Na manhã seguinte, enquanto os primeiros raios de sol começavam a iluminar o quarto, Mattia se levantou de sua cama, envolto em uma aura de mau humor e tensão. Determinado a seguir com seus planos, ele pegou a chave extra que guardava com a governanta e se dirigiu silenciosamente em direção ao quarto de Kalie. Com passos decididos, ele adentrou o quarto e seguiu diretamente para o closet, onde trocou suas roupas rapidamente, preparando-se para o dia que se iniciava. Voltando-se para Kalie, que ainda dormia serenamente na cama, Mattia aproximou-se dela com cuidado e depositou um beijo suave em seu rosto, na esperança de despertá-la com delicadeza. Entretanto, assim que ela abriu os olhos lentamente, foi surpreendida pela proximidade repentina do rosto dele, o que a fez dar um pequeno salto de surpresa. — Bom dia, bela dama! Cumprimentou Mattia, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, tentando parecer amigável apesar de sua expressão austera. — Dormiu bem? Kalie não emitiu
Pouco tempo depois, a figura familiar da governanta apareceu na entrada do quarto. Ela carregava consigo uma bandeja, que segurava com ambas as mãos com cuidado e precisão. Com um movimento suave, ela colocou a bandeja sobre a mesinha. Então, ela se virou para Kalie. Seus olhos encontraram os dela, e um sorriso afetuoso se formou em seus lábios. — Bom dia. Ela disse, sua voz cheia de calor e carinho. Era uma saudação simples, mas dita de uma maneira que deixava claro o afeto que a governanta sentia por Kalie. No entanto, ela deu as costas e saiu do quarto da mesma maneira que entrou. Kalie sentiu uma mistura de resignação e determinação ao ver a governanta sair do quarto e trancar a porta atrás de si. Sentada na cama, desolada diante da sua situação, ela sabia que precisaria encontrar uma maneira de sair dali. Decidindo enfrentar a situação com coragem, Kalie decidiu começar o dia com uma refeição tranquila, sabendo que precisaria de toda a sua energia para planejar sua fuga. Após to
Na manhã seguinte, quando a luz do dia começou a penetrar pelas frestas das cortinas, anunciando um novo amanhecer, Felícia, a governanta de confiança da casa, entrou no quarto de Kalie com uma bandeja de café da manhã. Ao se aproximar da cama, seu coração se apertou ao ver a jovem ainda deitada, envolta em um manto de tristeza e desespero. Kalie havia passado a noite inteira em prantos, sua angústia era palpável, e seus olhos vermelhos revelavam as lágrimas derramadas. Com um gesto gentil, Felícia sentou-se ao lado de Kalie na cama, procurando oferecer conforto e apoio àquela alma sofrida. Ela sabia que não podia apagar a dor que Kalie sentia, mas desejava estar presente para ajudá-la a enfrentar aquele momento difícil. Com uma voz suave e reconfortante, a governanta dirigiu-se à jovem: — Kalie, minha querida, não fique assim. Os olhos chorosos de Kalie encontraram os de Felícia, refletindo uma mistura de dor e confusão. Ela ansiava por respostas, por uma explicação para o sofrimen
Felícia ponderou em silêncio por alguns momentos antes de responder: — Está bem, vou permitir, mas apenas por alguns minutos. Se o senhor Parganno retornar e descobrir que você saiu, serei responsabilizada por isso. Ela forçou um sorriso, porém antes de conceder sua permissão, a governanta fez questão de enfatizar: — Mas é importante que você coma algo primeiro. Não se alimentou desde ontem. Kalie concordou com a cabeça e se assentou à mesa, saboreando lentamente um pouco de comida. Após saborear um pouco da comida se levantou e afirmou: — Prometo que não vou demorar. Com um sorriso, ela deixou o quarto em um ritmo apressado, seus pés descalços tocando o chão enquanto descia as escadas, atravessava o corredor e finalmente chegava ao jardim interno. Ali, respirou profundamente, absorvendo a tranquilidade noturna e contemplando o céu estrelado por alguns instantes. No entanto, quando Kalie se preparava para retornar ao quarto, uma presença silenciosa e imponente se fez presente. Mat
