☬ - 06 | Velório
"O silêncio... nem sempre é sinal de falta de palavras e sim o excesso delas." — Lara Kastro
...ᘛ...
10:00 - Londres...
— Meu Deus! O que esse homem faz abraçado comigo? — Balbuciou.
Deitada de conchinha com seu sogro não morto, Berriere puxa pela memória, há quanto tempo não acordava abraçada com Kamael.
— Não me recordo de um dia específico. — Em sua cabeça, os questionamentos não paravam. Meu casamento acabou, estou sozinha.
— Será que devo me arriscar em ir para Seattle com meu sogro e iniciar um novo ciclo em outro país? — Tudo isso a estava consumindo, como quem quer mudar o rumo do conflito em sua mente pensa: Irei a empresa amanhã. Tentarei organizar algumas coisas.
Bronck desperta com Berriere falando alto e percebe que está agarrado a ela. Ainda sonolento, acredita ter acordado no susto e não com a própria quase gritando.
Sentindo que a soltou, escuta murmurar algo baixinho.
— Que merda estou fazendo agarrado com minha nora? Me perdoa Deus! — Sussurra.
Berriere não quer deixá-lo sem graça, decidi ficar calada e fingi estar dormindo.
Se levantando, Bronck vai para o banheiro.
— Tenho que tomar um rumo na vida. Agora sou sozinha. Não tenho mais ninguém, a não ser meu sogro. — Chorando, se senta na cama encarando suas mãos.
— Bom dia! — Sua voz rouca a faz virar para encará-lo.
— Bom dia! — Desviando o olhar, responde em um sussurro.
— Está se sentindo melhor? — Pergunta se aproximando preocupado.
— Não. — As lágrimas a consome.
— Que horas sua empregada chega? — Pergunta se levantando indo até sua mala.
— Não tenho, já te disse isso umas duas vezes. — Revira os olhos com a cara dele de espanto.
— Como assim o Kamael não botou alguém para te ajudar? Essa casa é imensa! — Caminhando até ela, Bronck senta ao seu lado.
— Digamos que meu falecido marido era muito protetor, não queria que eu trabalhasse fora e para não ficar entediada, limpava a casa. — Respirando fundo as lágrimas caem insistentemente.
— Nossa! — Se levantando volta a atenção para sua mala.
— Vamos esquecer esse assunto. — Deitando de costas para ele, o choro a fazia soluçar.
— Vamos, você precisa tomar um banho.
— Me deixa. — Pede se cobrindo por completo.
— Não, temos que nos despedir do Kamael.
— São que horas? — Com um tom chocado, se descobre olhando para Bronck nervosa.
— Dez e meia, precisamos ir menina.
— Já!? Nossa! Eu dormi muito. — Se levantando, esquece da camisola que está usando. Bronck a encara com os olhos arregalados. — Fico pronta em 40 minutos. — Responde indo em direção ao banheiro.
— Ok, vou tomar um banho no quarto ao lado.
A deixando sozinha em seu quarto Berriere escolheu um vestido e tomou um banho, se arrumou para seu último encontro com seu marido. O choro a acompanhava onde ia. Desejava a todo custo que seu marido entrasse pela porta e beijasse seu rosto como de costume.
— Estou pronta para dar adeus ao meu marido.
Saindo do seu quarto, descendo as escadas procura por seu sogro. Como se arrumou primeiro senta à sua espera.
Os minutos se passaram, quando finalmente desce em um terno preto. Ela pensa: Como me lembra o Kamael, ambos têm bom gosto.
— Vamos? — Balançando a cabeça positivamente estende a mão. Berriere a pega e ambos vão de encontro ao carro.
É muito cavalheiro. Pensou Berriere. Mesmo com o motorista, faz questão de abrir a porta para ela.
No caminho para o funeral observou seus olhos vermelhos. Tinha certeza, andou chorando e com o pouco tempo que passaram próximos, percebeu que não é de fazer isso acompanhado.
O motorista os leva para o velório.
Em sua mente fazia uma análise sobre seu sogro. Ele é sério e isso me dá nervoso!
