Fiquei pensando em como fazer isso, nervosa, seria minha primeira vez, não sou burra, sei como são as coisas, mas aí acontecer com a gente, é outra coisa.— Lucas, vamos embora agora!— Por quê? Prometo que não avanço mais sem você permitir, vamos aproveitar, depois almoçamos e te levo embora.— Não quero almoçar, quero ir embora agora. — Digo firme.— Desculpa, prometo que não vai se repetir. — Disse tristonho.— Se você não se levantar e irmos embora agora, desisto de ser SUA, hoje! — Nem acredito que falei daquela forma, que vergonha.— O quê??? — Disse Lucas espantado. — Mas você disse…— Se não quiser me fazer SUA, me leva para casa. — Cortei-o para não perder a coragem.Rapidinho, Lucas se levantou e fomos para o carro. Nem se importou de estarmos sujos de areia, mas insisti para usarmos a ducha da praia, acho que medo de eu desistir, idiota. Sorri, mas estava nervosa. Foi dirigindo e passando a mão em minha coxa e apertava de vez em quando ou chegava muito perto de minha abertu
Às 8h45 estava na porta da Turner. Mega ansiosa estava com um terninho branco com salto agulha preto, respirei fundo e me benzi. Entrei, me identifiquei na recepção e a recepcionista era uma loirinha mignon muito simpática, me indicou a sala de espera. Às 9h em ponto, aparece na sala uma morena de cabelos lisos, olhos castanhos, corpinho de modelo, sorridente com um terninho e sapatos pretos.— Bom dia, Sara. — Me levantei e apertei a mão que me estendia. — Me chamo Estela.— Bom dia, Estela.— Você deu sorte, um dos sócios de nossa empresa veio até nossa filial, viu seu currículo e ele mesmo quer fazer a entrevista. Não acontece com todo mundo por aqui. — Diz animada.— Sério??? Que seja meu dia de sorte então. — Me benzi mais uma vez e em oração pedi a Nossa Senhora que me abençoasse com essa oportunidade. Por dentro do meu terninho tinha a medalhinha de Nossa Senhora presa, presente da minha mãe.— Sara, senhor Duran ele é muito sério, vai te perguntar tudo em inglês, procure ser
De repente, minha porta se abre e quem está presente Joca! Agora não, já estou com problemas demais, para ter mais um.— Joca não estou com cabeça para conversar! — Digo enfática.— O que o playboyzinho te fez? Saiu daqui muito bravo, chutando tudo pelo caminho — Disse em tom ameaçador.— Ainda não tenho certeza, não que seja da sua conta também. — Digo bem brava.— É da minha conta sim, aliás tudo o que se refere a você é da minha conta.— Não vamos começar novamente, ta bom, não agora, minha cabeça está a mil, preciso pensar.— Posso te ajudar a relaxar Sara, basta você deixar. — Joca sorriu com malícia.— Acho melhor você ir embora. — Digo fazendo um sinal para porta. Em 2 passos está na minha frente, segurando meus braços e muito perto de mim.— Joca me solta e vai embora, por favor.— Não! — Grita. — Não posso mais sufocar esse sentimento de tantos anos, eu te amo, Sara! Sou louco por você. — Disse gritando e na euforia aperta mais meu braço.— Mas eu não te amo Joca, não como ho
— Então vocês namoraram? — Digo sendo redundante, acabou de me dizer isso.— Sim, durante todo o tempo que moramos lá fora e poucos meses à distância. Mais hoje não temos nenhum sentimento a não ser a amizade. Tem algum problema isso para você? — Ignorei esta pergunta.— Se vocês se falavam de vez em quando, chegou a falar alguma vez sobre ser apaixonado por mim? — Analisei muito seu rosto, mas me achando uma idiota também por isso.— Não — Um suspiro — Somente quando eu cheguei ao Brasil.— Quando foi isso? Falava o quê?— Voltei em junho do ano passado. Me disse que tinha se apaixonado por uma aluna, que dava aula para ela de inglês gratuitamente após as aulas porque via potencial nela. Que se eu pudesse ajudar com um emprego. Por quê?— Ele me falava que essa empresa sempre foi a minha cara e seria bom para mim, que talvez eu pudesse trabalhar na matriz. Mas nunca me falou que tinha uma “amiga” aqui e pediu ajuda para ela. E que ainda namorou essa “amiga”. Quando você voltou, se enc
