Sílvia foi pagar e pegar os medicamentos, e então voltou para levar Marcos para tomar a vacina.Foi só então que Marcos disse friamente, — Sou alérgico à vacina antitetânica.O médico sugeriu, — Então vamos aplicar a vacina de proteína.Sílvia teve que fazer outro pagamento.Após receber a vacina, é necessário permanecer sob observação no hospital por meia hora. Sílvia, observando o braço enfaixado de Marcos, falou com uma voz suave, — Qualquer coisa que você precisar, pode me dizer. Acabei de conversar com Enrico pelo telefone, e contanto que não seja algo exagerado, faremos o possível para atendê-lo.Ela baixou sua postura.No entanto, mal havia terminado de falar, quando uma figura surgiu apressadamente ao longe no corredor, vindo diretamente em direção a eles.Juliana havia viajado durante a noite, seguindo Marcos de Cidade H para Cidade J, sentindo-se terrivelmente cansada, por isso havia pedido folga no trabalho e não foi naquele dia.Ela não estava muito preocupada, já que o tr
— Marcos... — Ela o olhou, falando baixinho, — Eu ia para a empresa de manhã, mas parece que estava com febre. Tomei um remédio e dormi até agora. Só acordei quando Ana me ligou.A expressão no rosto de Marcos permaneceu inalterada, ele assentiu com dignidade, sem dizer mais nada.Juliana, ao lado, baixou os olhos, mordendo os lábios.A impaciência na voz de Marcos, ela havia notado claramente.Especialmente, aquela frieza por causa de Sílvia, o que a fez se sentir ainda mais desconfortável.Assim que Sílvia saiu do hospital, ela encontrou Enrico chegando com Mateus.Mateus parecia abatido, provavelmente já havia sido repreendido por Enrico.Enrico viu Sílvia sair de dentro, — O que aconteceu?— Juliana veio, ela mandou eu e Marcos nos afastarmos, — disse Sílvia, sem expressão.Enrico olhou para ela, com preocupação, — Você realmente não se machucou, não quer fazer um exame?— Eu estou realmente bem, — Sílvia balançou a cabeça, depois falou com um tom grave, — Mas o Marcos está graveme
Sílvia falava palavra por palavra, a expressão de Isabelly ficava cada vez mais atordoada.No final, com a voz rouca, ela disse, — Síl, a Srta. Juliana só achava que eu não estava tendo uma vida fácil, ela sempre me dizia que entre mãe e filha não existe rancor que dure uma noite, por isso ela me aconselhou a te procurar, pensando que assim poderíamos melhorar um pouco nossa relação. Eu errei contigo, tenho pensado muito sozinha esses dias. Desta vez eu realmente refleti, antes fui eu quem errou, eu que prejudiquei você e a Bianca, eu sou a única culpada.Seu rosto marcado pela vida mostrava desespero e dor, suas mãos secas ainda algemadas.Yago tinha cometido muitos atos ilegais no passado, até alguns crimes graves, e Isabelly sabia de tudo, mas como ela escondeu esses fatos, também havia a alegação de cumplicidade.Ela queria segurar a mão de Sílvia, — Síl, agora estou arrependida, mas a Bianca é inocente, eu sou a pecadora, mereço o que vier, até ser baleada eu aceito, mas a Bianca,
Henrique não quis dizer muito, e Sílvia, conhecendo o limite, não perguntou mais.Eles foram até o hotel onde Isabelly estava hospedada, mas assim que o pessoal da recepção ouviu que eles queriam acesso às câmeras de segurança, imediatamente os despacharam, — Câmeras de segurança? Que câmeras de segurança? Nós não temos isso aqui!O tal hotel, na verdade, era mais um prédio residencial ao lado do hospital que tinha sido adaptado, e as instalações não eram das melhores.Sílvia notou que nem sequer tinham uma licença de funcionamento afixada.Henrique balançou a cabeça, — Sem chance, vamos ter que procurar em outro lugar.Sílvia concordou com um murmúrio. Embora estivesse desapontada, não deixou transparecer.Ela, contudo, não estava pronta para desistir. Isabelly tinha mencionado outros lugares.Além do mais, Isabelly ainda estava falando bem de Juliana, o que complicava as coisas.Um vislumbre de frustração passou pelo rosto de Sílvia.Henrique, percebendo seu desânimo, confortou-a co