Dando uma pausa a autoanálise que fazia em sua mente, olha para as ruas se perdendo na imagem à sua frente. Pessoas indo para seus trabalhos ou a um compromisso e percebeu que há anos não vivia isso!
No caminho pelas ruas movimentadas sabia que vivia em uma prisão, por mais que não fosse o que gostaria, era o que o seu maridão a fazia acreditar ser o melhor para si. As lágrimas voltam a cair. Sem perceber, sente a mão do seu sogro sobre a sua e a puxa com força colocando sobre o peito.
— Me desculpa. — Essas palavras a fazem olhar para ele com culpa.
— Sinto muito, eu não estou acostumada com esse tipo de coisa. — Desabafa desviando o olhar e voltando sua atenção para as ruas.
— Que coisa seria essa? — Intrigado pergunta com os olhos arregalados.
— Esquece. — Percebem que chegaram quando o carro para.
Saindo do carro, Bronck dá a volta para abrir a porta para Berriere.
Em sua cabeça pensava: Nem o Kamael era tão educado assim.
Aceitando sua mão, ajuda a sair do carro. Ela olha em seus olhos o deixando sem graça. Desviando o olhar percebe três homens parados na entrada da capela. Berriere fica sem entender o porquê de estarem ali e olha para o Bronck, que mantém os olhos para frente.
— Quem são? — Sem saber o que dizer agarra seu braço olhando para seu rosto. Sabia o que passava em sua mente, mas tinha uma impressão que não era nada bom. Reparou que seu rosto foi de triste a sério.
Desviando o olhar, percebe que um dos homens vem andando em sua direção. Apertando ainda mais o braço do Bronck que não olha para ela, mas permanece com os olhos fixos no rapaz.
— Bom dia! Sra. Mondova. — Bronck o olha seriamente, enquanto Berriere puxa pela memória a fisionomia do jovem rapaz a sua frente, infelizmente não se lembrou dele.
— Quem são vocês? — Perguntou.
— Alec Baldwin, sou o braço direito do seu marido. — Responde sorrindo.
Bronck olha toda a situação e percebe que tem alguma coisa por trás dessa simpatia toda. Seu olhar vai do rosto do rapaz para suas costas, os outros dois vinham de encontro a eles.
— Boa tarde! Me chamo Bruno e esse é meu irmão Marco. Sou o presidente da sua empresa.
— E eu, o presidente da contabilidade. — O outro rapaz comenta olhando para Berriere com um olhar malicioso. Bronck segura com firmeza em seu braço e os encara. Não estava gostando de toda aquela bajulação e em sua cabeça só passava um único pensamento.
Vão propor a compra da empresa. Totalmente sem paciência mostra que está presente.
— Hum-hum! — E como esperando foi notado.
— Seu pai não era falecido Berriere? — Pergunta o Marco observando Bronck com um sorriso cínico no rosto.
Totalmente sem paciência Bronck se vira para Berriere que a todo momento está o observando.
— Vocês se conhecem? — Pergunta já sabendo a resposta. Berriere analisa seu jeito intimidador fascinada.
Balançando a cabeça negativamente responde à pergunta do Bronck. Voltando seu olhar para os rapazes muda de sério para raiva.
— Nunca os vi. — Berriere afirma.
— Achei que conhecia já que estão te chamando pelo primeiro nome.
— Desculpa, é que o Kamael falava tanto da sua filha que me senti como da família. — Diz Marco com tom sarcástico.
Atitude que o Bronck mais odeia.
Examinando o Marco, Bronck já sabe que é o líder. e resolve responder diretamente o encarando.
— Primeiro, sou o pai do Kamael. Segundo, se vocês afirmam ser tão "próximos" do meu filho não entendo o sorriso na cara. — Berriere segura seu braço na tentativa de chamar sua atenção, puxa de leve o fazendo olhar em seus olhos.
Bronck percebendo que está com lágrimas escorrendo em seu rosto, alisa sua mão.
— Você é Bronck Mondova? Da ExporMondova? — Resolvendo não prolongar a conversa Bronck solta seu braço e posiciona sua mão direto nas costas de Berriere, forçando-a dar o primeiro passo em direção a capela.
