Bem próximo da reunião, Jason repassava com Lana todos os relatórios, planilhas e orçamentos para que tudo corresse bem e mais uma vez eles fechassem uma parceria de sucesso. Desde que ambos chegaram, seguiram suas rotinas, porém mal se olhavam tentando não lembrar o constrangimento do dia anterior. Eles tomaram seu café sem trocar muitas palavras e tentaram de alguma forma passar tranquilidade e normalidade ao momento. Ele por se sentir envergonhado, ela por se sentir ofendida. Estavam tão mergulhados no trabalho que ambos tomaram um susto quando a porta se abriu e o telefone tocou ao mesmo tempo. - O que está fazendo aqui? - Indagou Jason ao ver Eric bem na sua frente arrumando seu paletó e gravata com o maior sorriso no rosto. - Senhor Jason, o seu pai na linha. - Disse Lana olhando para ambos tão confusa quanto seu chefe. - Bem na hora. Pontual como os britânicos. - Disse incentivando seu primo atender a ligação. - Acho melhor atender. - Disse piscando para Lana. - Alô? Pai eu
Lana se obrigou a comer uma salada grega com um copo de suco de laranja. Ligou para a farmácia e pediu a entrega de remédios para azia lembrando a si mesma que precisava ir a um médico. Ela ainda não conseguia olhar para seu chefe como antes, mas sabia que uma hora teria que o encarar novamente, esse mal-estar não poderia ficar assim para sempre, principalmente agora com seu primo rodando a empresa. Definitivamente ela tinha achado motivos para também não o querer ali dentro. Seu telefone tocou e ela atendeu feliz o seu irmão. Eles conversaram animados e aquilo a tranquilizou para o resto da tarde de muito trabalho. Ela sentia saudades dele. O amava e naquele momento precisava do seu abraço, precisava da sua casa, da sua família, da sua Irlanda. Queria sentir o cheiro da sua mãe envolvendo seus braços e a sua irmã gritando histérica por qualquer bobagem. Gael se despediu dizendo que todos mandavam lembranças e lhe alertando sobre os telefonemas da mãe que ela precisava atender ou e
Lana gostava dos fins de semana. Achava maravilhoso acordar e cuidar da sua casa e de sua vida particular. Nos últimos anos ela cuidou da vida pessoal do Gregory. Então, quando podia ficar a sós consigo mesma, sentia-se abençoada. Mas, hoje era diferente porque seu dia seria alterado pelo senhor todo poderoso Jason Campbell. Olhando suas roupas decidia naquele momento vestir seus vestidos formais ou se se seria ela mesma como gostava de ser. Decidiu por algo mais despojado, afinal era ele que estava invadindo seu espaço, então nada mais justo que se encaixasse em seu mundo. Pegou sua calça preta, colocou uma blusa longa solta e se sentiu confortável em não ter que usar saltos de bico fino preferindo suas botas velhas e surradas. Seu cabelo estava em um coque despejado, seu rosto sem maquiagem protegido por uns óculos pretos estilo gatinho, sem acessórios no corpo, ela pegou sua bolsa preta e saiu assim que recebeu a mensagem que seu chefe estava lá embaixo a esperando. Definitivame
Ela destrancou a porta entrando com ele logo atrás. Assim que entrou observou o lugar enquanto Lana colocava a caixa e o vinho em cima do balcão da cozinha. Jason olhou ao redor e percebeu que sua assistente tinha um bom gosto, simples e elegante como ela mesma era. A casa sem dúvidas tinha o seu estilo. - Vinho? - Perguntou pegando as taças. - Sim, por favor. - Ele respondeu caminhando pela sala. - Você tem uma casa muito bonita e aconchegante. - Falou parando em frente a estante. - Combina com você. - Obrigada. Mas, tudo isso aqui tem os dedos mágicos dos meus irmãos, foram eles que deram graça e sofisticação a esse lugar em sete dias apenas. - Sério? - Indagou curioso. - Eles são demais. - Disse orgulhosa. - Aqui... - Disse apontando para os porta-retratos a sua frente. - Esses são Carolyne, minha irmã caçula e esse é o Gael, meu irmão mais velho. - Disse com brilho nos olhos. - Você é bem parecida com eles. - Disse olhando se detendo na foto do Gael. - Espera, esse é o seu ir
