Bernardo

Eu mordo a minha língua para não cometer uma gafe e acabar estragando os planos de Alina. Eu me aproximo dela e falo olhando nos olhos dela:

— Eu não sou obrigado a dar um apartamento para o seu filho, assim como eu não sou obrigado a dar uma conta bancária recheada para o seu filho. E eu falo seu filho porque não quer repetir o teste de DNA para confirmar se é meu ou não. Agora se você estivesse de boa vontade me oferecendo um segundo teste de DNA, quem sabe eu não daria uma cobertura para vocês e uma conta no valor que vocês merecem. Por enquanto, um salário mínimo é tudo o que eu posso oferecer para vocês.

— Então vamos conversar... Quanto você paga de pensão para os filhos daquela mulher? Ela também fez teste de paternidade ou só deu a palavra dela? E você acreditou como um fiel cachorrinho? Não, porque os direitos são iguais, o que você paga para eles tem que pagar para o nosso, o justo é só o que eu quero.

— Você realmente acha que ela teria que fazer algum exame para