No dia seguinte, depois do café da manhã, Kalie e Mattia se despediam dos amigos na porta de casa. Antes de entrar no carro, Rani abraçou a amiga e se despediram com beijos. Assim que o carro se distanciou do casarão, a governanta se aproximou dizendo:
— Com licença, Mattia, o Pietro está ao telefone. Disse que é importante.
Ele imediatamente pegou o aparelho da mão de Felícia e se dirigiu para a sala. Kalie, porém, acompanhou a governanta até a copa e perguntou:
— Pode me ajudar com uma coisa?
— O que deseja?
— É verdade que o Mattia pertence à máfia italiana?
A governanta olhou para ela em confusão e perguntou:
— Quem te disse isso?
— Por favor, Felícia, só me responde sim ou não.
— Você deveria perguntar isso para ele, Kalie.
Naquele instante, Mattia apareceu e, olhando para elas, perguntou:
— Falando de mim?
Kalie olhou para ele e disse de forma repentina:
— Precisamos conversar.
El
Naquele momento, ele pôde perceber a tristeza que irradiava no rosto de Kalie; as palavras dela eram amargas e duras. Ele não sabia o que fazer. No entanto, a chuva fina começou a se transformar em um temporal, e eles correram para dentro da casa. Assim que entraram, a governanta se aproximou dizendo:— Posso servir o almoço?Mattia imediatamente respondeu que sim e, segurando Kalie pelo braço, a levou até a mesa. Mesmo contra vontade, Kalie seguiu para a mesa em silêncio, sentou-se e comeu sem dizer uma única palavra. Mattia a olhava, tentando descobrir no que ela estava pensando naquele momento. Seu semblante era indecifrável, porém a lágrima insistia em descer pelo seu rosto. Quando eles terminaram o almoço e saíram da mesa, ela caminhou para a sala de estar e ficou olhando a chuva pela grande janela de vidro. Mattia se aproximou dela devagar e disse de forma carinhosa:
Enquanto Mattia e Kalie desfrutavam do prazer da reconciliação, na cidade de Milão, Aline estava olhando o clima pela janela, bastante pensativa. Seu pai, Luigi, se aproximou dela devagar e, ao tocar em seu ombro, disse:— Aline, amanhã eu tenho uma reunião importante em Roma, mas a sua amiga Margô vem te fazer companhia. Eu falei com a Deise, mas ela trabalhará. Caso precise de algo, basta me ligar.Ela continuou olhando a paisagem através da janela de vidro e respondeu:— Não se preocupe, meu pai. Eu ficarei bem.Ele beijou a filha no rosto e voltou a falar:— Então, boa noite.Assim que Luigi se retirou, Aline pegou o celular no bolso da calça e ligou para sua amiga. Parecia chateada, mas quando Margô atendeu, ela disse:— Onde está a Deise?Do outro lado da linha, a voz parecia sonolenta, mas respondeu:— Eu fiz o que você me pediu e descobri que ela vai ficar noiva de Pietro.Aline estremeceu de fúria e disse
Dois dias haviam passado desde a última reunião do conselho. O Natal estava se aproximando e Antony estava bem animado, depois de já ter marcado a data para o seu casamento com Jaqueline. A cerimônia foi simples, com poucos convidados. Naquela manhã de quinta-feira, na cidade de Florença, a casa estava repleta de pessoas ricas, elegantemente vestidas e bem animadas. Pietro estava acompanhado por Deise e parecia bem feliz. Enquanto eles conversavam e bebiam, Aline se aproximou dos dois devagar e, ao ficar de frente para eles, disse:— Vejo que vocês estão bem próximos. Pietro está diferente, parece mais atraente.Deise olhou para ela furiosa e perguntou:— O que você quer, Aline?— Cale-se, Deise. Eu estou falando com Pietro.Naquele mesmo instante, Pietro rebateu as palavras dela:— Cale-se você. Com quem pensa que está
