KlausDias se passaram e Olivia oscilou perigosamente entre a vida e a morte em alguns momentos. Seu caso era grave, e ela teve que ser levada para UTI depois da cirurgia e respira com a ajuda de aparelhos, principalmente por causa da perfuração no pulmão direito. Os dois primeiros dias foram críticos e eu não consegui dormir um minuto sequer, mesmo tentando a todo custo, só de pensar que eu poderia cochilar e acordar com uma notícia terrível me esperando já me deixava em pânico, eu não podia fazer isso, não conseguia.Estou quase morando na sala de espera, não é permitido entrar no quarto para vê-la, tudo que posso fazer é olhar para ela ao longe, por uma janela de vidro. Eu apoio minha mão no vidro frio e ponho meus olhos nela por minutos a fio sem dizer nada, observo tudo, cada detalhe. Ela parece tão pequena naquela cama, tão frágil com todos esses aparelhos conectados a ela, tão pálida e indefesa.Enquanto o mundo segue seu curso, larguei todas as minhas obrigações e fiquei apena
OliviaAbri meus olhos devagar, tentando me habituar à luz do sol que entrava pela janela do quarto. Meu corpo dói e se sente tão cansado, como se eu tivesse andado uma grande distância, dói tanto que parece até que estou a semanas dormindo.Espere?Porque eu estou dormindo?Tentei levantar, mas senti uma pontada de dor muito forte na barriga e nas costas e deitei novamente enquanto fazia uma careta.Que diabos aconteceu?Tentei me lembrar do que estava fazendo antes de acordar, eu não me lembro de ter me deitado, então como eu acordei nessa cama de… hospital?Merda.Eu lembro que estava indo comer alguma coisa quando Alice me pegou de surpresa e depois disso, eu lembro de uma dor terrível me atravessando. Ela atirou em mim.— Aquela vaca. — Murmuro roucamente.Não lembro de muita coisa depois de ser atingida, acho que para a rua e fui socorrida ali.Oh, eu me lembro, Klaus estava lá.Ah, Deus. Obrigado por me permitir continuar vivendo. Falando francamente, eu não sei se voltaria nov
KlausFinalmente, Olivia acordou, ou foi o que pensei, no entanto, depois que deixei o quarto para procurar o médico e voltei, ela estava dormindo novamente e eu me questionei seriamente se eu estava alucinando ou não. Meu desejo de que ela acorde é tão grande e já faz tanto tempo que espero ansiosamente que isso seja uma possibilidade. Como sempre, o médico disse que ela está bem e se não acordou ainda deve acordar logo. Saí por um tempo e resolvi algumas coisas, evidente que foi difícil para mim não ter certeza se ela acordou ou não, e fiquei o restante do dia cheio de frustração, por que, mais do que tudo, eu quero acreditar que toda aquela nossa conversa não foi fruto da minha imaginação e que de fato aconteceu. Já faz tanto tempo que estou nesse hospital esperando por esse momento que também não tenho certeza do que está acontecendo nos últimos tempos.Cumprimentei Jason e conversei um pouco enquanto ele deixava o quarto de Olivia, omiti o fato de que acho que ela acordou, não po
OliviaFoi um grande choque descobrir que eu perdi um bebê que nem sabia da existência. Confesso que no começo, foi inacreditável, como pode? É surreal demais. Infelizmente, essa se provou ser uma verdade dura de aceitar e eu me culpei pelo que aconteceu. Eu estava gerando um bebezinho lindo, uma mistura perfeita entre Klaus e eu, algo que eu nem sequer tinha cogitado ainda, mas que seria uma escolha no futuro. Eu sempre tomei todos os cuidados, não imaginei que ainda assim, houvesse uma pequena chance de engravidar. Agora, meu bebê está morto e a culpa é minha. Eu me descuidei, eu não pensei nas consequências dos meus atos e por isso, vou lamentar minha escolha para sempre.Acordei depois de precisar ser sedada, estava fora de mim e tudo que eu conseguia pensar é que a culpa de tudo que aconteceu ao bebê é minha. Agora com a cabeça no lugar, apenas lamentei silenciosamente, não havia mais nada que eu pudesse fazer, já faz mais de dois meses e o que está feito, não pode ser desfeito.
