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102. DESCOBERTA DEVASTADORA
Um silêncio carregado de emoções permeava o ambiente entre Kalie e Mattia. Ela ainda estava tomada pela tristeza, raiva e confusão, mas sentia a necessidade premente de ouvir a versão de seu pai sobre aquela história. No entanto, antes que pudesse expressar sua vontade, Mattia a olhou com carinho e quebrou o silêncio ao dizer que tinha um presente para ela. Ele pegou a sacola e a entregou, propondo em seguida que jantassem juntos.Kalie segurou a mão dele, sentindo-se reconfortada pelo gesto, e os dois se levantaram da cama, deixando o quarto em direção à sala de jantar. Enquanto compartilhavam a refeição, Kalie decidiu abordar o assunto que a estava consumindo por dentro.— Mattia, eu quero ver meu pai. Disse ela com determinação.— Querida, não é uma boa ideia. Respondeu ele, preocupado.— Por favor, Mattia, se não me deixar ir, eu vou fugir e chegarei lá sem a sua ajuda.Mattia compreendeu a urgência dela e tentou acalmá-la, explicando que precisava saber mais sobre a situação de s
103. ELE NÃO É O MEU PAI
Eles permaneceram abraçados por um longo tempo, imersos em um silêncio reconfortante. Mattia acariciava os cabelos de Kalie lentamente, beijando o topo de sua cabeça com ternura. Ele queria falar, mas temia que qualquer palavra pudesse estragar aquele momento de vulnerabilidade compartilhada. Então, inesperadamente, Kalie, ainda envolvida pela decepção e pela dor, olhou para ele com um olhar indecifrável e o beijou de forma surpreendentemente afetuosa e cuidadosa.Os lábios de Mattia responderam com igual intensidade, iniciando uma dança íntima, encontrando a boca dela repetidas vezes. A paixão entre eles aumentava a cada toque e afastamento. Mattia deslizou suas mãos pelo corpo dela, traçando suavemente suas curvas perfeitas, enquanto seus dedos passeavam pelas coxas dela. Ele apertou levemente com desejo, fazendo um caminho até a calcinha de Kalie. Ambos estavam ofegantes e dominados pelo desejo, seus corpos respondendo à intensa atração mútua.Embora Kalie estivesse disposta a cont
104. A SURPRESA
Quando amanheceu, Mattia abriu os olhos e viu que Kalie já estava de pé, penteando os cabelos em frente ao espelho. Ele bocejou, ainda com sono, e perguntou:— Você não dormiu? São 6 da manhã e já está de pé.Levantou-se lentamente e caminhou até ela, dando-lhe um beijo carinhoso no rosto antes de se dirigir ao banheiro. Enquanto se afastava, ele acrescentou:— Tenho uma surpresa para você.Kalie parou o que estava fazendo e olhou curiosa para ele, perguntando:— O que é?— É uma surpresa, minha bela dama. Vamos fazer uma pequena viagem. O verão está terminando e daqui a três semanas é o casamento da sua amiga. Vamos sair pouco depois disso, então vamos aproveitar agora.Ela sorriu e, voltando a pentear os cabelos, observou pelo espelho o reflexo de Mattia. Quando ele retornou, estava enrolado em uma toalha. Aproximou-se dela novamente, com um sorriso malicioso que fez Kalie sorrir também. Encostando-se na parede ao lado do espelho, ele disse:— Arrume suas coisas e vista um biquíni.