— Vamos menina, temos que nos despedir do meu filho.
— Perdoe a falta de educação do meu irmão Sr. Mondova. — Bruno pede todo sem graça.
Já era tarde, Bronck já havia passado por eles arrastando Berriere junto.
Dentro da capela para virando-a de frente para ele.
— Esses caras vão te propor a compra da empresa. — Berriere o olha incrédula com sua afirmação.
Em sua mente não acreditava que estava certo.
— Como você sabe? — Pergunta o encarando.
— Sou desse mundo e sei quando alguém quer algo que é meu. — O encarando confusa fala. — Não entendi.
— Você não reparou como te olham? — Mirando os três rapazes que não tiravam os olhos dela.
— Como assim sabe quando alguém quer o que é dele?! — Balbuciou. — Ok, se você diz.
A encarando percebe o que disse e balança a cabeça negativamente.
— Vem. — Caminham até o caixão.
Ela olha para o caixão fechado e percebe que seu último encontro será às cegas. Apertando o braço de Bronck cola a mão sobre o caixão.
— Eu não sei como será minha vida sem você. — As lágrimas caem.
Respirando fundo, olha para seu sogro e vê as lágrimas escorrendo por seu rosto e pela primeira vez o viu chorando. Está sofrendo tanto quanto eu. Pensou entrando entre seus braços.
Ambos estão em seu caos interior que nem percebem a chegada de Alec.
— Sra. sentimos muito. — Bronck o olha furioso.
Ele dá uns passos para trás.
— Só quero me despedir do meu esposo. Com licença. — Se volta para o caixão. Segurando o braço do seu sogro ainda encarando o Alec que volta para o fundo da capela.
O soltando Berriere se afasta pensativa. Olhando fixamente para o caixão, se lembra do velório do seu pai e de como o Kamael a consolava. Levantando o rosto observa o Bronck e fica admirando a semelhança com que seu falecido marido tem com seu pai.
— Kamael disse que era morto, será que tem mulher? — Sussurrou.
Em pensamento dizia: Hoje não, mas irei saber melhor sobre esse assunto.
Alisando o caixão e chorando disse: — Eu te amo. — Mesmo com essa mentira sobre o seu pai, eu te amo. Confessava somente para si em pensamento.
Ela sai de seus pensamentos quando ver o Bronck caminhando para o sofá e o segue sentando ao seu lado.
— Não quero ficar sozinha. — Suspira baixinho sabendo que ouviu.
— Vai se despedir do seu marido menina.
— Quero ficar perto de você, não me deixa por favor. — Pegando em sua mão a olha com os olhos marejados.
— Não teria essa coragem.
Observando Bronck que está com o olhar longe, vira para a entrada e nota que os 3 estão olhando para eles.
Os minutos passam e chegou a hora da despedida. Levantam e seguem o cortejo.
— Vamos dar nosso último adeus. — Segura em seu braço e caminha junto com ele.
Seguindo o cortejo até o túmulo do Kamael, olha para seu sogro que segura em sua mão. Em silêncio pensava: Só fica calado e não chora. Já eu, não consigo conter as lágrimas.
— Como você pode me deixar? — Berriere choraminga.
O desespero a consome. Era realmente o seu último adeus, o caixão estava sendo coberto quando se aproxima do túmulo e Bronck a segura.
— Vem cá. — Chama e puxa para seus braços. — Eu vou te ajudar a passar por isso.
Sentindo uma lágrima caindo em seus cabelos, o abraça forte.
— Nunca pensei que passaria por isso.
— Nem eu. Adeus meu filho!
— Adeus meu amor! — Permanecem até o final abraçados.
Quando estão saindo do cemitério os três rapazes vão de encontro a eles.
— Meus sentimentos para vocês dois. — Marco se aproxima oferecendo a mão para Bronck que se quer olha para ele.
— Sentimos muito por sua perda Sra. Berriere. Alec tenta abraçar Berriere, quando Bronck a puxa com cuidado para trás dele segurando sua mão.
Olhando furioso para os três Bronck foca no rosto do Bruno.
