Assim que Aline foi encaminhada para o hospital, cada família se retirou para suas respectivas casas. Mattia, no entanto, se dirigiu ao tio, Antony, e disse em tom sério:— Ainda temos que conversar, mas vou ver como a Kalie está primeiro.Sem esperar resposta, ele saiu rapidamente, caminhando pelos corredores da mansão até chegar às escadas que levavam ao quarto. Entrou devagar e encontrou a governanta, Felícia, ao lado de Kalie, que estava deitada na cama. Elas conversavam em voz baixa. Ao se aproximar, Mattia agradeceu:— Obrigado por cuidar dela, Felícia.Ajoelhando-se ao lado da cama, ele beijou Kalie suavemente no rosto e perguntou:— E você, minha bela dama, como se sente?Kalie sorriu, embora estivesse visivelmente cansada.— Me sinto bem, só um pouco cansada — respondeu ela.Mattia sorriu de volta, com ternura em seu olhar.— Então durma. Felícia vai preparar seu jantar. Eu preciso resolver algumas coisas com o Antony, mas voltarei para você mais tarde.Ele beijou-a novamente
Quando Mattia saiu da sala, Antony sentiu um alívio profundo, como se um peso gigantesco tivesse sido retirado de suas costas. Envolto em seus pensamentos, ele deixou o escritório e pegou o celular, ligando para Jaqueline para avisá-la que estava a caminho. Mattia, por sua vez, seguiu para o quarto, buscando conforto nos braços de Kalie. Enquanto isso, Pietro entrou no jipe e dirigiu-se ao hospital.Ao chegar, Pietro entrou na sala de espera tranquilamente, observando Luigi andando de um lado para outro. Margô e Deise estavam sentadas, aguardando ansiosamente por notícias. Pietro se aproximou e, parando em frente a Luigi, perguntou:— Como ela está?Luigi olhou para ele com tristeza e respondeu:— Não sei. Ela acabou de ter uma convulsão e não me deixam vê-la. — Colocando a mão no ombro de Pietro, ele continuou em tom suplicante: — Eu sei que os Parganno têm mais influência do que eu. Por favor, traga-me notícias dela.Pietro assentiu, compreendendo a angústia de Luigi.— Tudo bem, Lu
Quando Pietro parou o carro em frente ao prédio, ele ligou para Deise avisando que tinha chegado. Ela não demorou a descer. Deise era uma mulher alegre e descontraída, que gostava de viver a vida. Com olhos castanhos e cabelos claros, ela esbanjava sensualidade, algo que Pietro apenas agora começava a perceber. Assim que ela apareceu na portaria, ele saiu do carro e, depois de cumprimentá-la, abriu a porta do carona para que ela entrasse. Mesmo com toda a doçura que possuía, Deise se sentiu envergonhada quando ele disse:— Você está perfeitamente linda! Como não enxerguei isso antes?Ela sorriu e respondeu:— Acho que sua atenção estava voltada para Aline.Ele também sorriu e completou:— Mas de agora em diante será unicamente para você.Pietro segurou a mão dela e beijou-a suavemente, fazendo Deise soltar um leve suspiro. Em seguida, os dois seguiram para a orla de Bisenzio. Após estacionar, ele segurou a mão dela e os dois caminharam pela areia da praia. O mar estava inquieto naquel
Mattia e Kalie saíram de mãos dadas, descendo as escadas enquanto cochichavam e trocavam palavras de amor. Eles passaram pelo corredor sorrindo, atravessaram o hall, entraram no carro e logo estavam a caminho do centro. Àquela hora do dia, a cidade estava bem movimentada. Quando o carro estacionou, eles entraram numa galeria sofisticada, com uma enorme parede de vidro que permitia ver tudo por dentro. Um letreiro espetacular com letra cursiva destacava perfeitamente o nome "Parganno". Kalie olhou para Mattia e perguntou:— O que vamos fazer aqui? Essa galeria é da sua família?Ele sorriu largamente para ela e respondeu:— Muitas perguntas, é uma surpresa.Os dois caminharam pelo grande salão. Havia alguns homens trabalhando, e todos os cumprimentavam com respeito. Do lado esquerdo, no canto da sala, havia um escritório. Mattia abriu a porta e perguntou para ela:— O que achou desse lugar?— É lindo, eu simplesmente amei.— O leilão de sábado será aqui, no salão que fica do outro lado.