105. O PASSEIO
Mattia segurou a mão de Kalie, e juntos, caminharam pelo convés, subindo por uma escada estreita até a proa do iate. Ali, encontraram alguns bancos confortáveis onde se sentaram para admirar a vista. Kalie estava fascinada com a beleza fenomenal do lugar e expressou seu encantamento.— Aqui é tão lindo e calmo!Mattia sorriu para ela e, com um brilho nos olhos, respondeu:— Não tão lindo quanto você, querida. Vamos mergulhar?Kalie olhou para ele, surpresa e admirada pela sugestão.— Eu não...Mattia a interrompeu, insistindo gentilmente.— Vamos, eu te ensino. Não tenha medo.Ela tentou parecer confiante, respondendo:— Eu não estou com medo.Mattia sorriu encorajadoramente.— Então vamos, confie em mim.Apesar de seu nervosismo, Kalie sorriu timidamente e se levantou, seguindo Mattia até os degraus da escada que desciam para a água. Ela tirou a canga bordada que vestia, revelando seu biquíni, e segurou a mão de Mattia com firmeza. Juntos, desceram os degraus e entraram na água crist
106. REPRESÁLIA - PARTE 1
Durante o trajeto de volta para casa, Kalie permaneceu em silêncio, absorta em seus próprios pensamentos. Quando chegaram à mansão, ela seguiu diretamente para o quarto, enquanto Mattia foi interrompido pela voz do tio.— Mattia, venha aqui, precisamos conversar.— Pode ser outra hora? Perguntou Mattia, mas seu tio respondeu num tom de urgência:— Não, precisa ser agora.Resignado, Mattia caminhou até o escritório e entrou, fechando a porta atrás de si. Pietro estava sentado no sofá, num canto, enquanto Antony se aproximava, com uma expressão grave.— Não podemos deixar o caso de Yasmim como está. Disse Antony. — Ela passou dos limites. Mesmo que não quisesse te matar, teve intenção de te atingir.Mattia parecia ponderar, mas Pietro se levantou, a tensão evidente em seu rosto.— Precisa resolver isso quanto antes. Disse Pietro. — Já existem boatos de que você está ficando covarde.— Depois do caso Maroni, os boatos começaram a surgir. Acrescentou Antony.Mattia sentiu a fúria crescer
107. REPRESÁLIA - PARTE 2
Os homens assentiram em concordância, suas expressões eram sombrias. Mattia deixou o galpão e seguiu diretamente para um dos quartos de hóspedes na mansão. Sentia-se exausto, tanto física quanto emocionalmente. Foi direto para o chuveiro, deixando a água quente lavar a tensão e o sangue de suas mãos. Cada gota parecia levar um pouco da sua raiva, mas também aumentava o peso da culpa e da responsabilidade.Ao sair do banho, deitou-se na cama completamente nu, sentindo o lençol fresco contra sua pele. Olhou para o teto, tentando encontrar um momento de paz em meio ao caos que sua vida havia se tornado. A imagem de Yasmim, o horror nos olhos dela, ainda dançava em sua mente. Ele sabia que precisava ser implacável, mas isso não tornava as ações mais fáceis de suportar.Enquanto seus pensamentos vagavam, inevitavelmente se voltaram para Kalie. Ele sabia que precisava explicar tudo a ela, mas não agora. O cansaço o dominava, e ele precisava de força para enfrentar as próximas horas. Fechou
108. AMIGAS
Quando Mattia entrou em casa, eram quase 6 da manhã. Ele não seguiu para seu quarto; após passar pelo hall, viu a governanta e disse:— Felícia, me traga o terno que pedi. Vou me arrumar no escritório. Tenho uma reunião importante na cidade de Veneza e devo retornar à noite. Avise a Kalie, por favor.— Sim, senhor. Respondeu ela, saindo imediatamente de sua presença.Depois de se arrumar, Mattia não demorou a sair. Quando encontrou com Antony e Pietro do lado de fora, olhou para o primo e disse:— Pietro, preciso que você prepare tudo para minha viagem. Eu, Kalie e Antony iremos para Mumbai daqui a duas semanas. Quero proteção total e distância dos paparazzi. JK e Max irão conosco também.— Precisará de motorista? — perguntou Pietro.— Não, o Max dá conta.— Não se preocupe, Mattia. Quando você chegar, tudo estará resolvido.Assim que terminaram a conversa, Mattia e Antony entraram no sedã e seguiram para Veneza.Duas semanas se passaram rapidamente e Mattia e Kalie viajaram para Mumb
109. VERDADE DOLOROSA
Algumas horas depois da conversa com sua amiga, Kalie voltou para a suíte residencial. Ao entrar, viu que Mattia já estava lá. Ele se virou ao vê-la e perguntou:— Como foi o encontro com sua amiga? Kalie respondeu com outra pergunta:— Por que não me disse que comprou o enxoval dela?— Bom, eu pensei em fazer isso, mas na época você não queria falar comigo.Os dois sorriram e Mattia continuou:— O Enzo me disse sobre o que você queria dar para ela, então decidi fazer isso. Mas se você quiser comprar algo, podemos sair amanhã.Ele a abraçou, envolvendo-a pela cintura. Kalie também colocou os braços em volta do corpo dele e disse:— Quero sim, mas não amanhã, pois irei passar o dia com a Rani e visitar seus avós.— Sério? Eu estava programando passar o dia com você, mas tudo bem. É justo você ficar com sua amiga.Ela acariciou o rosto dele e disse sorrindo:— Não está com ciúmes da minha melhor amiga, não é?!Ele soltou uma gargalhada e perguntou:— Você quer comer alguma coisa? Está t
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