Quando Pietro estacionou na frente da casa em Florença, Mattia veio ao seu encontro e perguntou:— Está tudo bem?Ao sair do carro, Pietro olhou para ele como se nada tivesse acontecido e falou:— Por que a pergunta?Pietro deu a volta no carro, abrindo a porta do carona para que Deise saísse, quando Mattia disse:— Pelo visto, você não sabe o que aconteceu.— Não, não sei, o que houve?— Aline sofreu um acidente e está em estado grave. Não sabem se vai sobreviver.Pietro fez uma cara de surpreso e olhou para Deise, em seguida para Mattia.— Não sabia.Eles caminharam para dentro da casa enquanto Mattia falava:— O problema é que a polícia vai investigar e não queremos ela bisbilhotando nossa vida. Quero que você dê um jeito nisso.— Tudo bem.El
Quando Antony chegou em casa, seu semblante era outro. Ele estava extremamente aborrecido por voltar antes do previsto. Ao entrar no escritório, onde Mattia e Pietro já o aguardavam, ele fechou a porta e, sem perder tempo, perguntou furioso:— Posso saber o que aconteceu? Quem foi o culpado por esse desastre com Aline?Mattia e Pietro se entreolharam, mas permaneceram em silêncio, um acobertando o outro. Antony, percebendo que eles estavam mentindo, voltou a perguntar com mais intensidade:— Vão me falar ou não?Naquele momento, Pietro levantou a voz:— Fui eu. O Mattia não tem nada a ver com isso.Antony parecia surpreso e aproximou-se de Mattia devagar, desafiando-o. Olhou-o por um momento e disse com voz autoritária:— Estou surpreso, Mattia. Parece que você amoleceu. Depois dessa indiana, você mudou. Era fogoso, autoritário, decidido e coraj
Depois daquela intensa conversa com Antony, Mattia foi para o quarto. Kalie estava sentada no divã, lendo um livro, mas assim que ele entrou, ela o olhou pausadamente e perguntou:— O que aconteceu?Ele não respondeu de imediato. Olhou para ela com carinho e seguiu para o banheiro. Depois de um banho rápido, vestiu uma calça de moletom e uma camiseta. Em seguida, se aproximou dela, sentou-se ao seu lado e disse:— Preciso lhe contar uma coisa, é de extrema importância.Ela fechou o livro e, olhando para ele, perguntou:— Foi você o responsável pelo que aconteceu com Aline?— Não! Sei que deveria ter feito algo, mas não fui eu o responsável pelo acidente. O assunto que quero te falar é algo ainda mais sério.— Então fale, o que houve?— É um assunto delicado que envolve você. Nem sei po
No dia seguinte, Mattia e Kalie acordaram cedo, ambos ansiosos e cheios de expectativas. Eles tinham uma consulta marcada na clínica para acompanhar a gestação de Kalie, um momento que aguardavam com muita emoção e esperança. A manhã estava clara e ensolarada, refletindo o clima de entusiasmo do casal. Vestidos de maneira casual, mas elegante, eles saíram de casa e dirigiram-se à clínica. Durante o trajeto, Mattia conversava animadamente sobre os planos, enquanto Kalie sorria, acariciando a barriga.Ao chegarem à clínica, foram recebidos pela recepcionista, que os cumprimentou calorosamente e os encaminhou à sala de espera. Ali, sentados lado a lado, Mattia segurava a mão de Kalie, os dedos entrelaçados em um gesto de carinho e apoio mútuo. Poucos minutos depois, foram chamados pelo médico, que os conduziu para a sala de exames.Após uma breve c
Quando Kalie acordou na manhã de domingo, ela percebeu imediatamente a ausência de Mattia ao seu lado na cama. A dor persistente em sua mão era um lembrete do ritual intenso da noite anterior. Mattia havia feito um pequeno curativo nela quando chegaram em casa, mas a ferida ainda latejava, dificultando suas atividades diárias.Com esforço, Kalie se levantou e dirigiu-se ao banheiro. A tarefa simples de fazer sua higiene pessoal tornou-se um desafio devido à mão machucada. Cada movimento parecia intensificar a dor, mas ela perseverou, determinada a não deixar que a situação a abalasse.No entanto, após se arrumar, Kalie seguiu em direção à sala para o café da manhã. Ao se aproximar, teve uma surpresa ao avistar sua melhor amiga, e exclamou:— Rani! O que você está fazendo aqui?Sua amiga correu para abraçá-la, e as duas deram pulinhos de alegria, com largos sorrisos estampados em seus rostos.— Mattia me convidou para o Natal. Nosso Diwali já passou, mas os latinos e americanos celebra