Andrea e Francesco seguiram para o heliporto, eles optaram por voar, seguiram de helicóptero para o interior da Toscana e lá pegaram um carro para Cortona para ser mais exato. Fizeram assim porque não queriam perder muito tempo no trajeto e porque Francesco não se dá bem em viagens muito longas de carro, o que claro, Andrea adorou já que voar é um dos seus hobbys preferidos e ele pôde praticar um pouco ao lado do piloto. A viagem seguiu com um patriarca nervoso por não saber o que encontraria e como seria a sua reação ao ver a filha pela primeira vez, ele nunca falou sobre esse assunto com alguém além da esposa no dia que contou sobre a criança mas se perguntou em várias momentos diferentes como seria a filha e como seria a vida deles se ela fizesse parte da família. ‘Francesco parece ser um homem duro e sem alma por fora, mas isso é porque guarda para si os sentimentos para não mostrar fraqueza. A única pessoa que conhece verdadeiramente esse homem é a sua esposa Emma, pois com o s
Hoje é dia de festa no orfanato, a celebração de aniversário de uma das meninas. O dia está com o céu ensolarado, a temperatura está agradável, deixando o ambiente propício para aproveitar a parte externa do pátio, pensando nisso os assistentes que trabalham no local resolveram montar a mesa do bolo e a decoração cedo e na área externa para que elas pudessem aproveitar o máximo possível o dia perfeito que a cidade ganhou hoje antes das aulas que sempre são na parte da tarde. As meninas estavam animadas e ajudavam alegremente e serviam os aperitivos e as bebidas, elas estavam falantes e riam alegremente até perceberem o seu Gerônimo, o faz tudo do orfanato seguir rumo ao portão. Receber visitantes sempre era algo inusitado já que quase ninguém atrás desses muros se preocupam com as meninas que residem nesse local. Todas elas sabem que foram deixadas aqui por algum motivo triste e a maioria não tinham esperanças de saírem daqui com uma família já que as adoções estavam ficando cada ve
Na porta do dormitório o senhor Gerônimo falou: —Meninas, deixem a Bianca pegar as suas coisas sozinha. Depois vocês terão tempo para se despedir. Mais uma vez ela sentiu o coração apertar, Bianca não queria abandonar o único lar que ela conheceu e muito menos as pessoas que ama. Enfim as lágrimas começaram a rolar em seu rosto, vendo isso Anna a abraça forte e fala próximo ao ouvido da amiga. Após ouvir cada palavra com atenção, Bianca se afasta o suficiente para olhá-la e concorda com a cabeça. Isso faz um leve sorriso nascer nos lábios de Anna que volta a abraçá-la em seguida se sentindo um pouco mais aliviada por saber que a amiga sempre cumpre o que promete. Depois Bianca pegou a única mochila que tinha e começou a colocar as suas coisas enquanto chorava, Anna a ajudava em silêncio e o senhor Gerônimo observava em pé no batente da porta com o coração na mão. Enquanto pegava as suas coisas Bianca viu o seu lenço que a amiga adora, então decidiu presenteá-la falando: —Anna, f
Para encorajá-la, Andrea que já tinha colocado a sua mochila no porta-malas do carro falou: —Vamos? Bianca suspirou, olhou para o rosto que se mostra simpático à sua frente, engoliu seco e concordou. Seu coração acelerou um pouco mais ao saber que iria entrar em um carro com homens totalmente desconhecidos, sua cabeça começou a fervilhar, mas ela se apegou às palavras da diretora Cassandra e tentou jogar o medo para o lado. Olhou mais uma vez em direção a amiga, a diretora, o senhor Gerônimo e todas as outras crianças e tentou sorrir pela a última vez na esperança de deixar uma mensagem positiva, mas o seu sorriso não alcançou os seus olhos, o que todos notaram.Se rendendo enfim ao seu destino, ela abaixou a cabeça e entrou no automóvel que pareceu ainda mais luxuoso por dentro. Bianca nunca tinha visto algo assim antes e muito mesmo andado, olhou tudo ao redor encontrando um estofado preto em um couro brilhante e cheiroso. Andrea olhou mais uma vez em direção as pessoas sorriu la
