Sebastian— Você vai mandá-los sair, ou eu devo pedir? — indago.— Não acredito que você queira fazer isso aqui. — Rebeca sussurra parecendo ultrajada com minha proposta indecente.— Não vejo problema. — dou de ombros despreocupado.— Bem, essa cama não aguenta nós dois. Sugiro que você espere até a noite, na nossa cama. — murmura de maneira sexy.Senti meu pau acordar lentamente, meus olhos colados em seu decote discreto, que esconde os seios maravilhosos que costumo me banquetear. Lancei um olhar rápido para os dois homens atrás de nós, que sabiamente desviaram o olhar e pigarrearam fingindo que nada está acontecendo.— Tudo bem. — cedi a contragosto.— Eu tenho que ir agora, mas você será recompensado mais tarde por ser um homem paciente. — dá uma piscadela e se retira enquanto eu apenas a observo com um olhar cheio de desejo.Não posso esperar para que a noite chegue.— Nunca imaginei que veria esse tipo de olhar em seu rosto. — Walter murmura.— Que olhar? — pergunto curioso.—
RebecaQuem diabos essa mulher pensa que é?Ela achou mesmo que chegaria nessa casa e simplesmente tomaria meu lugar? Realmente?Lancei um olhar para Anastásia que promete retaliação por essa pequena piada desagradável. Segurei minha ira apenas para não estragar o jantar, já estou farta de refeições interrompidas por qualquer motivo que seja. Só quero comer em paz, e se for preciso ameaçar alguém, eu farei isso alegremente. Enquanto comia, não pude deixar de perceber os olhares sedentos que a vagabunda estava enviando em direção ao meu marido. É engraçado, quando entrei nesse casamento, não queria pensar em Sebastian como meu marido ou qualquer coisa, só conseguia pensar que ele tinha estragado tudo, mesmo com meus sentimentos envolvidos, teimosamente pensei que poderia manter as coisas separadas e controlar-me de forma a não me envolver mais com ele, no entanto, quase um mês depois, eu não consigo parar de pensar que esse homem comendo ao meu lado é realmente meu marido e que mesmo a
SebastianTentei me concentrar no meu trabalho e ignorar meu irmão que bate na porta de forma descuidada, no entanto, parece que ele está fazendo isso já faz um bom tempo e eu estou ficando sinceramente irritado com isso. Será que ele não consegue perceber que depois de tantos minutos sem resposta, eu não quero falar com ele?— Entre. — respondo a contragosto.Um momento de silêncio e então, a maçaneta estava girando e a porta se abrindo.— O que quer, Dante. Não vê que estou muito ocupado? — pergunto chateado.— Você não estaria ocupado demais se me deixasse fazer algo. — resmunga e eu me vejo na obrigação de refrescar sua memória pela milionésima vez.— Eu prefiro explodir a casa em vez de te dar alguma tarefa. Não esqueci dos erros que você cometeu. Lembra do incidente com a filha do nosso fornecedor de armas? Deixe-me refrescar sua memória. Você dormiu com ela e por causa disso, quase perdeu o pau, tem ideia de quanto dinheiro eu tive que entregar para que eles ficassem quietos, s
RebecaDepois de tanto trabalho duro, fui até a casa dos meus pais esperando um tempo tranquilo com minha família, matar a saudade, comer juntos ou qualquer coisa do tipo, no entanto, o que eu vejo na minha frente, não é nada do que eu esperava, é um interrogatório.— Filha, o que está acontecendo com você? — meu pai pergunta.— Seja mais específico. — peço sentindo que isso não vai levar a um bom lugar. Prevejo caos em breve.— Você está agindo estranho ultimamente. Suas ações não fazem sentido. — diz.— Não sei do que está falando, pai. — respondo.— Você salvou aquele homem, também cuidou dos negócios dele, por que fez isso? — pergunta.— Eu precisei fazer. — respondo vagamente.Se eu contar sobre toda a disputa de poder dentro daquela casa, isso pode dar ideias ao meu pai, não quero que ele ache que é uma boa ideia se aliar a Anastásia e Dante, eu sei que ele odeia Sebastian e que quer vingança, mas, se ele se envolver em algo assim, não sei o tamanho da confusão que isso causaria
