Capítulo 5

Hoje era domingo e por milagre divino estava me sentindo bem, não tinha amanhecido enjoada como vinha acontecendo com frequência. Acredito que por conta dos remédios que o doutor havia me passado para tomar. Como havia amanhecido mais disposta, me levanto, tomo um banho e me arrumo. Pois irei dar umas voltas pelo parque aqui próximo.

Estava caminhando quando encontrei o Gabriel, ele me ver e se aproxima rapidamente enquanto tentava recuar.

__ Mel... pelo menos me deixa te explicar! - Ele segura meu braço.

__ Agora é tarde! Não irei voltar pra você nem morta! Até porque já parti para outra e estou até grávida, acredita? - Falo.

__ Não acredito! Você só está dizendo isso porque quer se vingar. Até por que ninguém passaria tanto tempo com você como eu passei. Você quer mesmo saber o porquê eu te trair?

__ Diga! - falei ainda trêmula.

__ Eu enjoei de você, das suas chatices e melancolia e sua amiga é bem melhor que você. - Ele fala sarcástico.

Depois que ele termina de fala eu me viro para ir embora mais novamente ele puxa meu braço.

__ O que você ainda quer comigo? - Pergunto.

__ Mais apesar de tudo... eu me sinto triste quando percebo que te perdi. Acho que realmente eu me apaixonei por você. - Ele fala.

__ Não me faça rir Gabriel, o que você sente nunca foi e nunca será amor! Você só se sente triste, porque perdeu o seu brinquedinho ao qual se divertia bastante.

__ Não acho que seja isso. - Ele ousa responder.

__ Seja lá o que for, eu não quero mas olhar nessa tua cara imunda. Aproveita e me esquece. - Falo me segurando por dentro.

Eu puxo meu braço e vou embora sem nem sequer olhar para trás e resolvo voltar para casa. Depois de ter visto ele, eu me sentindo triste pois ainda gostava dele.

Quando chego em casa eu vou pegar os álbuns de fotografia de minha mãe a qual eu sempre podia contar quando estava triste, mas agora não tenho mas ela aqui. O jeito é ter que me acostumar em só ver ela nas fotos a partir de agora.

__ Há mãe, como eu sinto sua falta. Por que você foi me deixar? E agora quem vai enxugar minhas lágrimas?

Quem vai me dar conselhos? Quem vai cuidar de mim?

Comecei a folhear os álbuns vendo as fotos da minha rainha. Ela era linda, com seus cabelos pretos e olhos cor de mel... Eu me parecia um pouco com ela e o resto devo ter puxado do meu pai, que não sei quem é. Minha mãe nunca falava dele e quando perguntava ela sempre mudava de assunto então nem sei se ele ainda é vivo ou se vive bem, mas de qualquer forma ele nunca foi presente. Então nem me importo.

Não consigo conter as lágrimas que insistem em cair, minha mãe sofreu e lutou tanto por mim e eu não pude fazer nada por ela.

Mas agora eu sei como a senhora se sentia e quero ser uma mãe para o meu filho igual a senhora. Um lindo exemplo de mulher que tomarei como inspiração todos os dias da minha vida.

De tanto chorar acabo adormecendo sobre todas aquelas fotos.

[...]

Me acordo com os olhos inchados e bastante fome! Pois ainda não tinha almoçado.

Vou pra cozinha e preparo um sanduíche e um suco de laranja e depois que me alimento deito no sofá e coloco alguns filmes para assistir, quando na verdade não vi quase nada. Estava perdida em meus pensamentos.

Eu havia desistido de procurar o pai do meu filho. Como procuraria alguém que nem sei o nome? É como uma missão impossível. Mas se minha mãe conseguiu me criar sozinha eu também darei um jeito. Não sei como, mas darei.

E o pior que agora sou só eu e Deus e meu filho, não tenho mais ninguém nesse mundo.

[...]

A tarde e a noite foram se passando rapidamente, como não tinha nada para fazer além de comer e assistir acabei indo para cama cedo. Não sei se é culpa da gravidez mas estava com muito sono esses dias. Dormia tranquilamente até que durante a madrugada eu acho que tive um pesadelo em que minha mãe gritava de dor pedindo a minha ajuda e eu não estava lá, ela chorava e gemia sem parar, foi quando acordei assustada me sentei na cama e fiquei ali uns 10 minutos antes de de voltar a dormir.

[...]

Abri meus olhos e alguns raios de sol batia no meu rosto através da janela, me espreguiço e vou ao banheiro fazer minha higiene matinal e me arrumo pois daqui alguns minutos terei que ir para o trabalho.

Vou para cozinha e como algumas torradas com geleia, bebo um suco e por fim como uma maçã.

