coisa: Trevor está por perto. Sinto o sangue fugir do rosto, deixando minha pele mais pálida que o normal.As vozes da Taverna desaparecem, transformando-se em um eco distante. Nunca imaginei que ele fosse tão longe, mas, se está me perseguindo desde que fugi, era questão de tempo até chegar em Valmont. Elias me observou demais. Mesmo com a cor do cabelo diferente, meus olhos e minha voz podem ter me denunciado.Preciso trabalhar, mas o medo me paralisa. Não consigo me mover.— Elise, quem é aquele cara? — sussurra Eddie, com a expressão carregada de seriedade.Encaro-o, umedecendo os lábios antes de responder:— Ninguém importante. — Minha voz sai rouca e entrecortada.— Não acredito em você. — Ele retruca, cruzando os braços. — Se não me contar, expulsarei todos os clientes e chamarei Malachi.— O que Malachi tem a ver com isso? — Balanço a cabeça, indignada com sua