- Também me tinha perguntado por que nasci em uma família tão miserável. Por que outros podiam pagar suas propinas de escola, mas eu não? Quando meu professor foi à minha casa para pedir a taxa de matrícula, minha casa estava cercada por toda a aldeia, Catarina Rocha, sabe o que eu estava pensando naquele momento? Eu pensava em desistir de escola. Quando disse isso à minha mãe, ela me deu um tapa e disse que, mesmo que tivesse de vender seu sangue, pagaria pelos meus estudos. Ela chorou e me repreendeu, acrescentando que nós éramos solitários e foram intimidados, e que precisava de me lembrar bem tudo isso. Ela me exigiu que obtivesse sucesso no futuro e pisasse aqueles que nos maltrataram. Então eu precisaria lutar por isso!Miguel acrescentou: - Quando eu estava em escola secundária, embora não precisasse de pagar por aulas, eu tinha que pagar por livros didáticos. E os professores sabiam que eu era pobre, então eles solicitaram livros didáticos gratuitos para mim, mas sabe de uma co
Olhei para Miguel em seus olhos.Agora, quando nos enfrentávamos, só restava indiferença.Falei lentamente: - Sinto muito, Miguel, sua história é muito comovente e sua família não é fácil, mas isso não é motivo para eu os perdoar por me magoar. Adultos devem ser responsáveis por suas ações.- Catarina Rocha, você é tão cruel assim?- Os olhos de Miguel ficaram vermelhos de raiva.Eu ri levemente: - Miguel, eu não sou uma mãe santa, você não precisa me repreender assim, mas você está certo, por sua contribuição dos últimos sete anos, eu posso pedir a alguém para enviar algumas roupas de inverno para sua mãe, afinal, o inverno em Cidade A é bastante frio. Mas se você quiser que eu faça qualquer outra coisa, desculpe, não posso.O rosto de Miguel se enrijeceu.Eu me levantei e me preparei para sair, de repente me lembrei de algo e perguntei novamente: - A propósito, estou verificando a vigilância de Hotel Waldorf Astoria e registros de acomodação naquela noite, se você estiver disposto a m
Miguel ficou tão irritado com minhas palavras que gritou de raiva quando saí, agarrando a cerca de ferro e gritando meu nome.- Catarina Rocha! Vou matar você, sua vadia! E Susana Almeida também! Vou matar ambas vocês!Fiz uma pausa e fiquei a porta, sem conseguir deixar de olhar para Miguel, que estava louco como uma fera enfurecida, mas era uma fera em prisão com olhos vermelhos, exceto assobiar e desabafar, não tinha outras coisas para fazer.Ele uivou com uma voz quase lamentosa: - Foram vocês que me arruinaram! Vou matar todos vocês!Naquele instante, foi como se eu tivesse visto como era o verdadeiro Miguel. Tinha uma aparência que eu nunca tinha visto antes.Eu balancei minha cabeça e suspirei, uma pessoa lamentável devia ser odiosa. Miguel, você era o culpado por tudo.Susana Almeida e eu o arruinamos? Não, foi ele quem se arruinou. Embora ele tivesse sido usado por Susana Almeida, foi porque seu coração era diabólico, assim foi usado como uma arma.Depois disso, saí de quarto,
Carlas Joaquim abriu a pasta e entregou os documentos para mim.- Este documento aqui inclui as informações de três casas comerciais que Miguel comprou em nome de suas três irmãs em centro de Distrito Claro e os registros de transferência. Embora casas de lá não sejam consideradas caras, os três conjuntos somam mais de seis milhões de reais.- Carlas Joaquim apontou para outro documento e disse: - Este aqui inclui os registros de levantamento de dinheiro em quantia grande de Miguel no balcão de banco desde que ele se casou com você, são um total doze vezes, variando de cem mil a duzentos mil cada vez, com o valor total sendo... Exatamente dois milhões de reais.Carlas Joaquim disse: - Srta. Rocha, a partir destes documentos, podemos ver que Miguel tem proposital e sistematicamente transferido sua propriedade conjugal desde que se casou com você e isso, para dizer rigorosamente, também é a herança deixada para você por seus pais. Essas propriedades e retiradas de dinheiro somam dezesseis
