Na manhã seguinte, quando Livie acorda, ela fica na cama encarando o teto por longos minutos, tomando coragem para encarar a sua vida. — De volta a realidade, Livie, você precisa continuar — resmunga para tomar coragem. Ela levanta-se e sai do quarto, caminhando pela casa, um sentimento estranho invade os seus pensamentos, é como se ela não se encaixasse mais naquele lugar. Como era possível se sentir estranha dentro do lugar que ela viveu por longos anos? Livie não consegue se reconhecer mais. Ela entra na sala e avista Isaac dormindo jogado no sofá, com uma garrafa de whisky jogada ao chão. Ela fica parada observando por longos minutos o homem que ela jurou amor eterno, mas agora seus sentimentos são confusos, divididos entre o amor que ainda carrega em seu coração e o ódio por tudo que ele causou a eles. Ela sacode a cabeça, pega sua bolsa que ela deixou na mesinha da entrada e vai até o quarto do casal para se arrumar para o trabalho e voltar de vez para sua vida. Livie obser
Livie fica espantada pelo comportamento de Isaac e vira-se, olhando assustada para ele. — Isaac, o que você está fazendo? — questiona tentando entender a atitude dele. Isaac ignora sua pergunta e a empurra, fazendo ela bater as costas na parede. — Aiii! — Resmunga ela — Você enlouqueceu? Naquele momento Isaac está dominado pela raiva, imaginando todas às vezes que Mason tocou na sua mulher. — O que significa isso nas suas costas? — pergunta, dominado pelo ódio. — Me solta Isaac! — o empurra, saindo do domínio dele. Livie caminha até o espelho e observa as suas costas cheias de chupões, fazendo-a se lembrar, que Mason teve controle do seu corpo. — O que é isso, Livie, me diga? — pergunta mais uma vez, demonstrando sua irritação. — Eu caí nas pedras Isaac — responde com deboche — O que você acha que é? Por que está me perguntando isso? Você sabe muito bem que não podemos conversar sobre o que aconteceu lá, está na merda do contrato que você assinou! — Eu não ligo para a me
Livie tenta desesperadamente se soltar, enquanto sente as lágrimas escorrerem, ela não consegue nem gritar, pois seus lábios foram tomados a força por Isaac, que está com seu olhar cheio de desejos e descontrolado tocando o corpo de sua mulher. Para ele, aquele momento não passa de demonstração de saudades, do quanto o seu corpo sentiu saudades do corpo dela, quando ele para de beijá-la, o choro dela toma conta do quarto. Ele olha para ela com aquele choro desesperado e por alguns segundos apenas a observa, mas não diz nada e ela não sabe o que está se passando pela cabeça dele. — Isaac, por favor, não faça isso, não faça, por favor, me solte! — implora com a voz fraca em meio as suas lágrimas. — Livie meu amor, eu te amo! Eu nunca machucaria você! — Faz carinho no rosto dela e seca as lágrimas do seu rosto, que não param de escorrer — Me desculpa, eu perdi o controle. Por favor, me desculpe. Ele a solta e se afasta, vê ela engatinhar na cama e se encolher no canto, com uma expres
Após beber bastante aquele vinho, Livie suspira perdida em seus pensamentos, ela encara aquela garrafa em sua mão, enquanto observa o horário em seu relógio de pulso. — O que eu estou fazendo? Não posso deixá-lo me destruir assim, você tem que reagir, Livie, reaja! — diz para si mesma, tentando reagir. Ela larga a garrafa de vinho na mesa e segue observando o movimento da cidade lá embaixo, ainda pensando no que fazer de sua vida e em como tudo será daquele momento em diante. Em seu escritório, Mason está terminando de assinar alguns documentos, entrega para a secretária sem nem mesmo olhar em sua direção e ela percebe que alguma coisa está errada com seu chefe. Ele se levanta, abre o botão do terno e vai até a grande janela de vidro de seu escritório, olha para a cidade lá embaixo e seus pensamentos estão em uma só pessoa. — Por que continuo pensando nisso? Esquece Mason, ela já voltou para a vida dela, você teve o que queria, essa noite ela deve ter passado nos braços daquele