Pego minha bolsa e sigo para o carro. Entro e vou dirigindo até chegar ao estacionamento do hotel.

Quando vou entrando ouço alguém me chamar.

__ Melanie? - a recepcionista me chama.

__ Oie? - Falo informal.

__ O chefe mandou avisar a você quando chegasse para ir a sua sala, que ele vai apresentar seu filho que será o novo chefe.

__ Certo, Obrigada! - Agradeço.

Saio dali e sigo para sala do meu chefe, quando chego bato na sua porta e ele me lança um sorriso. Ele estava sentado em sua poltrona logo a minha frente e me mandou sentar.

__ Mandou me chamar?

__ Sim, quero que conheça meu filho, seu novo chefe.

__ Certo, espero que ele seja uma pessoa boa assim como o senhor. - Falo com um sorriso.

__ Tanto fará eu ser bom, como ser ruim, mas isso dependerá do seu comportamento senhorita. - Uma voz atrás de mim fala.

Acabo me assustando quando ele fala e olho para trás. havia um homem com um belo físico sentado em uma cadeira com um jornal nas mãos. Seu rosto eu não podia ver pois o jornal o cobria.

__ Não seja mau educado meu filho e se apresente adequadamente. - Seu George fala.

__ Olá Senhorita, me chamo Marcelo e serei seu novo chefe. - Ele diz sério.

__ Eu sou a Melanie e ....

__ Eu sei quem você é! - Ele responde rudi

Me surpreendo quando ele abaixa o jornal e nossos olhos se cruzam e não podia ser, era ele! O pai do meu filho.

Ele me olha e eu não conseguia decifrar o seu olhar.

__ Algum problema? - Ele pergunta.

__ N...não é n..nada! Já Que o conheço voltarei ao meu trabalho. - Respondo gaguejando.

__ Certo. - Ele responde.

Saio de sua sala e vou para o banheiro dos funcionários.

Não é possível! Como ele veio trabalhar logo aqui? Pelo menos não terei que o procurar. Nossa, ele nem me reconheceu. Também deve dormir com uma mulher diferente a cada noite. como ele poderia lembrar de mim?!

Agora só preciso arrumar um jeito de contar, parece que a sorte está do nosso lado bebê.

Depois de passar um bom tempo lá saio e vou fazer meu trabalho, encontro um turista que estava no hotel preocupado pois estava com a gravata suja de café e precisaria ir a um evento importante. vendo isso saí pedindo as gravatas da maioria dos funcionários masculinos e levei até o homem, ele escolhe uma e me agradece muito dizendo que salvei seu dia.

__ Gerente o chefe está te chamando e cuidado ele está uma fera! - Um funcionário me avisa.

__ O senhor George, ainda está aqui? - Pergunto.

__ Não, saiu faz um tempo. - O funcionário responde.

Já sei, tô ferrada! Ele está uma fera e quer me vê o que será que houve?

Espero que não seja algo ruim. Pego o elevador e subo até a onde está meu novo chefe, bato em sua porta e ele me manda entrar.

__ O senhor mandou me chamar? - Pergunto trêmula.

__ Sim , eu quero saber o que deu em sua cabeça para você sair por aí tirando as gravatas da maioria dos funcionários!? - Ele diz bravo.

__ Eu posso explicar senhor. Isso é um mal entendido. - Tento me explicar.

__ Me poupe de suas explicações. Espero que isso não se repita! Entendido? - Ele pergunta rudi.

__ Sim senhor! - Respondo.

__ Agora pode ir. - Ele fala.

Saio da sua sala fumaçando de raiva. Como esse ogro pode ser filho de um homem tão bom como senhor Jorge?

Nem quis me ouvir e já vem me criticando? Não sabe ele que estava fazendo isso para o bem do hotel.

Passei a manhã inteira andando para lá e para cá, até que chegou a hora do almoço. Desço até a cozinha e logo em seguida eles me servem. Começo a comer quando alguém senta do meu lado.

__ O que você está fazendo aqui? - Pergunto.

__ Estou te procurando. - Ele responde.

__ O que eu fiz dessa vez? - Pergunto.

__ Na verdade uma grande coisa. Hoje pela manhã um dos nossos investidores internacionais estava aqui e sujou sua gravata com café e ele me disse o que você fez e na verdade vim me desculpar. - Ele fala sem jeito.

__ Isso que dá não escutar o que as pessoas tem a dizer na sua defesa. Mas de qualquer forma só fiz meu trabalho. - Respondo.

Falo e logo me arrependo pois o seu olhar muda ele começa a me encarar sem tirar os olhos do meu.

__ Algum problema? - Pergunto.

__ Acho que conheço você de algum lugar. - Ele fala e meu coração acelera.

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