Ao sair do hospital, ele ligou para Kalie:— Oi, querida. Estou saindo do hospital agora. Aline está melhor, mas ainda um pouco confusa. Ainda tenho algumas coisas para resolver, mas logo estarei em casa.Kalie consentiu e logo Mattia desligou o telefone, entrou no carro e se dirigiu para seus compromissos.Dois dias se passaram rapidamente, e a galeria estava repleta de pessoas admirando as belas obras de arte penduradas nas paredes. Kalie estava observando o movimento quando Flavia se aproximou.— Olá, Kalie! Parabéns! Suas obras estão fazendo sucesso. Algum olheiro por aqui? — perguntou Flavia, enquanto as duas se cumprimentavam.— Mattia disse que o Vini Junior estaria aqui, mas ainda não o vi — respondeu Kalie.— Logo o leilão começa. Onde está o Mattia?Enquanto conversavam, Antony apareceu falando ao microfone, fazendo uma breve apresentação para os convidados. Quando todos estavam atentos, Mattia se aproximou e pegou o microfone para anunciar:— Por favor, pessoal, sentem-se e
Enquanto Mattia e Kalie se entregavam ao sono, Pietro seguia para seu apartamento acompanhado por Deise, sentindo uma imensa vontade de tê-la. Aquele momento parecia perfeito, e ele não hesitou em agir. Assim que entraram no apartamento, ele a beijou ferozmente, o som do beijo ecoando pela casa vazia, alimentando seus desejos. Deise se entregou completamente ao homem que amava, e naquela noite, parecia que um anjo cupido havia passado pela cidade de Toscana, espalhando uma paixão desenfreada entre os casais. Pietro talvez não estivesse apaixonado, mas estava determinado a aproveitar os bons momentos.Naquela mesma madrugada, Antony subiu apressado até o quarto de Mattia, batendo repetidas vezes na porta e fazendo com que ambos despertassem. A voz insistente de Antony chamando por Mattia ecoou pelo quarto, e visivelmente preocupado, Mattia beijou Kalie na testa, vestiu sua calça e disse:— Deve ser algo importante, ele não me incomodaria se não fosse. Kalie sorriu levemente e ele saiu
Kalie passou o dia triste, aguardando ansiosamente por notícias. Enquanto isso, em Nova York, Mattia e Antony receberam a trágica notícia do falecimento de Raji. Desesperado, Mattia não sabia como comunicar isso à filha de Raji, Kalie. Decidiu retornar para casa e deixou Antony encarregado dos preparativos do funeral. Enquanto o jato sobrevoava os Estados Unidos, Mattia ligou para Kalie, tentando encontrar as palavras certas.— Desculpa demorar tanto, querida, mas as notícias não são boas — disse Mattia.Imediatamente, Kalie o interrompeu, aflita:— Como ele está?Mattia, tentando suavizar a verdade, respondeu:— Ele está muito mal e quer ver você. Só não sei se resistirá, por isso peço que se arrume. Te aviso quando estiver perto.— Sim, vou me arrumar e ficarei à sua espera — respondeu Kalie.Depois daquela ligação, Kalie sentiu um fio de esperança, sem saber que Mattia havia escondido a verdade. Preocupado com a reação da mulher que amava, o italiano recostou a cabeça no banco de c
Os dias passaram tão rápido que Kalie nem percebeu que já havia se passado uma semana. Naquela manhã, ao atender o telefone, ela se deu conta de que sua amiga Rani estava chegando. Era uma sexta-feira, e Kalie tentou programar os dois dias que passariam com sua amiga.A casa de inverno em Florença era uma das mais belas da região, com seis suítes, proporcionando espaço suficiente para acomodar uma família. Rani e Jacob chegaram ao entardecer, trazendo presentes e mimos. As amigas aproveitaram o momento para colocar a conversa em dia. Assim que as duas se sentaram na cama, Rani abraçou Kalie com carinho.— Eu sinto muito pela perda de seu pai. Sabe que ele era como um tio para mim.— Sim, eu sei. É uma pena que ele não vai conhecer o neto. Rani arregalou os olhos e perguntou animada:— Eu vou ser tia! Ela deu uns gritinhos de alegria, mas logo ficou s&eacu