Livie fica observando aquela figura se afastar e por alguns segundos ela se pergunta se é ele, se Mason estava ali a observando. Ela sacode a cabeça em negação, mas não consegue se convencer do contrário, a necessidade de confirmar se aquelas costas pertencem ao homem, com quem ela esteve nos últimos dias e ainda mexe com os seus desejos mais profundos, faz ela levantar-se e ir atrás. — Coloque meu pedido na conta do quarto 220, por gentileza — pede, assim que passa por um garçom. Ela faz o mesmo caminho que ele fez ao sair do restaurante, ela olha para todos os lados, com a esperança de avistá-lo, mas é sem sucesso, ela suspira e vai em direção aos elevadores para voltar ao seu quarto. — Me avisa se ela fizer o check out — diz Mason, observando-a se afastar. — Certo Sr. Campbell! — responde o homem. Naqueles breves segundos que ele a observa aguardando o elevador, ele sente seu corpo queimar, como se implorasse por um toque dela, aquelas sensações o deixam com uma mistura de sen
Livie chega no Le Coffee e avista sua amiga Elie olhando pela enorme janela de vidro que dá uma bela visão da rua, ela se aproxima da mesa e chama a atenção de sua amiga. — Elie? Não me dá um abraço? — abre os braços recebendo um abraço de sua amiga. — Que saudades de você, parece que eu não te vejo há semanas! Como você está? — Estou tentando ficar bem e você? — Eu estou bem! O que aconteceu para você estar tentando ficar bem? — Notou que tinha algo errado. — Se eu te contasse, você certamente diria que enlouqueci, mas me libertei. O celular de Livie não para de vibrar dentro da bolsa, cansada da insistência de Isaac, ela pega o celular e desliga, voltando a conversar com a amiga. — Você está evitando o seu marido? Agora entendi o motivo dele ter me ligado. — Eu não quero falar com Isaac nesse momento, ele não sabe respeitar meu espaço. — Ele nunca soube, cansei de te falar isso, mas não vamos entrar nessa conversa, pois sempre brigamos, porque você sempre defende o maravilh
Antes que ela pudesse obter uma resposta, ele atravessa a porta e fecha atrás de si, puxa Livie para um beijo quente e necessitado, que ela não consegue resistir. Somente após um tempo naquele beijo, foi que os lábios dela foram soltos e ela conseguiu dizer mais algumas palavras. — Mason, o que faz aqui? — Com você perguntando dessa forma, vou acabar pensando que não gostou de me ver aqui. — Não é isso, mas não pensei que fosse vir ao meu quarto, já que não se aproximou de mim no restaurante. Mason leva a mão ao rosto dela, que parece ruborizado pela excitação de antes e de como ficou após aquele beijo. — Tive um assunto urgente para resolver, mas não ia conseguir ficar longe dos seus lábios — passa o dedo pela boca dela — Nem do seu corpo, acho que fiquei viciado no teu cheiro. Ele leva a boca até o pescoço dela e começa a beijar por ali, sobe mais seus beijos e passa a língua pelo lóbulo da orelha dela, Livie não consegue controlar sua excitação e solta um gemido. — Você sent
No escritório bem decorado e iluminado, Mason assina mais alguns papéis, desvia sua atenção deles, quando recebe uma mensagem de texto informando que Livie voltou e não saiu mais do quarto. Ele bloqueia a tela, suspira e volta sua atenção à papelada. Sua atenção muda novamente quando seu telefone toca, outra vez é Isaac e Mason trava o maxilar em sinal de irritabilidade pela insistência dele. — Mas que inferno! — bate na mesa irritado — Ele não vai parar de me ligar? Meu negócio com aquele idiota já acabou, o que mais ele quer? Está pior que uma puta quando fica no pé. Mason desliga a ligação e logo sua secretária entra na sala, informando de uma reunião, como ele não quer ser interrompido ou ficar irritado enquanto está naquela reunião, ele desliga o telefone e sai da sala, indo para seu compromisso. No hotel, Livie tira suas roupas e se senta na borda da banheira, passa a mão pela água morna com que ela havia enchido a banheira e não conseguia se esquecer do sonho que teve. Ape