RebecaSenti como se o chão tivesse sido arrancado dos meus pés e eu estivesse à deriva em um espaço vazio, sem conseguir me mover, sem conseguir determinar para que direção vou, impotente em todos os aspectos. Como se tivesse levado um soco no estômago, vi a necessidade de me sentar, caí com força no primeiro assento que encontrei e permaneci estática em silêncio, com meu interior em frangalhos, um verdadeiro caos dentro de mim. Meu pai se aproximou devagar e com cuidado, se agachou na minha frente e segurou minha mão dando um leve aperto. Levei meu olhar desfocado até seu rosto e vi que não era a única que estava naquele estado caótico. Sim, o homem na minha frente acabou de ver seu filho morto e agora precisa ver sua filha casar com o assassino ou toda a família será exterminada, não sou a única que está sofrendo aqui. Preciso tomar uma decisão logo, por mais difícil que seja, eu já sei o que vou fazer. Assim como disse ao meu pai, não importa qual seja a
SebastianDepois de uma longa e entediante conversa com Carl Miller, finalmente consegui uma forma de manter Rebeca ao meu lado. Uma aliança, é isso que é. Preparei de forma antecipada o contrato, foi um movimento arriscado, mas eu não tenho tempo para esperar outro momento, preciso fazer isso logo e agora, finalmente consegui a aceitação de seu pai, é claro, isso foi feito por meio de algumas ameaças bem sérias, mas necessárias.O primeiro passo foi dado. Não vai ser um caminho fácil de agora em diante, no entanto, estou disposto a ir em frente. Não era dessa forma que eu esperava que as coisas se desenrolarem, mas, nossos caminhos foram definidos no momento em que Rebeca fugiu de mim, mesmo sabendo quais as minhas intenções com ela. Faz um tempo que eu venho pensando em casar, esperava que pudesse fazer isso de uma forma mais suave e obter a permissão dela, sinceramente, não gosto da ideia de levá-la nessas circunstâncias, mas eu sei o que estou fazendo e quais os meus motivos para
RebecaSinto-me péssima. Realmente não vejo como poderia ficar bem em uma situação dessas. No momento em que Sebastian fechou a porta do quarto e eu fiquei finalmente só, desmoronei em cima da cama, as lágrimas que segurei com todas as minhas forças saíram com força e eu abafei meus soluços torturados no travesseiro, a última coisa que eu desejo é que Sebastian veja essa cena lamentável e pense que sou fraca, eu aguento qualquer coisa, exceto que sintam pena de mim, eu não sou esse tipo de pessoa e não quero ser.Enquanto chorava com o rosto enterrado no travesseiro, deixei todas as minhas emoções saírem com força, a morte do meu irmão, minha paixão ridícula por Sebastian, a forma como Sebastian se aproveitou da situação para me forçar a um casamento e tantas outras coisas. Sinto-me tão impotente e frustrada, só queria sair por essa porta e ir embora sem olhar para trás, mostrar para Sebastian que ele não pode me prender, que eu não pertenço a ele, embora tenha sentimentos complexos q
RebecaApertei minhas mãos em punho e tentei conter a onda de insegurança que me abateu quando o carro parou na frente de uma imponente mansão. Sinceramente, suspeitei que o lugar fosse impressionante e de fato, é. No entanto. Esse não é o motivo da minha insegurança. Não sei o que me espera fora desse carro e atrás dessas paredes, como Sebastian avisou antes, não devo confiar em ninguém e também não sei de onde podem vir os inimigos, me pergunto se vou conseguir suportar a pressão de ser ameaçada todos os dias. Só há duas formas viáveis de me manter segura nessa situação atual. A primeira é buscar ajuda de Sebastian para conseguir colocar alguém de minha inteira confiança aqui dentro, o que é quase impossível de fazer na situação atual, já que a pessoa em quem mais confio é meu melhor amigo Ben, e Sebastian parece não gostar nem um pouco dele. A segunda forma de ficar minimamente segura é agir como se eu não tivesse medo de nada nem ninguém, tenho que ser uma megera louca, alguém tão