O voo foi perfeito embora o céu ficasse mais carregado de nuvens a cada momento, mais uma vez eles pousaram em segurança, o que deixou Bianca extremamente feliz. Ela nem acreditou quando pousaram e ela enfim pode pisar em solo firme de novo. Percebendo o alívio da irmã Andrea falou: —Viu, eu te falei que é seguro! Da próxima vez, tenta relaxar para aproveitar a beleza da paisagem que temos lá de cima. Ainda incerta ela responde após uma rápida reflexão: —Vou tentar!—Tenho certeza que você não vai se arrepender! Mais uma vez entraram em outro carro luxuoso e seguiram pela a cidade que Bianca começou a notar ser belíssima, em pouco tempo ele chegaram perto da orla e ela se encantou com a paisagem do lugar imaginando que devia ficar espetacular quando o céu estivesse ensolarado e o sol brilhando.Ela seguiu o caminho toda nervosa por saber que em alguns minutos conheceria o seu novo lar, achou muito estranho o fato de estarem subindo a colina e não ver casa durante o caminho mas com
Matilde passou o braço com carinho pelo o ombro de Bianca e a direcionou para as escadas, a casa estava em um silêncio agradável e bem vindo. A senhora assim como Andrea estava tentando deixá-la confortável nesse ambiente novo pois sabia que não devia estar sendo fácil para ela, então começou puxando assunto com ela como toda mulher italiana faz, com um jeito alegre e entusiasmado. —O quarto que foi separado para você tem uma vista linda, dá de frente para o chafariz de entrada da casa, ela adoro ele, para mim é o melhor que tem aqui!. Todos os dias pela tarde você verá o pôr do sol iluminando ele, isso dará a você uma das imagens mais bonitas que existem, Bambina. Embora Bianca se sentisse nervosa por estar em um ambiente novo, começava a sentir um pouco de acalento dentro do seu peito depois de passar esses minutos sozinha com eles dois. Após passarem pelo o corredor elas chegaram em frente a uma porta e a senhora anunciou:—Chegamos! Ela gira a maçaneta e abre a porta, as duas
Bianca ficou um bom tempo deitada pensando e em meio aos seus pensamentos sentiu as lágrimas caírem, mesmo sendo bem tratada até o momento ela se sentia solitária e com medo do seu futuro que nesse momento parecia muito incerto a cada novo minuto que se passava. Tudo o que passava na cabeça dela é que talvez o fato de hoje ser o aniversário dela e ela ter sido tirada do meio da única família que conheceu esteja mexendo ainda mais com ela, se sentindo sobrecarregada de sentimentos e medos ela apenas se deixou levar e deixou o choro sair até não aguentar mais e após um tempo de choro, ela adormeceu sendo levada pelo o cansaço.Quando acordou, se sentiu perdida sem reconhecer o local em que estava por um momento, ela olhou tudo ao seu redor e aos poucos a sua ficha foi caindo após alguns segundos olhando aquele novo cenário as suas lembranças foram voltando, isso a deixou angustiada novamente mas como sabia que não poderia ficar deitada para sempre dormindo e chorando resolveu agir.Bian
Início da manhã no mesmo dia em que Andrea e Francesco foram buscar Bianca …Emma estava sentada do lado do filho na mesa do café da manhã virada para ele quando ela ouviu as palavras que não queria ouvir: —Eles foram buscar a ragazza!Como imaginado ela sentiu uma dor aguda em seu peito, tudo o que ela não queria era que esse dia chegasse e para o seu desgosto ele chegou muito rápido. Ela engoliu seco tentando impedir que as lágrimas se formasse enquanto estava próximo do filho mas foi impossível impedi-las, uma discretamente caiu do seu olho direito. Ela como sempre em sua postura impecável levantou o guardanapo para secá-la mas Nicolas foi mais rápido do que ela e usando o polegar secou para a mãe enquanto falava: —Me desculpe pedi-la para passar por isso, mas você me entende, não é? Ela puxa o ar para se recompor, concorda com a cabeça e responde tentando se manter equilibrada:—Entendo sim caro, a madre sabe perfeitamente e sabe de uma coisa? Eu te agradeço por isso, sei que v