Ela pensou um pouco e então disse, — Íris acabou de dizer que você está ocupado com outras coisas?Enrico acenou levemente com a cabeça, sentando-se em frente a Sílvia. Seus olhos, antes brilhantes, estavam agora cheios de cansaço.Sua voz estava um pouco profunda, — Se você não viesse hoje, eu teria que te procurar de qualquer forma, tenho algo para discutir contigo.Sílvia olhou para ele.— Após o Estúdio Estrela Ardente, planejamos focar nosso desenvolvimento na Cidade J, além dos contratos com o Grupo LH e o Museu Cultural Nator, recentemente também recebemos outras propostas de negócios.Enrico era muito sério quando trabalhava, seus olhos escuros fixos em Sílvia, — Por isso, precisamos de um departamento comercial dedicado para lidar com isso, você estaria interessada?— Sim, Irmã Sílvia, essa tarefa é sua. — Após Enrico falar, Yuri também se manifestou, mostrando-se preocupado, — Cada um tem sua especialidade, e eu realmente não tenho talento para isso, esses contratos são muito
Enrico, após ajudar Sílvia a vestir o casaco, recolheu as mãos, voltando à sua expressão séria habitual. Sua camisa ondulava ligeiramente com a brisa.O aroma de menta e limão do casaco de Enrico era suave e reconfortante para Sílvia.Ela pretendia devolver o casaco a Enrico, pois trouxera um blazer, mas antes que pudesse agir, um carro esportivo prateado parou ao lado deles.Logo atrás, chegou um preto Maybach.Ao ver a placa do Maybach, Sílvia hesitou.No segundo seguinte, a porta do carro esportivo se abriu, e Jorge Cardoso saiu, vestindo uma camisa estampada. Ele casualmente tirou os óculos escuros e os jogou dentro do carro antes de virar seu olhar para Sílvia e os outros.Ele assobiou, avaliando Enrico com um levantar de sobrancelhas, — Enrico?O olhar de Enrico era frio, — Jorge. — Tenho me dado bem com Tiago Santana ultimamente, ouvi bastante sobre você. Jorge falou de maneira relaxada, — Admiro sua coragem. Ele sempre falava assim, com um tom sarcástico que incomodava.— Ma
Enrico lançou-lhe um olhar frio, e Yuri silenciou.Sílvia, segurando seu casaco ao lado, baixou os olhos, sem dizer uma palavra.Ela havia se assustado com a súbita ação de Enrico, então sua voz saiu um pouco defensiva.Ela queria se desculpar com Enrico, mas então de repente apareceu uma mão com dedos bem definidos diante dela.Enrico murmurou baixo, — A estrada à frente ainda está sem luzes, segure minha manga. Então Sílvia pegou a manga dele.Íris, que estava ao lado pensando em dizer algo, sabiamente fechou a boca e não disse nada.— Ah, Sr. Enrico realmente é atencioso. Jorge encostado em seu carro esportivo, acendeu um cigarro e observou com um olhar divertido as pessoas que se afastavam.Ele virou-se para Marcos, que estava ao seu lado com uma expressão inexpressiva, e baixou o olhar para a mão dele, ainda envolta em ataduras, — Sua mão está assim e você ainda quer trabalhar com eles?Marcos respondeu com frieza, — O Museu Cultural Nator e o Estúdio Estrela Ardente são os mel
Sílvia, com o rosto tranquilo, mas um frio nos olhos, a tensão entre ela e Marcos era palpável.Paulo olhou para os dois, — Ah, somos todos amigos aqui, por que falar dessas coisas?Sílvia com um leve sorriso nos lábios, disse naturalmente, — Eu estava elogiando o Sr. Marcos. Quem na Cidade J, atuando no setor financeiro, não sabe quão impressionante foi a ascensão do Grupo LH nos últimos anos? Isso não é mérito do Sr. Marcos?Ela terminou de falar levemente, pegou um coquetel da bandeja do garçom ao lado e deu um pequeno gole, parecendo sinceramente verdadeira.Paulo sorriu, tentando mudar o assunto, seus olhos caíram na mão enfaixada de Marcos. — O que aconteceu com a mão do Sr. Marcos?A expressão tranquila no rosto de Sílvia pausou por um momento, ela também olhou discretamente para a mão de Marcos.Ela tinha visto o ferimento naquele dia, sabia o quão profundo era.Com um leve franzir dos lábios, Sílvia ouviu Marcos falar sem muita emoção, — Me machuquei quando estava no canteir