Sebastian— O que acha de sairmos para jantar mais tarde? — pergunto.— Tudo bem, mas não tenho certeza se tenho algo apropriado. — diz apontando para a pequena mala que trouxe consigo.Rebeca parece tranquila, mas ela não me engana, eu sei que ela está tensa com tudo isso e atenta a cada pequena coisa que acontece ao seu redor, provavelmente, está com o modo sobrevivência ligado e não quer perder nenhum detalhe importante. Sua vida mudou de uma hora para outra e ela precisa se habituar a como as coisas funcionam por aqui, eu não serei o único desconhecido para ela e ela vai precisar aprender a lidar com muitas coisas, sua forma de viver parece bem diferente da minha, eu a encontrei em festas e fazendo coisas que sempre envolveram divers&
RebecaSim, eu estou provocando Sebastian de forma deliberada e totalmente infantil.Estou sendo infantil? Sim. Isso me importa? Definitivamente não. Só estou sendo impertinente.Eu sei que ele gosta muito do meu corpo, suspeito que esse seja o fator principal pelo qual ele se tornou tão interessado por mim, mesmo sem me conhecer. Pode soar um pouco arrogante, mas eu sei o quão bem eu estou, meu corpo é bonito naturalmente, mas nem tudo é beleza natural, eu também me cuido o suficiente para dizer que esse corpo foi conquistado com muito trabalho duro e anos de cuidado, você pode nascer com genética abençoada, mas não pode deixar tudo nas mãos do acaso, é preciso cuidar do que já tem antes de qualquer coisa e como meu corpo é o instrumento de trabalho mais importante, eu cuido dele muito bem. Inclusive, preciso falar com Sebastian, quero voltar a treinar de alguma maneira e a forma mais rápida de fazer isso, é dizendo a ele que eu desejo fazer algo além de ficar presa dentro dessa casa
RebecaDesde o momento em que me rendi ao toque de Sebastian, eu não fiz nada além de suspirar e gemer. Devo dizer, isso é embaraçoso para mim, sempre fui muito articulada e fiz questão de dizer o que quero na cama, entretanto, não é o caso aqui, Sebastian roubou minha voz e eu não sei o que fazer com as sensações que invadem meu corpo com força e tomam conta de mim sem permissão, não é apenas físico, parece que cada toque seu, mexe também com meu coração, fazendo com que eu me aprofunde cada vez mais nesses sentimentos que eu tenho evitado constantemente. Pensei que ele me tocaria imediatamente onde eu mais preciso, no entanto, ele parece me torturar com seus beijos lentos e sensuais, subindo lentamente por cada perna, parando aqui e ali para me observar e depois retomando a doce e lenta tortura até que seus lábios estão novamente na parte interna da minha coxa, tão perto que posso sentir sua respiração.— Por favor. — implorei.— Eu deveria torturá-la longamente, mas, estou tão louc
Sebastian— Suas palavras são desnecessárias. — resmungo para Anastásia assim que Rebeca deixa a sala.— Eu não faria isso se você parasse de ir contra mim. — diz.Quem ela acha que é?— E porque eu deveria ouvi-la? — questiono realmente interessado em ouvir sua resposta.— Eu sou sua mãe, sei o que é melhor para você. — responde como se isso fosse realmente motivo suficiente para fazer o que faz.Não escondo o sorriso de escárnio.— “Mãe” não se meta na minha vida, eu faço as minhas próprias escolhas. — devolvo.— Você que sabe, mas, pelo que eu vi, aquela mulher não vai durar muito, ela não tem o que é necessário para estar nessa família, eventualmente, você vai perceber isso também. — Dá de ombros como se não fosse grande coisa.Que conversa irritante.— Espere sentada por isso. — sorrio e vou embora.Anastásia pensa que pode realmente me influenciar com toda essa conversa ridícula de que é minha mãe e sabe o que é melhor para mim, como se eu fosse um garotinho que não pode se cuid