— Sei que não é o momento, mas queríamos conversar sobre a empresa.
Na tentativa de não dar um soco na cara dele, Bronck caminha com Berriere deixando os três para trás.
Berriere não fala nada só observa a cara do seu sogro que a conhecia muito bem. — Pensou: são idênticos, até na cara de bravo. No fundo se sentiu grata por não estar sozinha.
— Obrigada. — Acena com a cabeça e abre a porta do carro para ela a fechando. Esperando que se junte a ela, coisa que não faz. Dá as costas para o carro e vai de encontro aos três rapazes.
— Rapazes. — O tom em sua voz era totalmente diferente do que manteve na frente da Berriere.
— Oi! — Diz Marcos se virando para ele. — Sabia que um homem de negócios não deixaria passar uma oportunidade de ganhar dinheiro. — Bruno zomba da cara do Bronck que o olha seriamente.
— Vou investigar até a última página dessa empresa e se eu descobrir que foram os ladrões, acabarei com cada um de vocês. Estão me ouvindo?!
— Mas... — Alec tenta argumentar, mas já era tarde, Bronck já estava voltando para seu carro.
— Vamos! — Informa para o motorista enquanto Berriere se aproxima dele apoiando a cabeça em seu ombro.
Bronck estava pensativo, tinha certeza que alguém havia afundado a empresa de seu filho e moveria céus e terra para descobrir o culpado.
A viagem de volta foi longa.
— Você está bem? — Pergunta Berriere.
— Em casa conversamos ok? — Responde encerrando o assunto.
"A dor é tão necessária quanto a morte!" — Autor desconhecido...ᘛ...Chegando em casa, Bronck não aguenta mais segurar o choro. Retira seu paletó e caminha para o sofá. Percebendo seu desespero tenta acalmá-lo, mas é afastada.— Por favor, eu preciso de privacidade. — Virando de costas para ela que fica sem jeito e se afasta.— Eu quero ficar perto de você. — Caminhando em sua direção tenta colocar a mão em seu rosto, ele se afasta novamente.Preciso sentir meu luto. Por favor, me deixe sozinho menina. Conversamos depois.Sobe as escadas para lhe dar um pouco de privacidade.— Precisa desse momento a sós. — Já em seu quarto, escuta os gritos em seguida as coisas se quebrando.Entra em pânico com a situação e contra sua vontade, desce correndo e a cena que v
"Descubra-se. Há tantas coisas que não sabe sobre você." — Autor desconhecido...ᘛ...04:00 - Londres...A noite foi um apagão, ambos dormiram a noite toda. Bronck começa a despertar. Ainda sem entender o que está acontecendo se pressiona ainda mais contra o corpo em seus braços, quando sente o cheiro do cabelo de Berriere.— Merda! — Balbucia.Mais uma vez acordou agarrado a sua nora. Envergonhado se solta com pressa a acordando.— Oi! — Berriere acorda assustada.— Hã! — Sem graça se afasta. — Desculpa eu... estava te abraçando menina. Eu sinto muito! — Pede já levantando e indo em direção ao banheiro.— Ok. Bom dia! — Se espreguiçando encara o teto. — Oficialmente viúva. — Suspira fechando os olhos.— Precisamos ir para
"O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, perseverança, aprendizado, estudo, sacrifício e, acima de tudo amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer." — Autor desconhecido...ᘛ...As portas se abrem na recepção da cobertura olham a sua volta, Berriere observa seu sogro que parece procurar por algo.Segurando sua mão caminha olhando para todos os lados, quando um dos irmãos vai de encontro a eles.— Não sabia que viriam. — Nervoso, Bruno caminha apressado até os dois. Bronck parece encontrar o que tanto procura.O encarando respira devagar, Berriere o olha curiosa com o que iria dizer, tinha certeza que sairia alguma coisa de sua boca. Sendo pai de quem é, não era difícil imaginar alguma arrogância saindo de seus lábios— Caso você não saiba, somos os donos,