O tom era simples, mas havia alguma persistência e um tipo de comando, nem me deixando recusar.Abri minha boca, mas não sabia o que dizer, Carlas Joaquim sorriu para mim e disse: - Srta. Rocha, você está tão familiarizada com Sr. Pinto, não seja educada com ele! É difícil conseguir um táxi nesta hora de trânsito depois de trabalho. Eu uma vez saí de trabalho a esta hora e a fila de táxis on-line chegou a mais de cem...Eu sorri desajeitadamente, não era que eu não queira sentar em carro de Rodrigues, apenas... Como posso dizer isso? Não queria incomodar Rodrigues.Durante esse período, já o incomodei muito.Depois que Carlas Joaquim saiu, só restavam eu e Rodrigues, o motorista estava em frente e havia uma placa que nos separava, ele não conseguia ouvir o que pessoas em parte de trás diziam.Rodrigues estava olhando seriamente para seu ipad, parecia que estava lendo um relatório de análise de investimento. Seus dedos longos e ossudos estavam deslizando em ipad, e seu rosto era bonito
Como eu poderia discutir isso com Rodrigues? Que constrangedor!Rodrigues apenas olhou para mim, depois retirou seu olhar friamente e voltou a ler a análise de dados em ipad.A atmosfera ficou estranha novamente.Nesse momento, Rodrigues me perguntou novamente: - Por que você não muda para sua casa antiga?Eu congelei, pensando, pois, estava enjoada morando em casa atual e comprar uma casa nova era um problema grande, seria melhor voltar para a pequena casa deixada por meus pais. Miguel nunca tinha morado lá, era limpa.Mas...Rodrigues viu meu hesitando: - Acha inconveniente mudar de casa?Assenti com a cabeça.Rodrigues disse em uma voz simples: - Não se preocupe.- Hmm?- Você só precisa ir até lá, pedirei a meu assistente para a preparar para você.- Rodrigues olhou para mim, com seu olhar cortante como uma lâmina.Fiquei um pouco envergonhada: - Isso vai lhe causar muito problema.- Não vai.- Rodrigues disse em um tom pesado: - Prometi a professor que cuidaria bem de você.Quando e
Minha pequena casa foi limpa e arrumada por alguém mandado por Rodrigues, até mesmo as flores e plantas foram bem cuidadas, sendo vibrantes.Quando Ubana e eu chegamos, uma empregada de cerca de cinquenta anos estava ajudando a arrumar os vasos em sala de estar e, quando nos viu entrar, se apressou em colocar a tesoura e os girassóis para lado, se aproximou para ajudar a carregar a bagagem e se apresentou com entusiasmo, dizendo: - Alô, sou a tia Mia, a empregada que mora em casa de Sr. Pinto, e ele me pediu para vir ver se há algo em que precise de ajuda. Depois de algumas palavras cumprimentares, ela disse: - Srta. Rocha, o que acha de casa? Se tiver qualquer outro pedido, só me avise. Sr. Pinto está fora em uma viagem de negócios atualmente, ele me pediu para cuidar mais da sua parte.Originalmente, eu queria dizer que não precisava de ajuda, mas professora Ferreira me puxou por braço e disse: - Acho que a organização de Rodrigues é muito boa, e sua empregada parece trabalhadora e
Servi um copo de água para Ubana e a aliviei: - Acho que Israel fez o melhor que pôde, e as informações de clientes de hotel não devem ser obtidas facilmente, ele precisa encontrar outra maneira, é um grande projeto e ainda não há certeza de que será bem-sucedido.- Catarina, o que você pensa sobre isso?- Na verdade, quero deixar isso se desenvolver naturalmente. Se eu puder descobrir, descobrirei, se não puder, me esquecerei disso.- Segurei meu copo de água e me sentei no sofá, com alguma frustração em meu coração. - Estou insistindo em querer saber a verdade porque não entendo por que Miguel, quando falou sobre a pessoa daquela noite, tinha aquele tipo de raiva em seus olhos, que ele não conseguia nem mesmo suprimir! Você entende? É aquele tipo de... Como se aquela pessoa tivesse algum tipo de ódio eterno com ele. Essa raiva enorme de Miguel me fez nem poder ignorar.Ubana assentiu: - Você acha que Susana Almeida possivelmente saberia quem era a pessoa naquela noite?Eu balancei a c