Capítulo 06

🎀 Três dias depois🎀

🎀 Isabel🎀

Depois de vários meses que não vejo minha mãe, estou terminando de arrumar minhas malas, eu e a Carol vamos ministrar um congresso em Seatlle em nome do Hospital aqui da Alemanha e aproveitamos e pegamos um mês de férias para curtimos nossas mães.

- Isa! Você viu meu sapato, aquele nude estou procurando e não estou achando?

- Está no meu closet.

-.Obrigado.

Eu e a Carol somos como irmãs,  dividimos tudo, sabemos o que cada uma passou para está onde estamos hoje, as noites de sono que passamos estudando pra sempre está com as notas altas para não perder a bolsa da faculdade,  quantas vezes pulamos alguma refeição para o dinheiro que nossas mães nos mandava dar para completar o mês, mas o nosso foco nunca perdermos e nosso companheirismo também não viemos com um objetivo e lutamos para conquista-los e conseguimos, mas nunca esquecemos de onde viemos e nossas raízes simples estão sempre conosco e aqui fazemos um trabalho voluntário nas áreas mais pobres, tanto eu como a Carol atendemos duas vezes por semana numa pequena clínica que a comunidade abriu e atendemos de graça.

- Isa você não avisou a tia Carla que estamos indo ne?

- Não, eu quero fazer uma surpresa a ela, você também não avisou a tia Rose né?

- Também não né, se combinamos surpresa vamos fazer surpresa para nossas rainhas já estou até imaginando o choro das duas.

- Estou com tanta saudade da mamãe.

- Eu também. Sabe Isa podíamos ver um jeito de trazer elas ou então irmos embora, apesar de gostar do meu trabalho aqui, mas não temos ninguém aqui, a nossa família são elas duas e essa distância está machucado muito, passamos toda nossa adolescência longe, tínhamos um propósito e conseguimos acho que agora temos que aproveitar e ficar ao lado delas, você não acha?

- Sim, eu também já pensei nisso. Acho que nessa viagem podemos sondar o campo lá em Seattle e quem sabe montamos uma clínica o que acha?

- Fechou, vamos amadurecer essa ideia.  E outra não quero mais saber de alemães, agora eu quero um homem de minha cidade e quem sabe assim eu consigo me apaixonar e me entregar novamente. E você já está na hora de pensar em perder essa virgindade né?

- Ainda não achei o cara certo, quando isso acontecer você pode ter certeza que vou vou perder.

- Isso Isa, tem que achar o cara certo mesmo, não cometa o mesmo erro que eu. Mas agora vamos esquecer o que passou, vamos ligar para o táxi se não vamos perder nosso vôo.

- Vou só pegar minha bolsa, enquanto você liga.

Saio e vou pegar minha bolsa e minha mala, chego na sala e já descemos com nossas coisas, chegamos na portaria e nos despedimos do seu Joe e pegamos nosso táxi que já estava nos aguardando, seguimos para o aeroporto e não demora muito nosso vôo é chamado e assim que fizemos o check-in seguimos para nossa viagem e o coração estava batendo forte, reencontrar a mamãe depois de meses sem ver é tão maravilhoso, sento em minha poltrona com a Carol e assim que decolamos minha bela amiga dorminhoca já coloca a sua máscara e vai dormir, eu pego um livro e vou ler, e minha mente volta a conversa que tive mais cedo com a Carol, acho que já está chegando a hora de voltarmos para Seattle, temos que ficar mais próximas de nossas mães, só temos elas e essa distância entre nós já está cobrando seu preço, vou aproveitar esse mês e sondar os locais e os campos para abrirmos nossa clínica e quem sabe conseguimos algum hospital para atender.

