Capítulo 8 A virada
- Melissa, não há necessidade de você se confrontar com elas por minha causa. - Ao sair, Gisele olhava para Melissa com um olhar de compaixão.

Evidentemente estava preocupada com o difícil dia a dia de Melissa na família Pires, afinal, ela ainda não estava divorciada e ser uma nora em uma família rica não era fácil.

Melissa acenou com a mão:

- Elas também não me deram bons dias. Agora que estou me divorciando, por que ser gentil?

Por causa de Ângelo, Melissa sempre se esforçou para agradar a família Pires, na esperança de ser aceita por eles.

Mas ninguém a aceitou.

O celular vibrou na bolsa. Ao verificar, viu que era Ângelo. Olhou para Gisele:

- É uma ligação!

Sem dúvidas, era sobre Bruna.

Atendeu:

- Alô.

- O que você disse para Bruna?

- O que eu disse que você não sabe? Ah, por falar nisso, ela está com a Srta. Nanda, não sabia que essa mulher era tão íntima da sua família.

Melissa disse isso com ênfase. Era possível sentir a respiração do homem do outro lado do telefone se acelerar.

Melissa desligou rapidamente, fechou os olhos por um momento, escondendo o brilho afiado em seus olhos.

Gisele, ao seu lado, observava:

- Não esperava que seu relacionamento com ele estivesse tão tenso.

Considerando a atitude de Ângelo no telefonema, a menos que ela tivesse ouvido errado, aquela ligação era para questionar Melissa sobre Bruna.

Logo após desligar, a sogra Raquel também ligou. Melissa olhou para Gisele com dor de cabeça:

- Gisele, desculpe, não posso te levar, tenho que ir.

Ela não queria que sua melhor amiga visse seu lado tão desamparado.

Melissa sabia que sua situação, boa ou má, já era um segredo aberto entre aqueles ao seu redor.

Gisele assentiu, sem tentar impedir.

Melissa só atendeu a ligação após entrar no carro em antes que pudesse falar, ouviu uma voz descontente do outro lado:

- Venha imediatamente à Mansão dos Pires.

- Não tenho tempo. - Disse e, sem dar chance para mais palavras, desligou rapidamente, colocou o telefone no silencioso, ignorando quaisquer outras chamadas que pudessem vir.

...

Depois de voltar para a mansão.

Melissa chamou Solange, que sempre foi gentil com ela. Justamente naquele dia, eles iriam trocar as plantas verdes e os arranjos das flores nos vasos. Melissa passou a manhã inteira ajudando Solange a arrumar tudo. O telefone tocou.

- Solange, atenda o telefone.

- Sim.

Solange foi atender. Não se sabe o que disseram do outro lado da linha, mas Solange olhou para Melissa e depois falou ao telefone:

- A Sra. Pires provavelmente voltará às nove.

Perguntaram algo do outro lado da linha.

- Sim, ela voltou e ficou em casa o tempo todo.

No cômodo só havia um som nítido de tesouras cortando o caule de uma rosa. Melissa, baixando a cabeça, teve um olhar profundo e sombrio em seus olhos!

Nanda, tinha sido sequestrada.

Ela continuou a arranjar as flores como se nada tivesse acontecido. Solange também desligou o telefone e voltou, Melissa perguntou casualmente:

- De quem era o telefonema?

- Foi o Sr. Ângelo quem ligou.

Era o marido dela. A primeira reação dele quando aquela mulher foi sequestrada foi suspeitar dela.

Dez anos, o que ela conseguiu?

Mesmo vivendo outra vida, Melissa não pôde evitar sentir desolação em seu coração.

- Ele perguntou o quê?

- Só perguntou quando você voltou e se você tinha saído de novo.

Melissa assentiu. Ela estava prestes a enfrentar uma grande batalha.

Colocando a tesoura de lado, falou animadamente:

- Peça à cozinha para preparar algo gostoso para o almoço.

Ela queria comemorar!

Embora fosse acusada injustamente de um crime em breve, como poderia enfrentar sem uma boa refeição?
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