Rebeca

Assim que coloquei os pés dentro da casa dos meus pais, minha mãe estava correndo para mim e me abraçando. Seus olhos inchados são indício suficiente de como tem sido cada hora de seu dia. Ela teve o filho assassinado e como se não fosse ruim o suficiente, sua filha teve que ir com o assassino em questão para manter o restante da família viva. Se isso já é ruim para mim, imagine para ela, que precisa assistir isso sem poder fazer nada além de lamentar.

— Oh, filha. — chora agarrada a mim.

— Mãe, vamos sentar. — chamo suavemente. Faço um esforço hercúleo para manter a compostura, apesar do nó na garganta.

Levei-a comigo até a sala e sentei-me ao seu lado, fiz o melhor que pude para consolá-la, embora não saiba como fazer isso de maneira eficiente. É realmente difícil para mim vê-la nesse estado e saber que não há nada que eu possa fazer, sempre houve uma saída, mas não nessa situação, tudo o que posso fazer é aguentar firme e seguir em frente.

Antes que eu pergunte, meu pai apar