Sua respiração estava pesada e descompassada, e Kalie podia sentir as batidas desordenadas do coração dele. Os dedos de Mattia deixavam marcas dolorosas em sua pele, fazendo com que Kalie sentisse um medo crescente, mas ela estava determinada a não demonstrar fraqueza diante dele. — Você está me machucando. Disse Kalie, tentando conter o tremor em sua voz. Mattia respirou fundo, seus dentes estavam cerrados e sua mandíbula tensa. Com uma explosão de frustração, ele soltou a mandíbula de Kalie e falou com raiva contida: — Que droga, Kalie! Caralho! Por que você sempre consegue me tirar do sério? Ele a segurou pelo braço com firmeza, puxando-a para perto de si com um gesto brusco, erguendo-a da cama com determinação. Seus olhos ardiam com uma intensidade assustadora enquanto ele prosseguia: — Escute bem, Kalie. Eu sou um homem que dá ordens. Todos me obedecem, e não aceito um não como resposta. Você é muito insolente. Mattia respirou fundo, tentando conter a raiva que fervilhava d
Quando Mattia e Kalie retornaram ao quarto, uma mudança notável havia ocorrido no comportamento de Mattia. Ele estava completamente calmo, uma calma que contrastava fortemente com a tensão anterior. Ele lançou um olhar carinhoso para Kalie, seus olhos transmitindo uma ternura que parecia acalmar o ambiente. Ele então se dirigiu a ela, sua voz suave e tranquilizadora, — Descanse um pouco, Kalie. Eu vou até o escritório, preciso conversar com meu tio para resolver algumas coisas. Ele estava ciente de que ela não havia comido nada e, preocupado com seu bem-estar, acrescentou: — Soube que você não se alimentou, eu volto mais tarde para jantarmos. Kalie, por sua vez, permaneceu em silêncio. Ela não respondeu verbalmente, mas simplesmente se sentou no divã, perdida em seus próprios pensamentos. No entanto, antes de Mattia sair do quarto, ele se aproximou dela, depositou um beijo suave em seu rosto, um gesto de afeto que parecia transmitir uma promessa silenciosa de seu retorno. Ele sorri
Ele sorriu de forma maliciosa, mas ela continuou falando.- Você pode soltar a minha mão?Mattia respondeu, mantendo a mão dela na dele.- Eu vou acompanhá-la até o quarto.Ele continuou segurando a mão dela e, de vez em quando, cheirava seus cabelos de forma provocativa. No entanto, assim que entraram no quarto, Kalie aproximou-se da cama e voltou a falar, sua voz carregada de exaustão:- Eu estou cansada, quero dormir um pouco.Após soltar a mão de Kalie, Mattia agiu com uma despreocupação quase desafiadora, como se estivesse tentando provar sua superioridade. Ele não hesitou em começar a se despir ali mesmo, na presença dela, demonstrando uma confiança que beirava a arrogância. As roupas caíam ao chão em movimentos rápidos e precisos, revelando aos poucos o corpo esculpido de Mattia.Enquanto observava a cena, Kalie se sentiu desconfortável e invadida, sua privacidade sendo desafiada por aquele gesto audacioso. No entanto, ela se esforçou para não demonstrar sua perturbação, manten
Dois dias depois, Kalie estava absorta em seus próprios pensamentos enquanto se encontrava no jardim interior da casa. O som suave da água fluindo da fonte próxima proporcionava uma atmosfera tranquila, contrastando com a agitação de seus sentimentos internos. Foi então que Mattia se aproximou dela, sua voz interrompendo momentaneamente a paz do ambiente.— Minha bela dama, arrume suas coisas, vamos fazer uma viagem. Ele disse, sua voz suave tentando transmitir um convite, embora sua postura indicasse mais uma ordem do que uma escolha.Kalie permaneceu sentada, seu olhar fixo em algum ponto distante do jardim, como se estivesse perdida em pensamentos profundos. Ela não se dignou a olhar para Mattia, seu silêncio era uma barreira impenetrável contra suas palavras. Mesmo diante da aparente indiferença de Kalie, Mattia prosseguiu, tentando explicar.— Serão apenas dois dias, mas leve quantas roupas achar necessário. Disse ele, sua voz carregando um tom de tentativa de persuasão. Com suas