OliviaA segurança do hospital apareceu e levou Alice para fora, uma pessoa também limpou toda a bagunça que ficou para trás e dois enfermeiros apareceram e me colocaram novamente na cama, a agulha foi novamente conectada em meu braço e analgésicos para a minha dor foram administrados. Enquanto isso era feito, Sarah seguia ao meu lado em silêncio. Assim que fomos deixadas sozinhas, ela me olhou atentamente.— Quando foi que você começou a irritar pessoas tão perigosas? Você não viu no jornal o que essa mulher fez? — pergunta como se não pudesse acreditar.— Acredite ou não, mas essa mulher foi namorada do meu pai e também teve um envolvimento com Klaus, Kade e meu padrasto. — explico rapidamente.— Ela é mais rápida do que eu imaginava. — murmura.— O que faz aqui, Sarah? — pergunto.— Eu soube que você tinha acordado e vim te ver, mesmo que você tenha dito que não somos mais amigas, eu ainda te considero e vim por preocupação. Eu tentei vir antes, mas seu namorado não deixou, por iss
KlausEnquanto esperava do lado de fora, fui atrás das pessoas que levaram Alice do quarto de Olivia. Descobri que Sarah realmente salvou Olivia e isso é estranho e inesperado. Eu não a conheço muito bem, mas, pelo que sei, elas não estão em bons termos há um bom tempo, sem falar que ela foi casada com aquele babaca que namorou Olivia. Não consigo confiar nela, que tipo de pessoa deixa que a melhor amiga namore o seu marido? Isso não faz nenhum sentido para mim e só consigo ver más intenções nas ações de Sarah. Foi provado que aquele pedaço de merda não vale nada, se um cara mata a própria família, ele é capaz de qualquer coisa.Alice estava sendo monitorada pela polícia, felizmente, a segurança fez um trabalho rápido em comunicar às autoridades que já estão cuidando do assunto e me asseguraram que vão cuidar de tudo. Gostaria de saber como ela conseguiu fugir da cadeia e porque diabos seu processo estava correndo tão lentamente, ela já devia ter sido condenada e estar mofando em uma
RebecaQuando me senti ligeiramente humana, já era noite, não sei exatamente que horas, mas o quarto estava escuro e o silêncio permeava o lugar, Sebastian deve ter saído enquanto eu dormia. Levantei devagar, testando o terreno e percebi que finalmente, a dor se foi quase inteiramente, foi um alívio tremendo e eu agradeci mentalmente por escapar dessa viva. Tenho que admitir, não sei o que seria de mim se não fosse por Sebastian, mesmo que a contragosto, tenho que reconhecer que ele cuidou de mim enquanto estive oscilando entre consciência e inconsciência, ele me limpou e foi paciente comigo e eu não imagino o grande e temido Sebastian sendo alguém tão cuidadoso com uma pessoa, é surreal e eu não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos. Sentei-me na cama e acendi a luz da mesa de cabeceira, vi que havia uma nota escrita.“Tome o remédio em cima da mesa e coma um pouco, estarei de volta assim que possível.”Reconheci a letra de imediato e levantei devagar, vi minhas ro
OliviaFinalmente, livre!Depois de um período no hospital, que eu considerei longo e nem estou contando os dois meses que estive inconsciente. Agora, estou deixando esse hospital e indo direto para o julgamento de Alice, dessa vez, eu sou uma das testemunhas chaves. Afinal, ela não só tentou me matar uma vez, como fugiu e tentou terminar o que começou. Dessa vez ela não escapa.— Você tem certeza que quer fazer isso? Eles já pegaram o seu depoimento, não é realmente necessário ir lá. — diz preocupado comigo. Eu entendo as ressalvas dele, essa mulher entrou na minha vida a pouco tempo e fez bastante estrago, quase tanto quanto Sarah. Felizmente, logo isso será algo do passado e eu não precisarei mais me preocupar com ela.— Eu quero ir, também quero ver com meus próprios olhos sua expressão quando eu testemunhar e a sentença for dita pelo juiz. — respondo. — Me preocupa um pouco, aquela mulher quase matou você e se não fosse por ela, nosso bebê estaria quase vindo ao mundo agora. — ac