SebastianFiquei totalmente sem ação quando percebi que não era Rebeca que estava no banho comigo e pior, ela nos viu juntos, tudo que eu pude pensar ao ver seu semblante foi em como eu tenho que convencê-la que eu não tinha ideia que era Hannah que estava no banho comigo. Assisti Hannah deixar o quarto apressadamente e depois voltei a minha atenção para Rebeca, ela treme de fúria mal contida e seus olhos estão cheios de decepção. Meu coração negro se aperta com essa visão.— Por quê? — ela pergunta com a voz fria.Essa frieza é pior do que sua fúria, mais imprevisível e perigosa.— Eu não traí você. — falo.— O que diabos foi isso que eu acabei de presenciar? Você estava no banho com outra mulher, ela estava tocando e você, que parecia muito satisfeito com aquilo. — responde.É difícil argumentar contra algo que ela viu, espero que ela me deixe explicar direito isso.— Eu pensei que era você! — exclamo.Ela ri, mas não há nenhuma alegria em sua voz.— Você pensa que eu sou idiota? —
RebecaQue diabos aconteceu?Pensei que seria uma grande discussão, mas não imaginei que tudo fosse chegar ao ponto que chegou. Fiquei furiosa ao vê-lo com outra mulher, ele nem sequer esperou para ter certeza que eu não voltaria para casa, simplesmente levou uma mulher para o nosso quarto e quem sabe o que fizeram antes que eu os tivesse visto? O que eu vi não pode ser contestado. Confesso que quis acabar com a vida daquela mulher em um instante, mas me segurei e deixei que ela fosse, agora me arrependo, eu devia ter terminado com a vida dela, engraçado, briguei com minha família e defendi Sebastian na frente de todos e o que eu ganhei com isso? Traição. Pensei que seria um bom momento para ir embora de uma vez por todas e arrancar qualquer sentimento que eu tenho por Sebastian, essa foi a primeira e a última vez que ele me engana, eu vou embora, ele vai ter que me libertar. No entanto, quando Sebastian disse que preferia morrer a me deixar ir, pensei inicialmente que se tratava de u
SebastianVesti a primeira coisa que encontrei e saí a procura de Rebeca, e a encontrei na garagem, pronta para partir na minha Harley, me preocupei com seu estado e no que ela poderia fazer, infelizmente, não consegui chegar a tempo de pará-la, porque antes que eu me aproximasse o suficiente, ela gritou para eu ir me foder e foi embora em alta velocidade, mesmo que eu saísse agora em seu encalço, não conseguiria alcançá-la, não com o trânsito dessa cidade, ela pode ultrapassar os carros com facilidade, mas eu não posso dizer o mesmo de mim, já que estarei com um carro.— Prepare um carro imediatamente, eu estou saindo em alguns minutos. — aviso Vincent que não sabe o que dizer sobre a situação.Eu não estou bravo com Rebeca, estou preocupado, há muitas pessoas apenas esperando um momento para me prejudicar, não importa a forma, espero que ela esteja bem e segura. Liguei o rastreador da motocicleta e vi que ela estava se afastando, peguei o carro e segui até onde ela estava, pelo rast
RebecaNão é possível mensurar como eu me sinto mal, acho que vou morrer e eu acabei de acordar. Que diabos eu estava pensando quando bebi todas aquelas garrafas de vinho? Embora eu não lembre de nada depois disso, tenho certeza que bebi todas e cada uma delas, depois disso, não lembro de absolutamente mais nada, tudo é um apagão, tenho certeza que ainda estou no chão da sala, onde eu comecei a beber e em algum momento adormeci, não sei que horas são, só sei que minha cabeça parece que vai cair ao menor movimento meu, até respirar é difícil, a náusea infernal faz uma coisa natural ser difícil de aguentar e eu não posso prender a respiração.É a última vez que eu faço tal loucura, nunca mais vou beber qualquer bebida alcoólica, nunca!Tentei respirar o mínimo possível e controlar meu estômago nauseado e revolto, sem sucesso, me remexi minimamente grata pelo chão não ser tão duro quanto pensei.Espera.Parei por um instante e percebi que o chão era fofo demais, mexi a minha mão um pouco