Depois de dez longas horas pousamos em Seattle e já era noite, mesmo não avisando acho que nossas mães não vão estranhar nossa chegada, depois de pegar nossas malas pegamos um táxi e seguimos para o nosso endereço, como as nossas mães moram no mesmo prédio, aliás não só no mesmo prédio mas em apartamentos um do lado do outro, nossa viagem não demora e está em Seattle novamente é tão bom, nos faz lembrar do tempo que morávamos aqui, não demora e chegamos descemos do táxi e fomos até a portaria.

- Boa noite seu Geraldo.

- Boa noite Dra. Isabel, Dra. Carol. Que surpresa boa, quer que eu interfone para a mãe de vocês?

- Não seu Geraldo vamos fazer uma surpresa para nossas mães.

- Ih. Mas vão ficar felizes, a vida dela é falar que estão com saudades das doutoras.

Depois de nossa breve conversa entramos, pegamos o elevador e seguimos para nosso reencontro e eu estava tão ansiosa por abraça e matar a saudade da mamãe, não demora e o elevador apita avisando que chegamos,  eu e a Carol combinamos de tocar a campanhia ao mesmo tempo e assim as duas sairiam juntas e assim fizemos, e quando as portas se abriram foi uma emoção só, nós quatro não sabíamos se ria ou chorava de tanta emoção, depois de um longo abraço e matarmos a saudade, cada uma seguiu para sua casa.

- Isa meu amor, estava esperando você na próxima semana, e você me aparece assim.

- Queria fazer uma surpresa para a senhora mãe.

- E eu amei meu amor, estava com tantas saudades de você, sinto tanta sua falta meu amor. Hoje mesmo eu e a Rose estávamos falando de vocês duas.

- Aí mãe eu também, e como sinto.

- Dessa vez vai passar  mais dias aqui comigo né minha filha?

- Sim mãe, temos um congresso que começa amanhã e só depois é que inicia minhas férias, então teremos vários dias juntas para matar a saudade.

- Que bom, vai ter mais alegria em nossa casa.

Matamos nossa saudade e como sempre minha mãe foi fazer minha comida predileta enquanto fui tomar banho, depois fomos jantar juntas e colocar as conversas em dia, como sinto falta de está ao lado da mamãe, de nossas conversas, dos seus carinhos e mimos, terminamos de jantar e fomos dormir juntas, como sempre fazíamos quando eu era pequena, ela fazia carinhos no meu cabelo até eu adormecer.

Acordo cedo e a mamãe já está de pé, levanto tomo meu banho e me arrumo, hoje é a abertura do congresso, eu e a Carol vamos fazer a abertura, sigo e o café está pronto, tomo com minha mãe e logo vou chamar minha amiga dorminhoca para irmos se não chegaremos atrasadas, me despeço da mamãe e vou até a casa de tia Rose.

- Isa meu amor você vem almoçar?

- Mãe acho que não, temos palestra agora de manhã e a tarde vai ficar corrido pra vim e voltar, me espera mesmo para o jantar.

- Está bem meu amor.

Saio e vou chamar a Carol que já estava saindo, seguimos para o elevador e descemos, cumprimentamos seu Geraldo e seguimos para pegar o táxi, nosso caminho foi repassando todos os detalhes de nossa palestra e não demora estamos em frente ao prédio onde será o congresso  descemos e mostramos nossas credenciais e seguimos para o local, fomos recebidas pela organizadora do evento.

Depois que todos os participantes chegaram, eu e a Carol ficamos aguardando o início.

" Bom dia a todos e bem vindos ao VI Congresso de Medicina de Seatlle, e este ano temos o privilégio de termos duas médicas mestres em suas aéreas, vindas diretamente da Alemanha para nos mostrar as mais modernas

técnicas

dentro de suas áreas. Vamos

aplaudir a Dra. IIsabel Schinaider, mestre em cirurgia oftalmológica, e a Dra. Carol Smith  mestre em cirurgia pediátrica.