Lucas me mandou várias mensagens, me ligou, não atendia. Tentou fazer com que eu falasse com ele através da Ceia e da Simone. Sorte que elas me conhecem bem e não tentaram intermediar o contato, falaram para esperar me acalmar. Meu telefone tocou.— Boa tarde, Sara Silva?— Boa tarde! Sou eu, quem fala?— Estela Marques, secretária de Mr. Duran da Turner Entertainment. Você foi aprovada, Mr. Duran te deu uma semana para regularizar sua situação junto à empresa que trabalha e trazer os documentos para admissão e exames até sexta? Segunda já começa. Consegue em uma semana?— Sexta-feira estarei na empresa com todos os documentos necessários. Muito obrigada!— Até sexta, Sara.— Até mais, Estela.Senti a tensão de Estela ao telefone. Ia procurar saber mais sobre isso. Fui até a lanchonete pedir demissão, meu chefe já sabia que logo isso aconteceria. Queria que eu ficasse, sugeriu até me promover. Mas sabia que seria impossível. Queria mesmo seguir minha profissão. Tudo acertado, sem res
Sei que não amo o Lucas, mas não quero ser feita de boba. Na hora mandei um whatsapp.*Lucas Boy- Oi Lucas! Tudo bem?- Sara, que saudades, pensei que nunca mais ia falar comigo. Senti tanto sua falta. Essas duas semanas sem você, acabaram comigo.- Preciso falar com você. quando podemos nos encontrar?- A hora que você quiser!- Pode ser agora?- Aonde você está?- Estou saindo do prédio da Turner.- Começou a trabalhar? Passou na entrevista? Fico feliz por você. Tem um barzinho aí perto, na esquina, chego em 20 minutos.- Passei, mas vim só trazer meus documentos. Te espero lá.- Logo estou chegando.Fiquei fazendo hora na rua, esperando dar o horário. Entrei e pedi um suco. Logo vejo o Lucas entrando, enquanto estava sentindo raiva, não vou negar que desejo também, ele era gostoso o suficiente para mexer comigo mesmo a distância. Para falar a verdade, nem eu estou reconhecendo esse meu jeito.— Oi, amor! — Veio me dar um selinho.— Oi, Lucas! — Virei para beijar minha bochecha. Pe
Às 7:45 estava eu na porta da Turner ansiosa para poder começar a trabalhar, Mia, a recepcionista super simpática me deu meu crachá e agora eu tinha acesso liberado sem precisar autorização de alguém para subir para minha sala.Não tinha noção de como seria meu dia, se Mr. Turner estaria lá, e se outros sócios estariam lá, se eles iam gostar de mim ou não, mas estava pronta. Estava me sentindo o máximo com meu terninho verde-água com scarpin salto agulha branco e o cabelo com coque, brinco e maquiagem discreta. Não tínhamos uniforme lá.Assim que eu cheguei ao café encontro Sara no balcão. — Bom dia Estela, tudo bem?— Bom dia, Sara tudo bem e você?? Como foi seu final de semana? Me conte as novidades! Ainda temos tempo antes de começar.— Meu final de semana foi bom me reconciliei com o Lucas, falei que ia dar mais um voto de confiança, fiz ele contar toda a história, não por desconfiar de você, mas queria saber o que ele contaria. Isso foi na sexta-feira
— Bom dia, flor do dia!!!! — Disse as 2 super animadas.— Bom dia para vocês também!— Cadê Estela? Ia falar para irmos à praia nós quatro.— Já foi, aconteceu um imprevisto. — Digo levantando uma sobrancelha.— Que pena, então vamos nós? — Disse Simone.— Combinei com o Lucas que sexta seria o dia das meninas e sábado eu ficaria com ele.— Ah, chama ele para vir com a gente para praia, o que tem? Não pode sair junto com a gente aquele safado? — diz Céia. — Ele só tem você por causa da gente. — Disse Simone fazendo beicinho.— Vocês são impossíveis. Vou ligar para ele.— Lu! As meninas querem que vamos com elas a praia, topa?— Claro! Onde? Que horas? — Tapo o telefone e digo para as meninas.— Satisfeitas? Ele topou, onde e que horas?— Hummm... Vamos em Ipanema, no posto 9, tipo agora? — Disse Simone, volto ao telefone.— Ipanema, posto 9, agora!— Demorou, quer que eu vá te buscar?— Não precisa, Simone está aqui, vou com el