Lana acordou desorientada e ao olhar para seu despertador viu que ainda era cedo. Ficou olhando para o teto mais um pouco se espreguiçando e curtindo seus lençóis quentinhos. - Ok! Lana Ketylin, acho que é hora de levantar. - Falou se obrigando a jogar a colcha de cima do seu corpo. Ela foi para o banheiro, escovou os dentes e se analisou no espelho. Sim, estava um pouco pálida, mas quem nunca acordava assim de vez em quando. Decidiu de última hora vestir sua roupa de corrida e ir para rua esquentar o corpo. Na volta passaria no café da esquina para comer uns pãezinhos com um delicioso café. Mas, antes ela precisava de adrenalina. Pegou seu relógio, calçou seu tênis e agarrou seus fones. Ao encarar as ruas sentiu o vento frio lhe cortar o rosto, mas quem se importava, Lana pensava consigo mesma. Alongou seu corpo fechando os olhos começando a sentir o calor lhe abraçar. Sorriu para si mesma e fugiu para seu universo paralelo, seu mundo particular onde só existiam ela e as ruas do Br
Lana se despediu carinhosamente de todos agradecendo a gentileza dispensada a ela em toda a tarde. Pegou seu telefone e leu uma mensagem do seu chefe no telefone. - Chegarei em dez minutos, preciso subir ou já está pronta? - Espere, sairei assim que chegar. - Respondeu a mensagem. Lana colocou seu perfume pelo corpo, se olhou mais uma vez no espelho. Estava deslumbrante. Pegou seu casaco, apanhou sua bolsa e saiu. Ela não sabia explicar direito, mas estava ansiosa por vê-lo. Fechou a porta atrás de si e guardou suas chaves em sua bolsinha preta junto com seu celular. Respirou fundo e desceu ao encontro dele. Jason estava encostado na porta do seu carro olhando distraído para o seu celular. Ouviu seu motorista pigarrear o fazendo olhar par cima. Assim que seus olhos foram de encontro as escadas seu coração parou. Seu pulmão lhe faltou o ar. Lana desceu as escadas elegantemente indo de encontro ao seu chefe, ela o observou. Ele estava bonito, disse para si mesma assim que o viu, mas
Eles fizeram o resto do trajeto em silêncio até chegar ao seu novo destino. Quando desceram do carro entraram no MacDonald's e ao chegar ao balcão a única coisa que ela pediu foi um café. Então, disse que iria esperar por ele em uma mesa.Ela estava morrendo de fome, ele sabia disso, então pediu dois combos com batatas fritas. Fez o pagamento e ficou aguardando o lanche olhando de vez em quando para ela que se encontrava sentada com o olhar perdido. As pessoas observavam os dois por estarem vestidos tão elegantes, mas ambos ao seu modo não se importavam.- Aqui. - Disse ao sentar de frente para ela.- Obrigada. Suspirou ao sentir o gosto em sua boca.- Toma. - Disse empurrando o hambúrguer com as batatas fritas. - Você precisa comer alguma coisa.- Não precisava.- Pelo amor de Deus Lana! - Disse com o olhar gélido. - Não me faça dá em sua boca.- Ok papai. - Disse mordendo o hambúrguer.- Bem melhor. - Falou comendo seu lanche.Eles comeram seus hambúrgueres em silêncio. Ele tinha ace
- Agora confia em mim. Gostei. - Sussurrou pegando seu celular abrindo na música que ela enviara. - Voz bonita. - Disse ao ouvir a letra. Ele colocou no modo repete e deixou seu celular em cima da cabeceira da sua cama e depois de ter ouvido pela quarta vez a canção, entendeu. E só quando fechou os olhos sentiu uma lágrima solitária cair em seu rosto. A letra dizia sobre deixar ir mesmo amando era preciso deixar ir. Sem saber, Lana tinha lhe dito através daquela música para ele deixá-la ir. Eshyla precisava partir ou então outra mulher nunca teria espaço em seu coração. Mas será que ele estava disposto a deixá-la partir? Será que ele queria sentir, viver, recomeçar? - Oh Eshyla, porque fez isso comigo? - Sussurrou caindo no sono profundo. A semana foi invadida por entrega de convites, confirmação de presenças VIPS, parceiros e fornecedores, acomodar todos os diretores das filiais espalhadas pelo mundo, além de checar, confirmar e reafirmar decoração, buffet, cerimonial. Organização