"Algumas pessoas surgem em nossas vidas como uma benção, outras como lição." — Autor desconhecido...ᘛ...Continuação...— Estou sem entender, o que leva a crer que pode entrar na minha empresa e demitir alguém? — Batendo com as mãos na mesa Marco se levanta. — Você acha que seu nome na porta o torna dono?Todos ficam tensos, Alec se aproxima do irmão na intenção de acalmá-lo, felizmente consegue. Berriere olha para Bronck que está novamente ao celular.Respirando fundo pensa: O caos está feito e meu sogro ao telefone. Daria um dedo para saber o que está tirando sua atenção.A porta da sala se abre, um rapaz entra apressado. Olhando para Bronck repara que se conhecem, o jovem vai diretamente até ele.— Desculpa o atraso. — Pronuncia para todos na sala enqu
"Até quando você vai tentar apagar as suas vontades por medo do que os outros vão dizer?" — Autor desconhecido...ᘛ...— Vamos para o hangar Cristophe. — Ligando o carro o motorista dirige calmamente pelas ruas de Londres.Durante toda viagem permaneceu calado. Em sua mente se questionava onde havia errado.Os minutos se passam. Entrando em um hangar particular, Berriere olhava chocada para o jatinho a sua frente. — Ele tem um jatinho.— É seu? — Olhando incrédula de Bronck ao avião, questiona.— Sim, vamos.— Lindo. — Para não ter problemas, espera que abra a porta para que possa se juntar a ele.— Nossa! — Segurando sua euforia caminha para o interior do jatinho.Como um bom cavalheiro a senta e coloca seu sinto.— Após levantar voo, você pode se soltar. — Focan
"Não pense que estou só, um desejo ardente sempre me acompanha onde quer que eu vá..." — Autor desconhecido...ᘛ...— Não sabia que ia sair, liberei o Cristoph, vou ter que dirigir. — Entrando em seu carro segue para o Pubs.Cortando a cidade não parava de pensar como um simples toque conseguiu deixar seu corpo em chamas, não sentia essa atração há anos, precisava tirá-la da mente e nada melhor do que o sexo da Ana para aliviar o tesão que estava sentindo.Chegando procura por ela e não a encontra.— Merda! Justo hoje. — Olhando às horas repara que ainda está cedo e a mesma chega mais tarde. — Se não vier vou ter que partir pra outra.Pedindo uma água, se senta em um local com uma boa vista da entrada e como esperado, percebe quando passa pela porta arrancando olhares de muitos a su
"Às vezes conversar consigo mesma é a melhor forma de se ouvir. Você pode explicar onde errou e se nada mudar, significa que você não se ouviu. Nem tudo é sobre homens, às vezes você mesma se sabota..." — Autor desconhecido...ᘛ...01:30...Despertando no susto passa a mão por sua testa suada. Se sentando na cama Berriere pisca os olhos algumas vezes.— Onde estou? — Observa atentamente todos os lados. — Que lugar é esse?Tentando pôr a mente no lugar se deita encarando o teto. Vagamente se lembra de ter chegado a Seattle e que já estava na casa do seu sogro.— Ok, estou em Seattle. Vida nova! — Fingindo não estar triste e decepcionada olha sua mala. — Vou sobreviver e passar por tudo isso. — Se espreguiçando coloca os pés para fora da cama. — Preciso tomar um banho.L
"Não confunda sinceridade com grosseria ou falta de educação, nem todo mundo tem autoestima elevada para ouvir certas ofensas camuflada de falsas verdades." — Autor desconhecido...ᘛ...Despertando se vira para ter realmente a certeza que está sozinha. Levanta e caminha até às cortinas para ver o céu.— Vou tomar um banho para despertar ou vou passar o dia na cama. — Dentro do banheiro olha seu cabelo todo bagunçado. — Estou péssima, olheiras e cabelos desgrenhados, o trabalho que terei para desembaraçar isso! Para que fui dormir de cabelos molhados.Faz sua higiene pessoal seca os cabelos, voltando para o quarto sente sua barriga roncar.— Preciso comer, mas antes vamos ver uma roupa menos cafona. — Vasculha tudo e não acha nada que seja no padrão de Seattle. — Minhas roupas são de mulher casada e discr