Depois que fomos anunciadas, entramos e nos apresentamos, como eu era a primeira a paletrar preparei meus arquivos e iniciei a apresentação das mais novas técnicas utilizadas para as cirurgias oftalmológica dentro de todas as patologias da área, apresentei as técnicas mais modernas para a realização dos exames para chegar ao diagnóstico mais preciso da doença ocular, fiquei uma hora falando de todas as pesquisas que participei e apresentado todos os dados que essas novas técnicas ajudam no tratamento, termino minha fala e agradeço a participação de todos, como vamos ter um pequeno intervalo antes da palestra da Carol, aproveitamos e fomos fazer um lanche sentamos numa pequena mesa e pedimos um suco, estávamos tão concentradas conversando quando uma senhora se aproxima de nós.

- Bom dia doutoras tudo bem?

- Bom dia. Falamos juntas.

- Sou Dra. Martha Trevis,  pediatra e é um prazer conhecer vocês duas. Fiquei muito impressionada com a sua palestra Dra. Schinaider. Será que a senhora teria um tempinho para conversarmos?

- Claro que sim Dra. Trevis.

- Isa eu vou terminar de preparar meu material, nos encontramos depois.

- Claro Carol, daqui a pouco eu vou.

- Desculpe interromper seu lanche, mas depois que a senhora falou sobre essas novas técnicas na medicina na área da oftalmologia eu vi uma esperança para meu filho, eu sou uma mãe que está desesperada para ajudar meu filho e a senhora é a pessoa que vai poder me ajudar.

- Claro Dra Martha, mas o que aconteceu com seu filho?

- Meu menino sofreu um acidente há algumas semanas atrás, ficou em coma e quando acordou não estava enxergando mais, e ele simplesmente se isolou de todos, e eu não sei mais o que faço para ter a alegria de meu filho de volta e ter ele comigo de volta.

- Desculpe a pergunta mas que idade tem seu filho?

- Vinte e cinco.

- Ah Sim, mas qual foi o diagnóstico que o médico deu depois que ele retornou do coma?

- Aí é que tá, o médico que o atendeu disse apenas que ele perdeu a visão devido ao trauma que ele teve na cabeça, e que ele não enxergaria mais, só que ele ficou muito abalado com essa notícia e quando saiu do hospital foi embora para o Caribe e se isolou numa casa de praia que tem lá e não quis mais voltar para fazer nenhum exame. Então doutora eu vi que a senhora é a melhor dentro da sua área, por favor, atenda meu filho, avalie ele eu lhe peço, por favor, doutora esse é um pedido de uma mãe que está desesperada, que quer o sorriso de seu filho, que quer ter ele novamente ao meu lado.

- Claro doutora Martha, eu vou ficar aqui em Seattle, estou de férias, vou deixar meu cartão com a senhora e quando conseguir trazer seu filho me ligue que eu atendo ele com o maior prazer, a senhora só precisa me arrumar uma sala para que eu o atenda.

- Isso não é problema, a senhora pode atender ele em minha clínica. Essa foi a melhor notícia que já tive, a senhora não sabe como vou ser grata por sua ajuda, sua avalição será muito importante.

- Claro doutora Martha, só não demore muito por que dependendo da patologia dele o tempo é nosso inimigo, pode não ter como reverter o diagnóstico.

- Não se preocupe, eu vou conseguir traze-lo o mais rápido possível.

- Me ligue quando ele chegar. Foi um prazer conhecê -la doutora Martha, agora eu vou para a palestra de minha amiga.

- O prazer foi meu, e pode deixar que eu ligarei e mais uma vez obrigado.

Nos despedimos e eu segui para ver se a Carol conseguiu organizar tudo e no caminho vou pensando no filho da doutora Martha, como deve está sendo difícil um homem jovem e perder a visão assim, só não entendo como o médico diagnóstica uma cegueira sem realizar exames para comprovar, espero poder ajudar esse homem e devolver a ele a alegria de ver novamente, quero poder ajudá-lo a ver a luz novamente.


Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo