Quando Sílvia Nunes chegou na empresa no dia seguinte, encontrou que Juliana Simões estava desaprovando por uma gerência. Juliana também a viu, mas logo desviou o olhar para a evitar. Sílvia ficou estática por um segundo e foi direto para o gabinete do presidente. Mas ela não esperava, ao meio-dia, saiu a notícia de que Lisa, da secretaria, havia sido demitida. Lisa era a mesma gerência que envergonhou Juliana pela manhã. E, à tarde, Sílvia viu Juliana no gabinete do presidente. Ela ficou ali timidamente, e se apresentou em voz baixa com cara cândida,: - Sílvia, o Pr. Correia deixou-me trabalhar aqui. Marcos Correia tinha razão, ela era de fato muito bem comportada. As pontas dos dedos de Sílvia percorreram os papéis, e seus rabos dos olhos se ergueram, mesmo sentada, dava a Juliana muita pressão. Sílvia disse levemente: - O que Marcos lhe pediu para fazer? Juliana ficou ainda mais nervosa, - Ele disse que posso aprender muito se eu seguir você. Sílvia fechou
Antes de ela terminar de falar, foi interrompida por Marcos, - Vá sozinha. Ele se virou e foi para seu escritório, levando Juliana consigo. Sílvia abaixou a cabeça para guardar o convite enquanto ouviu a voz fria de Marcos: - Não tenha medo dela. Sílvia não achava que era uma pessoa hórrida, mas tinha que perguntar sobre a coisa de Lisa. Lisa era vice-diretora do Secretariado e era muito capaz, mas foi demitida repentinamente. Mas. Ela olhou para Juliana parada na frente de Marcos com o rosto vermelho dentro do enorme escritório de vidro e decidiu que seria melhor procurar outro horário. Juliana ficou mais de uma hora no escritório de Marcos antes de sair. Ao sair, cumprimentou Sílvia com uma cara vermelha antes de voltar para seu posto de trabalho. Ela era uma estagiária, portanto não era qualificada para ingressar no gabinete do presidente. Mas agora que Marcos a trouxe, Sílvia só podia arranjar trabalho para ela. Juliana olhou para o contrato inglês
Sílvia olhou para eles em silêncio. Acontecia que a coisa que Marcos ia fazer era fazer hora extra com Juliana. Ela acalmou sua emoção e foi pegar o telefone como se nada tivesse acontecido. Só então essas duas pessoas descobriram sua existência. Juliana imediatamente ficou nervosa, - Sílvia, com certeza terminarei o trabalho hoje. - Tá bem. - Respondeu Sílvia e pegou no telemóvel da mesa, - Com a ajuda do Pr. Correia, poderá acabá-lo naturalmente. Ela estava certa, para um chefão como Marcos seria fácil acabar essas tarefas. Só que Juliana não sabia o que pensava e seu rosto ficou um pouco pálido. Marcos olhou para ela sem nenhuma pressão: - Por que você ainda não foi? Sílvia levantou o celular, - Esqueci meu celular, então vou agora. O banquete do Grupo HR estava no Restaurante J, e todos eram conhecidos. Alguém viu Sílvia vindo sozinha e veio perguntar quando Marcos viria. Sílvia respondeu levemente: - Ele tem uma reunião que não pode faltar à noi
E quanto a ela? E os oito anos que ela passou com Marcos? Sílvia esperou pacientemente pela resposta dela, até mesmo respirando mais leve. O tom de Marcos era igual com agora, decidida e sem emoção, - Sabe, eu não gosto de seu tipo. Era verdade. Com exceção do primeiro período, quando Marcos não tinha nenhuma mulher ao seu redor, as que ele encontrou depois eram muito diferentes de Sílvia. Ele gostava das meninas boas e obedientes, mas não das obedientes como Sílvia. Os olhos de Sílvia estavam ocultos na escuridão, incapaz de ver sua emoção. E sua voz sempre ficou fria, - Você quer ficar aqui esta noite? Marcos se levantou e pegou o casaco ao seu lado: - Não. Sílvia não sabia se Marcos estava dizendo que ele não queria ela mais. Quando ela chegou à empresa no dia seguinte, a mesa de Juliana estava trocada ao lado de sua. A mesa de Juliana era bem em frente à sala do presidente, e ela podia ver o interior quando olhava para cima. Juliana a cumprimentou: - B
O relacionamento de Sílvia com Isabel Fernandes era mau e, desde a primeira vez em que Marcos levou Sílvia de volta à Família Correia, Isabel não gostou de Sílvia. Marcos nunca gostou que Sílvia fosse muito ligada à Família Correia e não a deixava ir à Família Correia, a menos que fosse necessário. Sílvia ligou para Marcos novamente. Dessa vez foi Marcos quem atendeu o telefone, ele disse com um bom humor. Sílvia parou por um momento e disse, como se nada tivesse acontecido: - Bom humor? - Não é ruim. - Ele não negou, mas também não queria falar mais, conteve o sorriso e perguntou: - Qual é o problema? Sílvia baixou os olhos, - Sua mãe me pediu para ir à Família Correia agora. Marcos não disse nada, e Sílvia ouviu um suspiro de Juliana ao seu lado, como se ela tivesse esbarrado em algo sem querer. No segundo seguinte, Marcos desligou o telefone. E antes de desligar, ele disse: - Não precisa me perguntar sobre isso. Sílvia ficou na sala de reuniões por dez minu
O jantar era no final de semana e Marcos disse que levaria Juliana lá, então Sílvia naturalmente não iria interferir. Ela organizou todas as informações em arquivos, enviou para a caixa de correio de Juliana e parou de perguntar. Mas Juliana era apenas uma nova estagiária, ela tinha que lidar com o trabalho e estudar para o banquete, então não conseguia deixar de se sentir um pouco sobrecarregada. Sílvia sentiu a pressão dela, e lembrou-se do lembrete de Marcos, então tomou a iniciativa de perguntar a ela: - Tem algo que precisa de ajuda? Juliana ficou atordoada e Sílvia olhou nos olhos dela com uma expressão calma, - Tem muita gente indo para a Família Sousa, e enviei a lista para seu e-mail. Você pode anotar as preferências dessas pessoas e só lembrar a Marcos quando chegar a hora. Juliana assentiu repetidamente com um sorriso lisonjeiro no rosto, - Obrigada, Sílvia. - Bem, não fique nervosa. - Disse Sílvia, - Marcos cuidará de você. O rosto de Juliana ficou verm
No fim de semana, Marcos levou Juliana para o jantar, e Sílvia não ligou muito. Mas quando saiu à tarde, encontrou Marcos também saindo. Ele vestia apenas uma camisa, com a gola ligeiramente aberta e a clavícula saliente, o que era um pouco sedutor. Coincidentemente, o vestido de Sílvia na altura do joelho era preto e a camisa de Marcos também era preta, seus estilos eram igualmente simples, então parecia um pouco roupa de casal. Sílvia fez uma pausa, depois cumprimentou Marcos como se nada tivesse acontecido, - Você já vai jantar? Marcos respondeu com um “hmm” com uma expressão indiferente, e não demonstrava interesse. O elevador parou no primeiro andar, Sílvia deu o primeiro passo porque marcou um encontro com Lisa para jantar. Quando Lisa foi demitida antes, Sílvia quis perguntar a Marcos, mas não teve chance. Elas encontraram-se em um restaurante japonês, e Lisa não pôde deixar de reclamar ao vê-la, dizendo que ela havia sido injustiçada de forma miserável.
Marcos acordou antes que Sílvia entregasse as coisas para ela. A voz dele ficou profunda: - Resolvido? - Sim, ele admirou que foi totalmente responsável e entrou em contato com a empresa de seguros. - Sílvia foi direto até Marcos e desatarraxou a tampa da garrafa de água que tinha na mão antes de entregá-la a ele. A voz dela era mais leve e suave do que o normal. - Também entrei em contato com o responsável pelo jantar e levarei você de volta mais tarde. Ela era atenciosa e meticulosa. Marcos sentou ali e bebeu água, seu nó-de-adão rolando. A atmosfera entre os dois era tão harmoniosa que parecia haver uma barreira ao seu redor. Juliana ficou em silêncio por um tempo, depois deu um passo à frente quando Marcos terminou de beber água. Ela abaixou a cabeça, disse em uma voz culpada e misturada com emoções indistinguíveis: - Pr. Correia, sinto muito, se não fosse por mim, você não se machucasse. Marcos deixou a garrafa de água de lado casualmente e acenou para e